Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0304 - UMA CHUVA, DUAS TERRAS

 


É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia (Hb 6.4-6).


Considerado um dos textos mais polêmicos da Bíblia, estes versículos que lemos nos falam das características de uma apostasia. Apostatar significa abandonar a fé. Nestes versículos, a palavra chave para perceber a apostasia é o verbo “caíram”.

Alguns afirmam que este trecho mostra que o salvo pode perder sua salvação. Outros dizem que se refere a uma advertência apenas, que, na realidade, não vai acontecer. Mas o que esse texto está dizendo? Ele diz não somente que algumas pessoas vão cair, mas diz também que estas pessoas não serão renovadas para arrependimento.

Deixemos os próximos versículos responderem a estes. Se nós observarmos, o v. 4 se refere a “aqueles”. Em contraste com esse “aqueles”, lemos no v. 9: “Quanto a vós outros, todavia, ó amados”. O termo “vós outros” contrasta com o termo “aqueles”. Então, no v. 4, o autor está falando de terceiros; já no v. 9 ele fala na 2ª pessoa: “vós outros”, isto é, os “amados”, os salvos.

Outra coisa é que a resposta está muito clara nos vs. 7,8: “Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada”.

O autor está dizendo claramente que dentro da igreja há dois tipos de terra: uma cultivada e outra rejeitada. Ambas recebem a chuva e a absorvem. A chuva que ele fala aqui são as coisas que ele cita nos vs. 4-6: a iluminação, o dom celestial, a boa Palavra de Deus, etc. Estas bênçãos Deus derrama sobre todos os que estão na igreja, salvos ou não.

Porém, na hora de dar o fruto, a terra cultivada produz “erva útil” e a terra rejeitada produz “espinhos e abrolhos”. A terra cultivada são os salvos, que produzem o fruto do Espírito, como resposta a essa chuva que recebem. A terra rejeitada são os não salvos dentro da igreja que, apesar de receberem dons e grandes experiências do mesmo Espírito, todavia, não podem produzir aquilo que não é de sua natureza. Só podem produzir espinhos e jamais fruto bom.

Que o Senhor nos livre de sermos terra abandonada. Poderemos até receber dons e experiências com o Espírito Santo e com a Palavra de Deus, mas é o fruto que vamos dar que vai nos dizer se somos apóstatas ou se somos salvos.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0303 - SÓSTENES E OS CRENTES PÓS-MODERNOS

 


Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes à igreja de Deus que está em Corinto (1Co 1.1,2).


Há muitos cristãos em nossos dias que afirmam que quando não eram cristãos, suas vidas eram mais pacatas e tranquilas. Porém, depois que se converteram a Cristo, as dificuldades, perseguições e tentações passaram a ser algo constante em seu cotidiano como crentes. De fato, muitos deles chegam a desistir da vida cristã por causa dessa diferença de vida, antes e depois de Cristo.

Diante de uma mensagem triunfalista que muito se prega nos dias atuais ao invés do evangelho, a ideia que essas pessoas fazem de seguir a Cristo é sempre romântica e cheia de contos de vitória. Os que enfrentam dificuldades e desafios acabam tendo até receio de dizer como vai sua vida, pois, como vai falar de problemas, sendo que a maioria dos irmãos só testemunha bênçãos?

Quando Paulo escreve esta carta aos coríntios, ele está junto com um irmão chamado Sóstenes. Ele era de Corinto, mas estava em uma viagem missionária com o apóstolo em Éfeso. Paulo diz que iria ficar em Éfeso até a festa de Pentecostes (16.8), portanto, foi de Éfeso que Paulo escreveu esta carta aos coríntios.

Sóstenes era dono de uma sinagoga em Corinto e, quando Paulo esteve ali para pregar o evangelho, utilizou-se da sinagoga de um homem chamado Tício Justo. Outro chamado Crispo, o principal da sinagoga se converteu (At 18.7,8). Depois Paulo usa a sinagoga de Sóstenes durante um ano e meio, pregando o evangelho ali em Corinto, onde muitos se convertem, inclusive Sóstenes.

Depois, os judeus, cheios de inveja, levaram Paulo ao tribunal de Gálio, um procônsul romano na região coríntia da Acaia, para que fosse julgado. A acusação era que Paulo incitava as pessoas adorarem a Deus contrariamente à lei romana. Mas Gálio expulsou os judeus de seu tribunal, dizendo que não entrava nessas questões religiosas dos judeus.

O que os judeus fizeram? Pegaram Sóstenes, o principal da sinagoga onde Paulo pregava, e o espancaram na frente daquele governador (At 18.17). E a Bíblia diz que Gálio não se importava com essas coisas.

Se Sóstenes fosse um crente dos nossos dias, certamente teria se desviado, diria que não queria mais saber de Cristo, teria culpado Paulo por tê-lo feito apanhar por causa da pregação do evangelho e outras coisas mais que muitos crentes falam hoje, mesmo não passando por metade do que Sóstenes passou.

No entanto, aqui está ele, alguns anos mais tarde, em uma viagem missionária com o apóstolo Paulo, ajudando-o a escrever uma carta para seus irmãos coríntios, crente, firme, sabendo que foi para isso mesmo que o Senhor os chamou.

A diferença entre Sóstenes e muitos crentes de hoje é exatamente o conteúdo da pregação. O verdadeiro evangelho fala que Cristo usa o sofrimento para nos aperfeiçoar. O falso evangelho pós-moderno fala que você usa a Cristo para prosperar. Nas adversidades e sofrimentos teremos crentes Sóstenes que permanecerão na fé?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0302 - SINAIS, PROSPERIDADE E FERMENTO

 


Ora, tendo os discípulos passado para o outro lado, esqueceram-se de levar pão. E Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão (Mt 16.5-7).


Dois episódios milagrosos haviam ocorrido por aqueles dias em que Jesus fez esta advertência aos Seus discípulos, isto é, as duas multiplicações dos pães, uma para cinco mil e outra para quatro mil homens, fora mulheres e crianças (Mt 14 – 15).

Mas agora, os fariseus e os saduceus se aproximam de Jesus para tentá-lo, pedindo um sinal do céu (v. 1). Os judeus eram assim mesmo, para crerem em alguma coisa ou em alguém, exigiam algum sinal do céu. Paulo disse em sua carta: “os judeus pedem sinais, enquanto os gregos buscam sabedoria” (1Co 1.22). Mas Jesus deixou aqueles homens à sua própria sorte, dizendo que não lhes daria sinal algum, senão o do profeta Jonas (v. 4).

Jesus censurou os fariseus e saduceus por conhecerem a meteorologia de seu tempo, mas não conhecerem os sinais dos tempos (v. 3). Para Jesus, os sinais do cumprimento profético eram mais fáceis de serem percebidos do que os sinais da previsão do tempo! Isto ficou na mente de Jesus.

Quando os discípulos foram com Jesus para o outro lado do mar da Galileia esqueceram-se de levar pão. Nosso Senhor, ainda impressionado com a incredulidade dos fariseus e saduceus, alertou a Seus discípulos que vigiassem sobre o fermento deles. Os discípulos, por terem se esquecido de levar pão, pensaram que Jesus os estava censurando por esse motivo.

Mas o Mestre lhes explicou que isso não era problema, pois Ele havia executado dois milagres com pouquíssimos pães para grandes multidões! O problema não era a falta do pão, mas o cuidado que deve haver com a doutrina do evangelho! Os discípulos entenderam isso depois que Jesus os repreendeu (v. 12).

Infelizmente, muitos pregadores e igrejas hoje estão preocupados com o alimento material, com a prosperidade, com os sinais do céu, com as curas, com os dons miraculosos, mas não estão preocupados com o que realmente deveriam, a saber, com as falsas doutrinas! Para Jesus, ainda que falte o que é material, Ele irá prover, como fez com aquelas multidões, mas que não falte a verdadeira Palavra! Entretanto, para a maioria dos que superlotam os templos hoje, não importa que tipo de doutrina esteja ouvindo, desde que se sinta suprida em suas ambições diárias.

Infelizmente, estes seguidores de fariseus e saduceus dos nossos dias também não se cansam de tentar o Senhor, pedindo-Lhe sempre um ou outro sinal do céu. Nunca vão crer! Estão atrás de pão, estão em busca da comida que perece, querem sinais e mais sinais porque suas mentes terrenas são incapazes de se satisfazer.

Não haverá sinal algum para os tais e, ainda que houvesse, eles jamais seriam capazes de discernir, pois suas mentes estão entupidas e inchadas pelos fermentos das falsas doutrinas. Querem suprir seus olhos com sinais, sua barriga com prosperidade e seus ouvidos com fermento!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0301 - OS SOLDADOS ROMANOS E AS ESCRITURAS

 


Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados (Jo 19.23,24).


Nosso Mestre havia ensinado em Seu sermão que àqueles que nos quisessem tirar a túnica, que lhes déssemos também a capa (Mt 5.40). Agora Ele estava na condição de um criminoso condenado, cujas roupas estavam sendo pilhadas pelos soldados romanos. E Ele não as reivindicou. A Escritura se cumpriu e Suas próprias palavras agora O provavam.

Isso já estava previsto nas Escrituras. O Salmo 22.18 dizia assim: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Os soldados só podiam fazer o que estava determinado nas Escrituras. Eles, por exemplo, não puderam quebrar os ossos de Jesus, ainda que tivessem quebrado os ossos dos dois crucificados que estavam ao Seu lado (vs. 32,33).

Como a morte de cruz era lenta e os judeus não podiam ficar com aqueles corpos pendurados na cruz no dia de sábado, então os soldados quebraram as pernas dos dois ladrões para que eles morressem logo. Mas, como Jesus já estava morto, eles não quebraram Suas pernas. Por que não o fizeram? Porque na Escritura dizia que nenhum de Seus ossos seria quebrado (Sl 34.20).

Quando Deus instituiu a Páscoa para o povo de Israel, o cordeiro que eles mataram para passar seu sangue na porta representava Cristo. Este cordeiro não podia ter nenhum de seus ossos quebrados (Êx 12.46). Sua inteireza representava a perfeição de Cristo. Assim também nenhum osso de Jesus foi quebrado, para que Sua perfeição física representasse Sua perfeição total, para ser o Cordeiro Perfeito de Deus morto em nosso lugar, cujo sangue nos livra da ira da destruição de Deus.

Se os soldados conhecessem o plano de Deus, ao lançarem sortes sobre as vestes de Jesus, eles teriam se lembrado também daquele animal que o próprio Deus imolou no Éden para de sua pele fazer vestes para Adão e Eva (Gn 3.21). Eles teriam sabido que as vestes de Cristo são as vestes de justiça que são colocadas sobre todos os que nEle creem. Eles passam a ser vistos e declarados como justos aos olhos de Deus.

Mas não. Eles preferiram traspassar o Filho de Deus. Cumpriram a Escritura de Zacarias 13.6: “Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos?, responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos”. Mal sabiam aqueles soldados que um dia ainda haverão de contemplar face a face Este Homem a Quem eles traspassaram e por Ele serão julgados: “Olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10; cf. Ap 1.7)!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0300 - NAAMÃ, ELISEU E DEUS: DE QUEM É A GLÓRIA?

 


Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR (2Re 5.17).


A bem conhecida história de Naamã, o leproso siro, é famosa pela maneira em que o milagre chegou para aquele homem, a forma que ele foi tratado pelo profeta Eliseu, os mergulhos que ele teve de dar no rio Jordão, os presentes que ele ofereceu ao profeta depois de sua cura e muito mais. Não são poucas as igrejas que fazem a campanha dos 7 mergulhos no Jordão, músicas que são compostas para falar de Eliseu, do próprio Naamã, enfim, mas na grande parte dos casos, o Deus de Eliseu fica de fora nessa história toda.

As pessoas se esquecem de que Deus tinha a intenção de salvar Naamã, não apenas curá-lo da lepra física, mas libertá-lo da lepra do pecado. E, para executar Seu plano salvador na vida daquele capitão do exército siro, Deus, o Deus de Israel, entregou Seu próprio povo nas mãos deste capitão, ou seja, Israel perdeu uma batalha para Naamã (v. 1).

As pessoas se esquecem de que muitos israelitas morreram nessa guerra, de que muitos foram levados cativos à terra de Damasco, inclusive a menina que deu as boas-novas à esposa de Naamã sobre o profeta que curava na terra de Samaria. Diante de uma tragédia, Deus estava executando um plano salvador na vida de um pagão, um siro, um incircunciso, um homem que não tinha aliança com Deus, contudo, embora ele não soubesse, ele já pertencia a Deus.

Depois do desenrolar da história de como Naamã foi curado, as pessoas também se esquecem de que ele pegou uma carga de terra de Israel para, em seus momentos de adoração, ajoelhar-se sobre “terra israelita” e adorar somente ao Senhor (observe que ele cita o nome do Deus da aliança, o Senhor, ou seja, Yahweh). As pessoas se esquecem de que agora este homem, ainda que morando na Síria, visitando o templo pagão do deus Rimom, estando diante da estátua de Rimom junto com seu rei, na verdade ele não adoraria mais a Rimom, e sim somente ao Senhor Deus único e verdadeiro.

A glória dessa história tão empolgante de cura não está em Eliseu, nem no Jordão, nem em Naamã, nem na menina cativa. A glória está em Deus e Seu plano salvador para a vida daquele estrangeiro, pressagiando para Israel que a salvação não estava restrita aos seus arraiais. Deus estava dizendo ao Seu povo que a salvação é dEle e Ele dá a quem Ele quer. Muitos hoje ainda querem obrigar Deus a dividir Sua glória com os personagens dessa história!

Que em toda história bíblica possamos colocar as lentes de Cristo. Que em nada os personagens de Deus sejam exaltados, mas sim o Deus destes personagens. Ontem, hoje e sempre!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 24 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0299 - O SENHOR QUE COMPLETA TUDO É COMPLETADO PELO SEU POVO

 


Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor (Sl 148.14).


O Salmo 148 é uma convocação de adoração e exaltação ao Senhor, o Deus único e verdadeiro. O v. 1 mostra que esta convocação começa desde os céus: “Louvai ao SENHOR. Louvai ao SENHOR desde os céus, louvai-o nas alturas”. E a partir do v. 7, mostra que toda terra também deve participar dessa exaltação: “Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos”.

Este salmo não tem o nome “Deus”, porque o salmista não quer apresentar ao seu público um cântico a um Deus que pode ser confundido genericamente. Mas ele sempre chama este Deus de “Senhor”, o nome pelo qual Deus Se revelou para o Seu povo (Êx 3.14).

Os anjos são convocados a louvarem ao Senhor (v. 2). O mundo invisível, espiritual se prostra diante da majestade e do domínio do Senhor. Todo exército espiritual, seja ele de Deus ou do mal, deve reverenciar e adorar o nome excelso e sublime do Senhor. Não é diferente com os exércitos estelares. Sol, lua, estrelas, firmamento, chuvas e tudo que diz respeito à astronomia, devem louvores ao seu Criador! O Senhor os criou e lhes estabeleceu leis físicas que devem ser respeitadas e obedecidas (vs. 3-6).

Também no reino terrestre, toda criação deve louvor ao Senhor. Os maiores animais, os mares e seus abismos, fogo, gelo, vapores e ventos, tempestades, furacões e tudo mais que obedece às ordens do Criador são chamados para dar-Lhe glória (vs. 7,8). Os montes, os vales e todas as árvores, toda vegetação engrandeçam ao Senhor (v. 9). O v. 10 engloba todos os animais em quatro distinções: feras, gados, répteis e aves. Nenhum ser terrestre se ausenta da responsabilidade do louvor a Deus!

Os homens todos também são exigidos que louvem ao Senhor. Sejam eles reis ou povos, príncipes, políticos, juízes, rapazes, moças, velhos e crianças (vs. 11,12). Todos os povos, raças, tribos, línguas, nações, classes sociais, etárias, econômicas, étnicas, ninguém está isento de reconhecer o que diz o v. 13: “Louvem o nome do Senhor, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu”.

Ao olharmos essa gigantesca apresentação de nosso Senhor, jamais imaginaríamos que Ele separaria um povo para Si. Mas é o que o salmista diz no último verso. Deus exaltou o poder de Seu povo. Era Israel naquela antiga aliança, que tipificava o povo eterno de Deus, a igreja. Paulo também diz que Deus deu Jesus para ser Cabeça da igreja, mas também deu a igreja a Jesus para completá-lo! Observe neste versículo como Paulo chama a igreja de “plenitude de Cristo”...

Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância” (Ef 1.22,23 – NVI). O Senhor que completa tudo Se permite ser completado pelo Seu povo!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0298 - NOSSA FÉ FOI UMA "SORTE" DIVINA!

 


Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo (2Pe 1.1).


Ao escrever a sua segunda carta para os crentes que estavam dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (cf. 1Pe 1.1), o apóstolo Pedro, já no cabeçalho de sua carta, mostra algumas verdades que precisamos nos atentar.

Apesar de ele se apresentar como apóstolo de Jesus Cristo, ele se mostra primeiramente um servo. Na primeira carta, ele havia dito apenas “apóstolo”, mas agora se coloca mais humildemente como um servo antes que um apóstolo.

Ao se dirigir aos seus destinatários, Pedro diz que eles alcançaram juntamente “conosco” fé igualmente preciosa. Esse “conosco” são os judeus, obviamente, ou no mínimo, os apóstolos. Pedro está falando para cristãos em geral, misto de judeus e gentios, mas especialmente gentios.

Ele diz que “alcançaram”, algumas versões dizem “obtiveram”. A palavra grega dá a entender “que tiveram a sorte”, ou que “alcançaram por determinação divina”. Ao contrário do que muito ouvimos falar, que a fé provém da livre vontade do homem, Pedro está dizendo que ela foi dada por determinação divina!

Ele diz que a fé foi dada aos crentes pela justiça do nosso Deus! O termo grego é “na justiça”. A doutrina da justiça de Deus que salva o que crê, que tão bem desenvolvida e argumentada foi pelo apóstolo Paulo, agora faz parte do escrito de Pedro, para que os crentes tenham consciência de que sua fé lhes é dada na justiça de Deus e não na sua própria.

Por fim, Pedro diz quem é esse Deus – Ele é o Salvador Jesus Cristo! Ele não diz “do nosso Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo”, mas ele diz “do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No grego isso é significativo. Quer dizer que o Salvador Jesus Cristo é Deus. Como se dissesse: “do nosso Deus, que é o Salvador Jesus Cristo”! Acontece essa forma de escrita em outros lugares no NT: “pastores e mestres”; “apóstolos e profetas”; “água e espírito”; sempre com este significado, ou seja, que ambas as palavras se referem à mesma ou às mesmas pessoas.

Somente em seu versículo inicial, o apóstolo Pedro dá aos seus leitores várias certezas de seu cristianismo. Sua fé não é diferente da dos judeus crentes nem da fé dos apóstolos; foi uma, digamos, “sorte” ter esta fé, pois foi um presente de Deus para eles; e, finalmente, que isto lhes foi concedido na justiça de Deus, que é o nosso Salvador Jesus Cristo. Não há fé que possa agradar a Deus se for baseada em nossa justiça. Mas na justiça dEle mesmo, como presente dEle mesmo, Ele recebe nossa fé como agradável diante dEle.

Como dizia Agostinho: “trazemos a Ele os dons que dEle próprio recebemos e a Ele devolvemos” (A Cidade de Deus).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0297 - POR QUE DEVEMOS HONRAR OS IDOSOS

 


Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR (Lv 19.32).


Para facilitar o entendimento de algumas palavras clássicas e arcaicas usadas antigamente em nosso vocabulário culto, a NVI traduziu este versículo assim: “Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor”.

As cãs são os cabelos brancos, sinal de respeito e honra. O que a Palavra ordena a cada um de nós, principalmente aos jovens, é que honremos as pessoas mais velhas. Se tem uma perniciosa doença que ataca o nosso século é o desprezo que damos aos idosos.

Vivemos em tempos em que falar de um versículo como este é zombaria na certa. Os nossos dias são marcados por orgulho e autossuficiência, entre outros males. Tanto que o apóstolo Paulo diz que algumas características dos homens dos últimos tempos é que eles seriam “presunçosos, arrogantes... desobedientes aos pais” (2Tm 3.2).

Nossa sociedade despreza os velhos, considera-os como um peso para a comunidade e para a família. Filhos abandonam seus pais e, em muitos casos, nem sequer aparecem para visitá-los. Aqueles que deram seu tempo, sua saúde e seu amor por seus filhos, recebem como troco abandono e desprezo.

Se nossa sociedade tem essa inclinação para com os próprios pais, imagina para com os demais idosos! As cãs realmente não são respeitadas. Sempre achamos que somos mais sábios que os mais velhos, que eles pensam com uma mente antiquada e obsoleta.

O mandamento no NT não é diferente. Paulo diz a Timóteo: “Mas se uma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiramente a colocar a sua religião em prática, cuidando de sua própria família e retribuindo o bem recebido de seus pais e avós, pois isso agrada a Deus” (1Tm 5.4). E finaliza este pensamento dizendo: “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente” (v. 8).

Devemos nos lembrar de que quando Deus ordenou isso a Seu povo através de Moisés, Ele disse que honrar o ancião é um dos modos de temer a Deus! Isto porque a velhice deve apontar nossos olhos para a eternidade. Nosso Deus é chamado pelo profeta Daniel de “o Ancião de Dias” (Dn 7.9). Seus cabelos são brancos como a lã. Seu juízo é perfeito e santo. No v. 22 Daniel diz: “Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos”.

Quando João vê Jesus na visão do Apocalipse, ele também O contempla como um Filho do Homem, com vestes talares, com cinto de ouro, cabeça e cabelos brancos como a lã, como a neve (Ap 1.13,14). Ao vê-lo, João cai como morto a Seus pés! Por isso devemos nos levantar diante das cãs hoje, porque naquele Dia, diante das verdadeiras cãs, haveremos mesmo é de nos prostrar!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0296 - MAIOR COMPREENSÃO DO CRENTE, MAIOR GLÓRIA PARA DEUS!

 


Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas (Lc 18.35).


Lucas coloca o episódio da cura deste cego depois de uma conversa que Jesus teve com Seus discípulos, quando subiam para Jerusalém (v. 31). O teor da conversa era que tudo o que Deus havia dito por meio dos profetas sobre Seu Filho estava próximo para se cumprir. Jesus seria entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado, cuspido, açoitado, morto, mas ao terceiro dia Ele ressuscitaria (vs. 32,33)!

Então, no v. 34, Lucas faz uma observação sobre essa conversa de Jesus com Seus discípulos sobre Seu suplício. Lucas diz: “Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia”. Somente depois dessa observação, é que o evangelista começa a narrar o encontro de Jesus com o cego de Jericó.

O que Lucas quer nos mostrar aqui é algo mais significativo do que a cura daquele cego. Ele quer mostrar que os olhos espirituais dos discípulos estavam tão fechados quanto os olhos físicos daquele homem de Jericó! Os discípulos eram incapazes de compreender o plano total de Deus para com Seu Filho em relação aos pecadores. A cura que Jesus realizou naquele cego foi também uma lição para Seus discípulos.

E a lição era a seguinte: enquanto eles não compreendessem a obra completa de Cristo, Deus não seria totalmente glorificado. Observe que depois da cura do cego de Jericó, não somente ele seguia a Jesus, glorificando a Deus, como também toda multidão, vendo isto, dava louvores a Deus (v. 43).

Os discípulos precisavam entender que não era somente a vida de Cristo que glorificava a Deus, mas, essencialmente Sua morte. Ele veio para ser obediente em vida até à morte. Quando os olhos dos discípulos foram abertos para isto, Deus realmente foi glorificado, pois todos eles deram suas vidas por amor ao evangelho, glorificando a Deus. Pedro glorificou a Deus em sua morte (Jo 21.19) e Paulo dizia que Cristo seria engrandecido em sua vida ou em sua morte (Fp 1.20).

Que o Senhor nos abra o entendimento para que nossas incompreensões não roubem a glória de Deus. Se os discípulos tivessem entendido a fala de Jesus sobre Sua morte e ressurreição, Deus já seria glorificado ali mesmo. Mas Deus foi glorificado com a abertura dos olhos de um cego em Jericó, até que Seu Filho fosse glorificar Seu nome na cruz do Calvário! Lembremo-nos sempre: quanto maior nossa compreensão da vontade de Deus, mais abundantemente Seu nome será glorificado!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0295 - A MORTE DE CRISTO NOS JUSTIFICA E NOS SANTIFICA

 


O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1.4).


A morte do nosso Senhor Jesus Cristo teve vários objetivos, mas o principal deles, o mais anunciado e conhecido no NT é que Ele morreu pelos nossos pecados. Cristo nunca pecou nem por natureza, nem por palavra, pensamento ou ação. Sua vida foi perfeita e livre de qualquer acusação.

No entanto, Ele morreu. O inocente pelo culpado, o perfeito pelo imperfeito, o justo pelo pecador. Sua morte foi para pagamento dos nossos pecados. Isso se chama justificação. Pela morte de Cristo, os que nEle creem, sobre si não pesa mais a alcunha de pecador, mas de justificado pela fé no Justo! Pois pela fé Deus atribui ao que crê a justiça de Seu Filho.

Mas Paulo prossegue, dizendo que Ele morreu também para nos desarraigar deste mundo perverso. Aqui já se trata da santificação. Na justificação, nossa dívida diante de Deus é cancelada; na santificação, nós vivemos nos removendo desta era repleta do mal. Observe que Deus não nos remove do mundo para depois nos considerar justos. Primeiro Ele nos justifica para que depois sejamos retirados deste mundo mau.

A palavra grega para “mundo” aqui é aiōnos, ou seja, esta era, este século maligno, esta era do mal, não o cosmos, não o mundo lugar, mas o sistema maligno, o ambiente pecaminoso que nos rodeia. A morte de Jesus tem também esse propósito, de nos remover do pecado deste século em que vivemos.

E Paulo diz que isto acontece segundo a vontade de nosso Deus e Pai. Aprouve ao próprio Deus fazer com que a morte de Seu Filho tivesse efeitos vantajosos sobre nós, os que cremos em Seu nome. De fato, tem que ser mesmo por Sua vontade, pois qual o pai que daria seu filho para morrer em lugar de outrem? Por que razão a morte de Seu Filho traria vantagem para outrem e não para Si mesmo a não ser por vontade livre e amorosa de Deus?

Portanto, se hoje somos justificados, se hoje estamos sendo desentrelaçados deste mundo mau, isto se dá exclusivamente pela vontade de Deus!

Um dia seremos totalmente desarraigados deste mundo mau e nada terá dele em nós. Serviremos ao Senhor sem culpa alguma, como agora já não há culpa para os que creem. Mas também serviremos ao Senhor sem mancha alguma, sem a contaminação deste século maligno que nos rodeia. Esta é a vontade do Pai e Sua vontade não pode ser impedida!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 18 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0294 - COMO USAR AS ARMAS ESPIRITUAIS CONTRA NÓS MESMOS

 


Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2Co 10.4).


A guerra espiritual é uma realidade na vida de todo verdadeiro crente. Os embates da milícia são verdadeiros e muitas vezes abalam a estrutura espiritual. Paulo disse na primeira carta que o que pensa estar em pé veja que não caia (1Co 10.12). Entretanto, nós possuímos armas, só que elas não são carnais, não temos que lutar contra o sangue e a carne, ou seja, contra pessoas humanas. Nossas armas são de natureza espiritual e são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Aqui, Paulo não fala da luta contra demônios, como ele disse aos efésios. Ele fala da luta de nós contra nós mesmos, nossos pensamentos anticristãos devem ser derrotados e subjugados para Cristo.

Para destruir esses castelos, Paulo diz que devemos primeiro destruir sofismas. Os sofismas são argumentos, são raciocínios. Mas o apóstolo não está nos ensinando aqui a não usarmos o raciocínio. O que ele nos ensina é que nosso raciocínio humano, fora da Escritura deve ser destruído. Essa é a explicação do apóstolo no v. 5. Ele diz que devemos anular toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus. Para uma verdadeira vitória na batalha espiritual, devemos pensar com a mente de Cristo. Se raciocinarmos com a mente humana, certamente seremos derrotados.

Segundo, Paulo diz que devemos levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. Aqui há uma sequência. Primeiro nós destruímos os raciocínios e todo orgulho humano, depois pegamos tudo isso, ou seja, nossa razão e consciência e levamos cativos, conduzimos como reféns. Mas para onde? Para a obediência de Cristo. Não adianta raciocinarmos com a mente bíblica se não estivermos levando nossos pensamentos em cativeiro para a obediência. Vamos pensar certo e agir errado!

Terceiro, ele diz que temos que punir a desobediência assim que nossa submissão estiver completa. No grego, estas duas palavras se contrastam. Desobediência é andar ao lado, quando deveríamos andar por baixo (esta é a palavra submissão). Se somos submissos a Cristo não devemos andar ao lado de Sua Palavra e sim debaixo dela.

É somente assim que as armas espirituais terão valor e serão poderosas em Deus. Muitas vezes pensamos em batalhas contra demônios e com certeza eles também são ferrenhos inimigos. Mas na maior parte dos casos, nossas derrotas estão descritas aqui. Quando pensamos com nossa lógica e não a de Deus; quando orgulhosamente nos levantamos contra o conhecimento de Deus, que é Sua Palavra; quando não levamos cativos nossos pensamentos a obedecerem a Cristo; e quando não vingamos nossa desobediência, obrigando-a a andar por baixo e não ao lado da Palavra! Eis aí onde se deflagra a nossa derrota!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0293 - TORRES DE PAPEL

 


Os bens do rico são a sua cidade forte, e como uma muralha na sua imaginação (Pv 18.11).


Os homens sempre buscam refúgio em alguma coisa ou em alguém para aliviar seus temores. Não há ninguém que se diga autossuficiente, que somente em si mesmo esteja a sensação de proteção e que não precise de algo externo a si para se proteger.

O sábio deste provérbio disse que a fortaleza do rico são os seus bens. Na imaginação do homem de posses, suas riquezas são como uma muralha. Na realidade é a sua proteção constante. Se isso se desabar, ele se tornará o homem mais exposto e indefeso da face da terra.

Há outras coisas em que os homens confiam como sendo sua fuga. Não é somente o dinheiro, mas pessoas buscam seu refúgio em jogos, amizades, festas, vícios, prazeres e muito mais. Há neste mundo uma infinidade de sugestões para o homem medroso sentir-se ancorado. Muitos buscam seu amparo na autoafirmação, socorro em seus diplomas, suas dezenas de formaturas, outros ainda afundam-se nas ideologias e brigas de protestos revolucionários.

Mas o v. anterior deste provérbio nos diz: “Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio”. Sim, aqui está o verdadeiro refúgio para o homem. As riquezas são passageiras, os vícios são anestésicos, a autoafirmação e a fama são um fardo para parecer diante das pessoas que se tem uma proteção e que se causa uma impressão. Mas o nome do Senhor, o nome do “Eu Sou”, o nome de Jesus Cristo, é a única torre forte para o ser humano amedrontado!

Nome não quer dizer a nomenclatura, mas refere-se à personalidade, àquilo que a pessoa representa, ao que ela é na verdade! O nome do Senhor fala de todas as Suas características, fala de Seus atributos, tudo aquilo que Ele é, que é qualificado pelos nomes com os quais Ele Se apresenta na Escritura!

Ele é o “Eu Sou”, o Deus que nos vê, o Senhor que nos sara, o nosso Pastor, Ele é o Deus Forte, o Príncipe da Paz, a nossa bandeira, o Altíssimo, o Todo-Poderoso, nosso Protetor, nosso Redentor e tantos outros qualificativos que realçam o único Deus em quem, confiando, não precisaremos de outras torres que facilmente se desabam.

A essa Torre correm os justos e não serão decepcionados! Estarão em um alto refúgio e seguros. Não seguros dos problemas que nos amedrontam aqui nesta vida tão incerta, mas seguros para sempre do eterno tormento que aguarda na eternidade os que confiaram em torres de papel...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0292 - RETIRA-TE DE MIM, SENHOR!

 


Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador (Lc 5.8).


Quando Deus planeja um encontro com pecadores, estes caem aterrorizados por terra. Aconteceu com vários personagens bíblicos, como Isaías, por exemplo, que viu a glória de Deus e afirmou que ia morrer (Is 6.5).

Aqui não foi diferente com Pedro. Jesus havia acabado de ensinar às multidões a partir do barco de Pedro (v. 3). Depois de terminar Seu ensino, ordena a eles que vão para mais longe ali no mar e lancem suas redes para a pesca (v. 4). Jesus pretende mostrar-lhes algo mais maravilhoso do que essa pesca maravilhosa que está para acontecer.

Pedro protestou, mas confiante na palavra de Jesus, resolveu lançar as redes. Quem sabe as palavras do ensino de Jesus a partir do seu barco às multidões levaram Pedro a pensar que podia de alguma forma lançar suas redes confiantemente? Ao fazê-lo, tantos peixes vêm em abundância, que precisam da ajuda dos outros companheiros para encherem ambos os barcos (v. 7)!

A primeira reação de Pedro diante de Jesus foi prostrar-se a Seus pés! Essa queda brusca de um experiente pescador diante de um jovem carpinteiro que de pescaria não entendia nada, mostra que Pedro imaginou algo mais naquele que lhe havia mandado lançar as redes. Prostrar revela adoração espantosa! No texto grego, primeiro ele pede a Jesus para retirar-Se dele e, ao fazer assim, Pedro está reconhecendo a santidade daquele diante de Quem está prostrado! Nossos pecados nos afastam do santo Deus! Foi assim que Isaías se viu perante o Deus três vezes Santo!

O outro reconhecimento de Pedro fala de seu estado pecaminoso diante de Deus! “Porque um homem pecador eu sou”! Assim diz ele no original. Há um contraste entre o homem que Pedro se vê e o Deus que ele vê, Jesus!

Por isso, no original, ele chama Jesus de Senhor por último! “Um homem pecador eu sou, Senhor”! Que bela construção de frase! Ele O chama “Senhor”! Reconhece que Jesus é o Dominador e Dono de todas as coisas! Até a natureza Lhe está sujeita! Os peixes vieram sob Seu comando! Toda natureza Lhe obedece!

Agora, Jesus, ao ver que Pedro reconheceu tudo isso, pode então lhe dizer: “Não temas! A partir de agora de homens serás pescador”, isto é, assim como enviei peixes para ti agora, meu poder enviará vidas para você trazê-las a mim daqui para frente! Três anos mais tarde, Pedro lançou as redes espirituais em Jerusalém, no dia de Pentecostes que sucedeu à morte de Jesus na Páscoa daquele ano. Três mil foram enviados à sua rede!

O Senhor ordenou, a natureza obedeceu! Homens vieram a Pedro porque Cristo mandou que ele lançasse a Sua Palavra! Não pelo poder de Pedro, mas como ele mesmo disse aquele dia no mar da Galileia: “sob a Tua Palavra lançarei as redes”! Foi pelo comando de Jesus, o Senhor de todas as coisas! “Retira-Te de mim”? Ainda bem que Jesus não Se retirou de Pedro aquele dia...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0291 - GRAÇA SOBRE IGREJA PECADORA

 


Sempre dou graças a [meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus (1Co 1.4).


A igreja de Corinto foi a mais complicada na época primitiva da igreja. Era uma igreja contenciosa, partidarista, insubmissa, avarenta, promíscua, desigual, arrogante e tantas outras características que soam as piores possíveis quando se trata de qualificar uma igreja!

Mas quando Paulo vai orar por ela, ele agradece a Deus sobre a graça que fora dada a esses irmãos! Ele diz nos vs. 5-7: “Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Quem diria que sobre uma igreja com essas características, Deus iria derramar graça tão abundante, enriquecê-la em tudo, em palavra, em conhecimento, confirmando o testemunho de Cristo, dando-lhe dons, acendendo-lhe a esperança da parousia?

Mas observe que tudo isso lhe fora dado em Cristo Jesus (v. 4). Não foi distribuída graça alguma sobre a igreja de Corinto (ou sobre qualquer outra igreja) a não ser por meio de Cristo Jesus! Observe o que o apóstolo ainda diz no v. 8: “O qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”. Não é a igreja que se confirma, mas o próprio Senhor da igreja a confirma para ser irrepreensível, incensurável, na Sua vinda!

Então Paulo conclui essa introdução com o v. 9, que diz: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”. Ele está lembrando à igreja que não são os crentes que são fiéis, a ponto de, por causa disso, serem chamados à comunhão com Jesus. Deus é que é fiel. Foi Deus quem chamou os crentes para terem comunhão com Seu Filho e isso por causa de Sua própria fidelidade, não a dos que Ele chamou!

Por isso Paulo chama os coríntios de “santificados em Cristo Jesus” (v. 2). Por meio de Cristo é que somos feitos santos. Para isso fomos chamados, “para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (v. 2). A graça de Deus nos conduz à santificação, jamais as nossas obras. Se não for a graça de Deus sobre Sua igreja, tudo que ela fizer não passará de trapo de imundícia aos olhos do Senhor.

É aquilo que Cristo fez que é atribuído àquele que nEle crê. Não é aquilo que o homem faz, ainda que piedoso, que o qualifica como santo nem merecedor da graça que Deus derrama. É justamente porque Deus deu que se chama graça. Se fosse por mérito se chamaria recompensa! Desfrutemos da graça de Deus, pois não somos melhores que os coríntios!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0290 - O QUE DAVI PRECISAVA APRENDER SOBRE A CASA DE DEUS

 


Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre (1Cr 17.12).


Quando o rei Davi percebeu que morava em um palácio bem elaborado e a arca do Senhor ficava numa tenda, logo ele pediu a Natã, o profeta, que o abençoasse num projeto de construir também uma casa para Deus (v. 1).

O profeta Natã primeiro responde como qualquer psicólogo conselheiro de hoje diria: “Faze tudo quanto está no teu coração”. No caso de ser um conselheiro cristão, acrescentaria a frase final: “Deus é contigo” (v. 2). Simples a resposta. Mas não para Deus.

A partir do v. 3 lemos que Deus aparece para Natã e lhe diz no v. 4: “Tu não edificarás casa para mim”. Deus diz a Natã que desde os dias dos juízes, Ele jamais havia pedido a nenhum deles que Lhe edificasse uma casa. Deus não estava com inveja da casa de ninguém.

Davi precisava entender algumas coisas: uma delas é que Deus ordenou que se fizesse o tabernáculo como uma simples tenda porque futuramente Seu Filho também Se despiria de toda Sua glória para Se fazer tenda entre os homens (Jo 1.14; Fp 2.7). Os elementos do tabernáculo eram preciosos em seu revestimento, mas simples em sua estrutura. A arca da aliança, por exemplo, era revestida de ouro, mas seu interior era de madeira (Êx 25.10,11)! Isso apontava para as duas naturezas de Cristo – Homem-Deus!

Davi precisava entender também que Deus é quem edifica casa para nós e não o contrário (vs. 7-10). Deus o havia tirado de detrás da malhada para que fosse príncipe de Seu povo. Deus é quem foi com Davi, eliminou seus inimigos e engrandeceu seu nome! Deus é quem daria um lugar seguro e eterno para Seu povo e ninguém poderia fazer isso para Deus! Jesus disse: “Vou preparar-vos lugar” (Jo 14.2).

Davi também deveria entender que quando Deus permitiu que seu filho Salomão edificasse o templo posteriormente e esse templo, mais tarde, fosse destruído por Nabucodonosor, simbolizava que Jesus viria a este mundo e seria morto numa cruz. Quando Zorobabel reconstruiu o templo, Deus disse pelo profeta Ageu que a glória daquela última casa seria maior que a da primeira (Ag 2.9). Aquilo apontava para a ressurreição de Seu Filho e o derramamento do Seu Espírito sobre a última casa de Deus, que é a igreja.

Davi precisava entender que Deus não estabeleceria Salomão para sempre e sim seu trono (v. 14). Jesus, como herdeiro legítimo do trono de Davi, foi estabelecido para sempre e Seu reino não terá fim. O autor aos Hebreus escreve que Deus diz “acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino” (Hb 1.8).

Finalmente, Davi tinha que entender que Deus habitaria, não em um lugar, mas em pessoas, em Seu povo, em Sua igreja, hoje pelo Espírito Santo, mas escatologicamente, habitará eternamente conosco no novo céu e na nova terra: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3). Essas são apenas algumas coisas que Davi precisava aprender sobre a casa de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0289 - O PIOR CEGO

 


Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado (Jo 9.39-41).


Há um ditado popular que diz que o pior cego é aquele que não quer enxergar. Porém, se seguirmos a fala de Jesus aqui para os fariseus de Sua época, o ditado ficaria melhor assim: “o pior cego é aquele que pensa que enxerga”.

De fato, não há como curar alguém que pensa que não está enfermo. A humanidade é assim longe de Deus. Ela pensa que está tudo bem. Não admite jamais a sua cegueira e distância espiritual em que se encontra perante a Deus.

Quando Jesus curou o cego de nascença, todos ficaram admirados, pois nunca se tinha ouvido dizer que algum cego de nascença pudesse ter sido curado (v. 32). Jesus fez lodo da terra com a saliva, passou nos olhos daquele cego e o mandou se lavar no tanque (vs. 6,7). Mas quando aquele homem voltou vendo, Jesus não estava mais por ali (v. 12).

A inveja dos fariseus foi tamanha, que começaram a dizer que Jesus era um pecador, porque havia curado aquele homem num dia de sábado (vs. 14,16). Questionaram os pais daquele homem (vs. 18-21), questionaram o próprio cego (vs. 15,24), acusando Jesus de pecador. Mas aquele homem dizia: “Se é pecador não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (v. 25).

Finalmente, quando os fariseus expulsaram aquele homem da sinagoga, Jesus o encontrou e lhe perguntou se ele cria no Filho de Deus. Como ele ainda não tinha visto Jesus, ele perguntou quem era o Filho de Deus (vs. 34-36). Jesus então abriu os olhos espirituais daquele homem e lhe revelou Sua santa identidade: “Já o tens visto, e é o que fala contigo” (v. 37). Prontamente, o homem confessou a Jesus e O adorou (v. 38).

Os fariseus se sentiram ofendidos por Jesus ter dito que veio ao mundo para juízo. Mas o grande problema da humanidade é este. Os homens não querem admitir que estão na escuridão. Mas Jesus não deixa dúvida: se alguém se reconhece pecador, então sua cegueira espiritual será desfeita e ele verá a luz; mas se alguém se justifica de qualquer maneira, então é cego e permanece em seu pecado!

O pior cego não é o que não quer enxergar, mas o que pensa que enxerga. Admitir a cegueira espiritual é a única maneira de ser liberto do pecado. Quem pensa que sabe demais na sabedoria deste mundo, para Deus, continua em trevas e escuridão. Bem-aventurados os pobres de espírito, os falidos e demolidos espiritualmente, porque deles é o reino dos céus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0288 - QUEM NOS CONDUZ AO AMOR E À PERSEVERANÇA?

 


Ora, o Senhor conduza o vosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo (2Ts 3.5).


O amor de Deus é a única base que temos para responder à pergunta sobre por que Ele nos salvou. Se alguém desejar saber por que Deus salva uma pessoa, a resposta não pode repousar em outra coisa, a não ser no amor de Deus (Ef 2.4).

Uma vez que alguém ouve o evangelho da sua salvação e por isso chega a amar a Deus, é porque o Senhor conduziu o coração desta pessoa ao amor de Deus. É impossível que alguém venha ao amor de Deus por iniciativa própria. O apóstolo João nos ensina isso em sua carta: “Nós O amamos, porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19).

Porém, para que alguém dê provas de que realmente é salvo e foi alcançado pelo amor de Deus e a este conduzido, é necessário que ele seja conhecido por sua constância. Como lemos em nosso versículo inicial, o apóstolo Paulo nos diz que até mesmo essa constância, essa permanência, é conduzida pelo Senhor. É o próprio Senhor que conduz nosso coração ao exercício da perseverança!

Dito de outra forma: nós só amamos a Deus, porque fomos conduzidos por Ele a isso; e só perseveramos em Cristo, porque somos conduzidos pelo Senhor a isso. Ou seja, tanto o início da nossa caminhada, quanto a continuidade de sua trajetória, são iniciados e mantidos pelo Senhor! Não é à toa que o autor aos Hebreus chama Jesus de “Autor e Consumador da nossa fé” (Hb 12.2).

Isso é maravilhoso, pois, assim como não podemos nos achegar a Deus sozinhos, também não podemos nos manter em Seu caminho por conta própria. Pedro diz que somos guardados pelo Seu poder (1Pe 1.5). Não é nosso poder que nos faz perseverar, mas o poder de Deus. Assim como não é por nosso poder que chegamos a crer em Cristo. Paulo diz em Ef 1.19,20 que nós só cremos nEle porque Deus operou em nós a mesma força violenta que Ele usou para ressuscitar a Cristo dentre os mortos e elevá-lo às alturas!

Sendo assim, quando orarmos em gratidão a Deus por nossa salvação, devemos nos lembrar sempre de que foi Ele quem começou a boa obra em nós e Ele é quem vai aperfeiçoá-la até à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (Fp 1.6). Não resta glória para o homem. Fomos alcançados porque Ele nos conduziu ao amor de Deus; e só vamos chegar até o final porque Ele nos conduz à perseverança de Cristo!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0287 - ESTER E JESUS

 


Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha? (Et 4.14).


A história de Ester é praticamente a última dos escritos inspirados no AT. Neste livro não encontramos o nome de Deus, mas é impossível não notar claramente Sua ação e Sua presença.

Ela chegou ao trono persa não somente por seus dotes de beleza natural, mas essencialmente, porque Deus tinha um plano para preservar Seu povo, que ainda estava no lugar de cativeiro, como podemos perceber nas palavras do seu primo Mardoqueu, neste versículo.

Como ela ainda não havia falado ao rei qual era sua nacionalidade, então, quando o rei exaltou um de seus amigos, chamado Hamã, este queria que todos se curvassem diante dele, entretanto Mardoqueu não o fazia. Hamã, sabendo que Mardoqueu era judeu, resolveu se vingar dele, levantando uma calúnia contra todos os judeus que moravam no império. Dessa forma, aguçou o senso de poder do rei e o convenceu a exterminar os judeus todos de dentro do seu império.

Ao saber desse intento maligno, Mardoqueu se retira para a porta do palácio vestido em panos de saco, algo proibido pela lei persa. Quando a rainha procura saber a razão disso, então são estas as palavras de seu primo. De toda forma Deus haveria de livrar os judeus! Mas ela e sua família pereceriam, pois era também judia. E vem então a pergunta: “Quem sabe se não foi para este dia que foste nomeada rainha da Pérsia”? (KJA).

E foi. Sabemos o desfecho da história, de como Deus preservou Seu povo. Mardoqueu foi honrado por ter descoberto uma conspiração contra o rei e a evitou. O rei ordenou que o próprio Hamã andasse pela cidade proclamando a exaltação de Mardoqueu e, no final de tudo, a rainha Ester revela ao rei o plano maquiavélico de Hamã, que usava o rei para destruir o povo dela. O rei executa Hamã e dá liberdade total ao povo judeu.

Podemos nos perguntar onde nosso Senhor Jesus Cristo é mostrado nesse livro tão histórico e pouco teológico. Mas podemos enxergar o cuidado de Deus em preservar Seu povo para que Sua promessa não falhasse na chegada do Seu Filho à terra. Se o plano de Hamã desse certo, os judeus seriam exterminados, não só os que ainda habitavam na Pérsia, como também os que já tinham retornado do cativeiro para Jerusalém e a promessa de Deus falharia. Mas como Deus não falha, então Ele frustra os planos dos homens para que apenas os Seus se cumpram!

Graças a Deus, a preservação do Seu povo e com ele a chegada do nosso Salvador, foi realizada porque uma rainha que servia a Deus entendeu Seu chamado para a vida dela naquele trono persa. E nós, entendemos para que conjuntura Deus nos tem chamado esses dias?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0286 - MURMURAÇÕES E CONTENDAS DESTROEM O QUE FAZEMOS

 


Fazei tudo sem murmurações nem contendas (Fp 2.14).


Desde que o pecado entrou no mundo, todas as coisas que os homens realizam em seu trabalho, nelas não há concordância nem união. Tempo e investimentos são gastos nas empresas para promoverem palestras e cursos, a fim de que as relações humanas e profissionais sejam as mais complementares possíveis para que as discórdias não prejudiquem o bom andamento das companhias.

Não é diferente nas famílias. É muito comum que famílias sejam destruídas por causa das desavenças e desentendimentos. Pais que brigam e se separam, filhos que nunca mais falam uns com os outros, afastamentos e tragédias que permeiam a vida em casa e a leva ao desastre.

Estes seres humanos é que formam a igreja. Por isso, no meio espiritual também haverá desencontros, reclamações e desagrados. Mas é aqui, no meio do povo de Deus, que o apóstolo Paulo ordena que esses sentimentos sejam eliminados.

Primeiro, ele diz que reclamações e discussões devem estar ausentes de tudo o que formos fazer. Não só das coisas espirituais ou eclesiásticas. Tudo absolutamente que os crentes forem fazer, deve ser feito sem estas coisas, ainda que todos ao seu redor só façam assim. O crente, em seu trabalho, em sua casa, em sua escola, no trânsito, em todos os lugares onde estiver, tudo que for fazer, deve eliminar a murmuração e as brigas.

Segundo, ele diz que não deve haver murmuração. A murmuração é a reclamação, o desagrado pessoal que leva o indivíduo a se queixar de alguma coisa. A palavra grega vem de “gongo”, aquele instrumento de bronze que, quando é tocado ressoa e ressoa... talvez seja a ideia aqui apresentada. O indivíduo murmurador sempre irá ressoar sua insatisfação naquilo que está a fazer, ainda que não fale com outros, mas sempre estará manifestando isso para si mesmo.

Terceiro, Paulo diz que não deve haver contendas. Ao contrário da murmuração, que é uma insatisfação pessoal, a contenda é uma demonstração externa dessa insatisfação. Aqui, o sujeito descontente expõe sua queixa e envolve o seu próximo. O termo grego é “dialoguismo”, o que dá a ideia de que as coisas deveriam ser feitas do meu jeito, não do seu e nós debateremos infinitamente sobre isso!

O mundo já é assim, diz o apóstolo no v. 15. Eles já são “deformados e distorcidos”. Essa forma de fazer as coisas é comum ao mundo sem Deus. Mas os cristãos, para se mostrarem filhos de Deus neste meio corrompido, precisam fazer todas as coisas para a glória de Deus e resplandecerem Sua glória.

Tudo que vier à nossa mão para fazer, que nos lembremos desse mandamento. Jamais reclamar nem mesmo para nós, nem sequer levar à discussão, envolvendo outros. Mas nos lembrar de que, se somos luz neste mundo, devemos sempre resplandecer a glória do nosso Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0285 - BELA NOIVA SEM DEFEITO!

 


Tu és toda formosa, querida minha, e em ti não há defeito (Ct 4.7).


O mais romântico, belo e encantador livro da Bíblia, Cantares de Salomão, que reflete o amor apaixonado e sublime, puro e necessário, do noivo para com sua amada! Desenha com palavras as formas mais singelas e perfeitas do amor! Traduz em forma poética e musical a excelência que jorra de dois corações que não se importam em expressar seu amor mútuo.

Ele não vê defeito nela! Não há nenhuma imperfeição que não seja corrigida pelas lentes do amor de seu noivo! Talvez ela não seja a seus próprios olhos, ou aos olhos de outrem. Mas isto não diz respeito ao amor que brota do coração verdadeiro e jorra pelo sentido da visão do seu amado!

Ela é toda formosa! Ele não escolhe partes para elogiar... não há dicotomia nem preferências! O que existe aqui é completude, totalidade do querer, desejo que se converte em admiração profunda, onde as falhas e defeitos são substituídos por olhares carinhosos e amáveis!

Ela é sua querida! É o objeto de seu desejo e amor! E, além do mais, ela lhe pertence! É tão arrebatado pela formosura e beleza que contempla, tão envolvido pelo amor que lhe completa, que sua voz sussurra apertada e trêmula: “em ti não há defeito”!

É que ele a contempla pelos olhos do amor! Este lhe é mais desejável do que o vinho (v. 10)... Seu perfume o encanta... leva-o além de todos os jardins! Não lhe preenche apenas o sentido da visão, mas também do olfato, pois sua fragrância é capaz de arrebatá-lo para o mais doce paraíso!

Seu desejo atravessa os sentidos e lhe chega ao paladar (v. 11). Saboreia de seus lábios mel e leite e, extasiado, proclama seu amor incontido por ela! Ele deixa a audição para ela, pois aqui ele quer falar, expressar e se derramar de amor por sua noiva!

Assim, reservou Deus um livro de Sua Palavra para expressar o amor verdadeiro, para ser uma ode ao matrimônio e um hino ao casamento! Nada de pecado... tudo de amor profundo e bem estabelecido!

Cristo também olhou para Sua noiva, Ele a lavou, purificando-a por Sua Palavra (Ef 5.26). Perfuma Sua noiva a cada dia com a fragrância do Seu Espírito e prepara vestes de louvor para ela todos os dias (Is 61.3)! Ele um dia apresentará Sua noiva a Si mesmo como igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef 5.27)! Como é bom ser a amada deste Noivo Sublime! Como é belo e perfeito o Seu amor! É amor tão perfeito que, por nos amar, também nos aperfeiçoa!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0284 - CIRO LIBERTOU JUDEUS, JESUS LIBERTA OS POVOS!

 


Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão. Eu, na minha justiça, suscitei a Ciro e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade e libertará os meus exilados, não por preço nem por presentes, diz o SENHOR dos Exércitos (Is 45.1,13).


Cerca de 200 anos antes de o rei Ciro existir, o profeta Isaías falou a seu respeito, como quem o tivesse conhecido pessoalmente. Judá nem mesmo tinha sido levada para o cativeiro babilônico, e o profeta já falava de seu retorno através da ordem deste rei. Isaías morreu ainda antes que o cativeiro babilônico acontecesse, mas já profetizava sobre o retorno do povo de Deus por meio do rei Ciro.

Judá foi para o cativeiro sim, mas no ano 538 a.C., no primeiro ano do reinado de Ciro, o rei persa, assim como Isaías predisse, proclamou um edito de libertação e autorizou o retorno do povo judeu para sua terra (Ed 1.1-3).

O que acontece aqui é o domínio e a soberania do Senhor! E para que as pessoas não pensassem que isso era obra do acaso, o próprio Deus diz por meio de Isaías, ainda no contexto de Ciro: “Desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (46.10).

O que acontece aqui é o que disse o sábio: “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina” (Pv 21.1). Não é dos reis que procedem as decisões. Estas vêm do Senhor. E Ele estabelece por meio de quem tais decisões serão cumpridas. Mas elas têm que se cumprir, pois Ele já as determinou!

Deus também estabeleceu que um dia viria um Rei maior que Ciro ou qualquer outro rei que já existiu na face da terra. Este Rei seria humilhado para nos salvar do cativeiro do pecado e da morte. Mas Seu Pai O exaltaria acima de tudo e todos, para que todos um dia viessem dobrar seus joelhos e com suas línguas confessar que Ele é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis para a glória de Deus Pai!

E isto também aconteceu! Jesus Cristo veio. Não foi na glória humana que Ele veio, pois Se despiu de Sua própria glória! Pra quê se vestiria de glória passageira, Aquele que Se despiu por um pouco da glória eterna? Ele nos libertou do cativeiro das trevas e nos conduziu para a Jerusalém celestial...

Jesus é mais que Ciro, e Isaías também falou dEle. Aliás, muito mais que qualquer outro profeta. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre” (9.6,7).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson