“Assim, estas nações temiam o Senhor e serviam as suas próprias imagens de escultura; como fizeram seus pais, assim fazem também seus filhos e os filhos de seus filhos, até ao dia de hoje” (2Re 17.41).
O capítulo 17 do 2º livro dos Reis de Israel nos relata a maneira e as razões pelas quais o povo de Deus foi levado para o cativeiro assírio. Depois de terem devastado as terras do norte israelita, os assírios repovoaram a cidade de Samaria e arredores com gente de várias outras terras que eles também haviam conquistado, fazendo assim uma miscigenação que gerou desordem e caos em todas as áreas daquela sociedade. Ali começaram as raízes dos samaritanos nos tempos de Jesus.
O relato nos conta que estes povos, por estarem misturados, também fizeram um sincretismo religioso, isto é, misturaram também suas religiões entre si. E, por alguns israelitas terem voltado para Samaria, também misturaram sua adoração ao Senhor com a prática religiosa pagã daqueles povos com quem conviviam. Ao mesmo tempo então que “temiam ao Senhor”, também “serviam as suas próprias imagens”. Por outro lado, nem mesmo temiam ao Senhor, como diz o v. 34: “Até ao dia de hoje fazem segundo os antigos costumes; não temem ao Senhor, não fazem segundo os Seus estatutos e juízos, nem segundo a lei e o mandamento que o Senhor prescreveu aos filhos de Jacó, a quem deu o nome de Israel”. Isto nos diz que temer ao Senhor enquanto se serve a outros deuses e ídolos, na verdade, não é temer ao Senhor.
Atualmente, não há muita diferença dessa prática entre as pessoas do nosso país. Somos uma nação miscigenada também, nossa origem conta de muitas raças e povos e, junto a isso, herdamos também a mistura religiosa. Embora tenha muitas religiões, nosso país também as mistura e o povo bebe desse estrago em quase todas as crenças. Vemos espiritismo misturado à umbanda, candomblé envolvido no catolicismo, superstições e práticas talismânicas no meio evangélico, consulta aos mortos em algumas igrejas que se dizem cristãs, religiosos de várias crenças envolvidos na maçonaria, enfim, as misturas são tantas, que o culto exclusivo a Deus e Seu Filho Jesus Cristo quase está perdido no meio de tudo isso.
O resultado disso está se revelando ser um enfraquecimento do conceito bíblico e absoluto sobre Deus. Até mesmo o Cristianismo, que deveria manter a pureza da religião, se encontra muito comprometido com essa prática. As pessoas já não sabem quem é Deus e Seu Filho Jesus Cristo, confundem o Deus da Bíblia com o deus elaborado em sua mente relativista, constroem um altar a esse deus imaginário e pensam que estão agradando ao verdadeiro Deus. Quando se fala da pureza do evangelho, as reações são agressivas, subestimadas e desdenhadas, cada qual está satisfeito com seu conceito próprio de um deus estranho às Escrituras.
Precisamos resgatar a pureza do Evangelho em nosso país e avisar às pessoas que “temendo a Deus e servindo a outros deuses”, na verdade, não estão temendo a Deus. Precisamos anunciar o único Deus, sem maquiá-lo com os cosméticos enganosos das nossas fábricas mentais e renegar todos os outros que na verdade não são deuses, ainda que, como diz o v. 40, “eles não deem ouvidos a isso; antes, procedam segundo o seu antigo costume”!Pr. Cleilson
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