Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

segunda-feira, 18 de março de 2024

SÉRIE - OS DONS ESPIRITUAIS (PARTE 02)

 


Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente (1Co 12.11).


Mesmo o apóstolo Paulo tendo listado dons diferentes nos vs. 8-10, ele finaliza a lista de dons no v. 11 dizendo que o Espírito que realiza todas estas coisas é um só. Não há diversos espíritos distribuindo estes dons, senão apenas um só Espírito, a saber, o Espírito Santo. Paulo está preparando o seu campo de argumentação para ilustrar a igreja de Jesus como um corpo humano com seus membros e suas funções distintas, mas pertencentes a um só corpo.

No v. 7 ele diz: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”. Observe que o fim é comum a toda igreja, mas a manifestação é individual. No v. 11 Paulo diz que o Espírito distribui como Ele quer! Ele é livre para distribuir os dons segundo Seu santo e sábio querer. Não depende do crente, mas do Espírito. Aqui temos duas lições: uma, que não devemos “buscar” dons; e outra, que não devemos negar dons que outros receberam, só porque não os temos ou porque não cremos.

Os dois dons relatados no v. 8 são discutíveis os seus significados. Quase nenhum estudioso conseguiu compreender o que Paulo quis dizer com o dom da “palavra da sabedoria” e a “palavra do conhecimento”. Calvino dizia que se tratava de uma compreensão mais espiritual e reveladora e o outro de um conhecimento mais geral recebido por familiaridade com a doutrina. Adam Clarke e John Gill pensavam que se tratava do conhecimento dos mistérios do evangelho, conforme revelados a Paulo. Mas não podemos estar seguros do que Paulo dizia. Outros acham que se trata do conhecimento da Palavra na exposição e a sabedoria uma fala de aconselhamento e prudência.

De toda forma, ambos os dons citados no v. 8 estão relacionados a uma visão sobrenatural dos fatos e de que decisões tomar sobre eles. O grego ­sofia fala de sabedoria. Neste sentido, Paulo pode estar querendo dizer que o Espírito ensina melhor que os filósofos idolatrados pelos coríntios, ou seja, um crente que recebeu o dom da palavra da sabedoria pode conduzir por palavras espiritual e misteriosamente sábias, mais ainda que a filosofia grega, outro crente pelo caminho correto de sua decisão cristã diante de determinada situação.

Quanto à palavra do conhecimento, o termo grego gnōsis nos indica o “saber, a ciência”, isto é, o conhecimento acerca de coisas, pessoas, fatos ou doutrinas. O que Paulo quer dizer é que o crente que tinha a palavra da sabedoria precisava do que tinha a palavra do conhecimento e vice-versa. O crente do conhecimento sabia “o quê”; o crente da sabedoria sabia “como”. Ambos, juntamente edificavam a igreja e eram por ela edificados.

A tonalidade aqui é dependência mútua. O Espírito é soberano, Ele comanda, distribui, age e opera. A igreja é interdependente, seus membros precisam entender que necessitam uns dos outros e não há ninguém mais importante ou menos importante a julgar pelo dom que exerce, visto que ele não será completo se não estiver dependendo do outro irmão.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

SÉRIE - OS DONS ESPIRITUAIS (PARTE 01)

 


Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos (1Co 12.4-6).


Toda igreja de Jesus Cristo acredita que o Espírito Santo adorna o povo de Deus com dons espirituais. Mas há algumas diferenças no entendimento de como Ele faz isso e até mesmo quais são os dons que ainda permanecem em atividade no seio da igreja. Alguns creem que todos os dons permanecem ativos e disponíveis para todos os crentes, enquanto outros pensam que há dons que já cessaram.

Antes dessas questões serem consideradas, há algumas coisas que precisamos ponderar sobre esse texto paulino. O apóstolo quer ensinar à igreja para que ela não seja ignorante sobre o assunto dos dons espirituais (v. 1). Uma nota sobre o v. 2 é interessante, porque os coríntios eram gentios naturalmente, pois não eram judeus, embora houvesse crentes judeus ali. Mas Paulo, dizendo aos coríntios, afirma: “quando éreis gentios”, ou seja, agora eles são espiritualmente o “Israel” de Deus.

Então, ele entra com o papel essencial do Espírito Santo. No v. 3, ele diz que alguém só pode confessar Jesus como Senhor se for pelo Espírito de Deus! Ao contrário dos ídolos mudos, que não levavam os coríntios a confessarem nada, o Espírito de Deus os leva agora a dizerem o gérmen da confissão cristã: “Jesus é Senhor”! Vemos que o interesse primordial de Paulo era mostrar antes da distribuição dos dons, o papel convencedor do Espírito no pecador, levando-o a confessar verdadeiramente a Cristo como Senhor de sua vida.

Nos vs. 4-6, o apóstolo mostra à igreja a unidade do trabalho da Trindade. Observe que no v. 4, ele fala do Espírito, que é o Deus Espírito Santo; no v. 5, ele fala do Senhor, que é o Deus Filho; e no v. 6, ele fala de Deus, que é o Deus Pai. Paulo também distingue os trabalhos nestes 3 versículos: ao Espírito, ele associa os dons (gr. chárisma); ao Senhor Jesus, ele associa os serviços (gr. diakonía); e a Deus Pai, ele associa as realizações (gr. enérgeia). Isto quer dizer que o Espírito nos dá ­com o quê trabalhar, Jesus é para Quem trabalhamos e Deus é Aquele que nos faz trabalhar, Ele é Quem opera tudo em todos.

Finalizo essa primeira parte da nossa reflexão, mostrando que o Espírito de Deus não apenas nos convence do pecado para a salvação em Cristo, para sermos crentes inativos. Ele nos chama para o evangelho em uma vida de trabalho e, para isso, nos concede as ferramentas necessárias! Não temos desculpas para sermos “crentes de banco” (ou, atualmente, “de cadeira”), visto que a obra dEle em nos fazer confessar a Cristo como Senhor, automaticamente nos transforma em servos.

Acima de tudo, a Trindade está empenhada nessa tarefa de nos fazer trabalhar. Se declaramos que somos crentes, então nossa vida de atividade espiritual deve comprovar isso, caso contrário, dizemos que “Jesus é anátema”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 15 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0317 - SOMOS TODOS PILATOS!

 


Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco (Mt 27.24)!


No julgamento de Jesus diante de Pilatos, este governador não encontrou culpa alguma em Jesus e não via sentido no pedido da multidão em que Ele fosse crucificado. Paradoxalmente, sacerdotes, que deviam olhar para o cordeiro e ver que estava limpo, olhavam para Jesus e O acusavam de sujeira; enquanto que um ímpio romano olhava para Jesus e O via puro!

Entretanto, Pilatos, mesmo vendo a inocência de Jesus, não deu sentença favorável a Ele, antes, O entregou para ser crucificado. Para tentar aliviar sua consciência, Pilatos pediu uma bacia com água para lavar as mãos, um sinal de que não tinha mais nada a ver com o que iria acontecer com Jesus dali pra frente. Ledo engano!

Pilatos apenas fugiu de sua responsabilidade. Lavando suas mãos, não lavou, todavia, seu crime! Tentar transferir a culpa para os judeus sanguissedentos não o eximia da sua própria. No fundo, ele tinha suas razões pessoais e interesseiras para entregar Jesus. Apenas não queria admitir.

Ironicamente, as mãos de Pilatos lavadas na água, ficaram para sempre manchadas do sangue do Justo! Todavia, as mãos do Justo crucificadas e manchadas de Seu próprio sangue, são as mãos limpas que curam e perdoam os que nEle creem! Enquanto Pilatos tentava fugir de uma culpa que era sua, Jesus assumia uma culpa que não era dEle! Pilatos não sabia que a sujeira de suas mãos só sairia com o sangue dAquele que ele estava entregando!

Quando nos achegamos diante de Deus pelo evangelho, não adianta sermos Pilatos. Não adianta dizer que não fizemos isto ou aquilo. Não adianta pedir uma bacia com água e tentar lavar nossas mãos diante de Deus, pois a culpa vai permanecer sempre. Toda vez que dissermos que estamos livres do sangue de Jesus, nossa culpa continuará sobre nós, porque não somos inocentes. Quando nos achegamos diante de Deus pelo evangelho, deveríamos estender as mãos, humilhados e arrasados e dizer a Deus: “Eu sou responsável pela morte do Teu Filho! Foi por minha culpa que Ele morreu”!

As bacias de água hoje são as “boas obras” dos homens, são as isenções das responsabilidades, são as nossas justiças próprias! O exemplo de Pilatos deveria sempre nos lembrar de que nossas bacias são inúteis como a dele! Todos os que lavam as mãos em sua autojustiça sempre permanecem sujos e culpados como Pilatos.

O Salmo 24.3,4 diz: “Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar? O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente”. Pilatos não era limpo de mãos, ainda que as tivesse lavado na água da bacia; ele não era puro de coração, pois suas intenções eram perversas e egoístas; ele havia entregado sua alma para a falsidade, pois Jesus disse a ele que tinha vindo dar testemunho da verdade e Pilatos Lhe virou as costas perguntando: “Que é verdade”? (Jo 18.38); Pilatos jurou dolosamente, pois sabia que estava condenando um inocente.

Todos somos Pilatos, até que joguemos fora as nossas bacias com água e aceitemos o sangue dAquele a Quem todos nós condenamos!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 14 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0316 - A MUDEZ DE ZACARIAS - SINAL DE GRAÇA E SALVAÇÃO

 


E perguntaram, por acenos, ao pai do menino que nome queria que lhe dessem. Então, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: João é o seu nome. E todos se admiraram. Imediatamente, a boca se lhe abriu, e, desimpedida a língua, falava louvando a Deus. Sucedeu que todos os seus vizinhos ficaram possuídos de temor, e por toda a região montanhosa da Judeia foram divulgadas estas coisas. Todos os que as ouviram guardavam-nas no coração, dizendo: Que virá a ser, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele (Lc 1.62-66).


Conhecemos a história da família de João Batista. Seu pai Zacarias era um sacerdote e, sua mulher, da linhagem de Arão (v. 5). Ela era estéril e ambos avançados em idade (v. 7). Quando ele estava ministrando ao Senhor no altar de incenso, no templo de Herodes, o anjo Gabriel lhe apareceu e lhe disse que ele teria um filho. As instruções eram que o menino se chamaria João, seria nazireu e que prepararia o caminho do Senhor no espírito e poder de Elias (vs. 13-17).

Como sabemos, aquele homem duvidou e, como sinal, ficou mudo até que seu filho nascesse (v. 20). Todavia, a mudez de Zacarias foi um sinal não apenas de sua incredulidade, mas também um sinal do silêncio que Deus mesmo havia guardado para com Seu povo durante os últimos 400 anos!

Depois do profeta Malaquias, Deus reservou silêncio profético e inspirativo, ainda que Sua mão poderosa continuasse se manifestando para o bem do povo de Israel. Esse silêncio seria quebrado com a pessoa de João Batista. O próprio Malaquias havia predito acerca deste profeta (Ml 3.1; 4.5,6).

No dia do nascimento do seu filho João, seus lábios foram abertos por Deus e ele voltou a falar. Os 9 meses em que ele ficou mudo eram uma figura dos 400 anos que Deus ficou em silêncio para com Seu povo. O nascimento de João Batista foi uma maravilha enigmática para os vizinhos de Zacarias e Isabel. “Que virá a ser este menino?” perguntavam eles!

O nome João significa “o favor, ou a graça do Senhor”. Deus estava anunciando por aquele menino, desde seu nome, que Sua graça estava estendida para Seu povo de um modo muito especial. É que a gota da graça que transbordou o cálice do amor de Deus para com a humanidade foi colocada no ventre da prima de Isabel, Maria de Nazaré!

João quebrou o silêncio profético de Deus apenas para anunciar que o resultado de Sua graça viria em breve. E qual é o resultado da graça? A salvação (pela graça sois salvos)! Assim nasce o Filho de Maria, cujo nome é Jesus, que significa “o Senhor salva”! Que parceria! João e Jesus! A graça e a salvação! A causa e a consequência!

Deus tem muitas formas de trabalhar e em todas elas manifesta Sua pedagogia! Zacarias mudo não foi maldade nem castigo (claro que a incredulidade dele também representava a incredulidade do povo), mas um sinal de que depois de um período de silêncio, o “favor” (João) do Senhor manifestaria “salvação” (Jesus) para todo o Seu povo! Soli Deo Gloria!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 13 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0315 - REIS PERENES QUE SE SUBMETEM A REIS PASSAGEIROS

 


Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada (Jo 19.10,11).


A postura de Jesus diante de Pilatos tem levado a igreja de todos os tempos a ensinar aos fiéis discípulos de Cristo que toda autoridade é constituída por Deus, inclusive a autoridade civil. É óbvio que com isso a igreja nunca quis afirmar que Deus está de acordo com os vários desvios que os homens praticam no exercício de sua autoridade, desde o autoritarismo até à omissão de seus deveres. Deus constituiu a autoridade, a qual é pura em si mesma e aponta para a máxima autoridade, que é o próprio Deus. Os homens que a exercem é que a mancham com seus pecados e disso darão conta no último dia.

Os tipos de governo humano que já passaram na história da humanidade, desde a monarquia até a atual democracia, são apenas permissão do Único Governante do universo, a fim de que se revele, desde que Adão caiu, a corrupção que há no coração do homem, a qual o faz governar sem Deus, tiranicamente, conduzindo as sociedades cada vez mais aos desastres e terrores de convivência, ainda que engajem esforços inúteis para fingirem relações de paz.

No fim das contas, o único governo que realmente é legítimo, é o governo de Deus sobre o universo. A teocracia verdadeira jamais poderá ser abolida. Queiram os homens ou não, Deus governa soberano sobre tudo e todos. Um dia isso será demonstrado pública e eternamente!

A igreja vive a teocracia desde já. Jesus disse que dentro dos corações dos crentes o reino de Deus já foi instaurado. A igreja manifesta ao mundo sem Deus o que é viver sob o regime divino, sob os parâmetros das Escrituras que, inclusive, ordenam que a igreja se submeta aos sistemas de governo em todas as épocas. Isso não é contraditório; tanto que uma vez que uma ordem da autoridade terrena conflite com a autoridade divina, a igreja não hesita em desobedecer à ordem humana (At 5.29)!

Pilatos governou a Judeia apenas 10 anos (26 d.C. – 36 d.C.), mas pensou que tinha toda autoridade sobre Jesus Cristo! Diante daquele governador passageiro estava o Rei eterno, que não brigou por trono algum... afinal, por que haveria de lutar por um trono transitório, Aquele que há de reinar para sempre?

Jesus Se submeteu a Pilatos, pois sabia que foi Seu Pai Quem concedeu poder provisório para aquele governador romano. É claro que um dia Pilatos é quem estará diante dEste que ele entregou para ser crucificado!

Assim também, a igreja se submete às autoridades civis para dar bom testemunho, por causa do Senhor, como diz Pedro (1Pe 2.13) e também porque sabe que todas elas são efêmeras, mas aqueles a quem Jesus comprou com Seu sangue para Deus, serão feitos reis e sacerdotes para reinarem com Cristo sobre a terra para sempre (Ap 5.9,10)!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 12 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0314 - CIÚMES EM DEUS, CIÚMES EM ISRAEL

 


Provocaram-me os ciúmes com aquilo que nem deus é e irritaram-me com seus ídolos inúteis. Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; eu os provocarei à ira por meio de uma nação insensata (Dt 32.21 – NVI).


O cântico de Moisés em Dt 32 é um cântico que reconhece a fidelidade de Deus para com Seu povo de Israel, mas também antevê a rebelião deste povo contra seu Deus, a ponto de associar-se com os falsos deuses das nações vizinhas na terra que receberam por herança em Canaã.

No meio do seu cântico Moisés afirma, falando em nome de Deus, que o povo de Israel haveria de provocar o ciúme de Deus com aquilo que não era Deus, isto é, o povo haveria de cair na idolatria, adorando falsos deuses. Com isto provocariam a ira do Senhor.

Por outro lado, Deus afirma que também provocaria o ciúme do povo de Israel com aquilo que não era povo, ou pelo menos assim Israel considerava.

A princípio, esse cumprimento da palavra profética no cântico de Moisés aconteceu quando o povo foi levado para o cativeiro, tanto assírio, quanto babilônico. Deus usou nações pagãs (povo que não era povo) para punir Seu povo, ironicamente pelos mesmos pecados que Ele havia usado Seu povo para punir as nações pagãs que habitavam originalmente na terra prometida (Is 10.5; Jr 21.4-10)!

Mas é no Novo Testamento que essa profecia mosaica tem seu maior cumprimento. O apóstolo Paulo vê o evangelho como sendo a maior maneira de Deus provocar o ciúme de Israel para com os gentios. Ele diz em Rm 10.19: “Novamente pergunto: Será que Israel não entendeu? Em primeiro lugar, Moisés disse: Farei que tenham ciúmes de quem não é meu povo; eu os provocarei à ira por meio de um povo sem entendimento”.

Diz também em Rm 11.11: “Novamente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma! Ao contrário, por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel”.

Apesar de Israel ter provocado ciúmes em Deus, deixando entrar em seu arraial aquilo que não era Deus, o que se constituía um pecado contra Deus, todavia, Deus provocou ciúmes em Israel, deixando entrar em Seu arraial aquilo que não era povo, o que se constituía uma bênção para Israel, pois Paulo diz em Rm 11.14 que sua esperança era que de alguma forma possa provocar ciúme em meu próprio povo e salvar alguns deles.

Como Israel sempre pensou que era povo exclusivo de Deus (de forma nacionalista), Deus agora os põe em ciúmes, mostrando que a igreja é que Lhe pertence e não Israel nação. E a igreja vem de todos os povos! Israel pode ficar enciumado, mas Deus também salva outros povos!

Nosso Deus é soberano e sábio. Utiliza-se até mesmo do mal e do pecado para Seus próprios fins gloriosos, onde Seu nome finalmente é glorificado e Sua sabedoria conhecida por todos os povos e por todos os séculos! Soli Deo Gloria!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 11 de março de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0313 - JESUS, O RESPLENDOR DA GLÓRIA DO PAI

 


Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas (Hb 1.3).


Na mente de Deus não há ninguém mais importante do que Seu Filho Jesus Cristo. A Bíblia diz que todas as coisas que Deus fez, foram feitas com base na beleza e no padrão de perfeição de Seu Filho (Jo 1.3). Diz também que todas as coisas, além de serem feitas por meio dEle, são dEle e também foram feitas para Ele (Rm 11.36).

As pessoas não conseguem entender quem é Jesus Cristo para Seu Pai. Nem sequer o melhor tratamento que um pai humano pudesse dar para seu filho biológico chegaria perto da maneira que é a relação de Deus Pai com Seu Filho! Eles são tão unidos, que o autor aos Hebreus afirma que Jesus é o resplendor da Sua glória! Toda beleza da glória de Deus resplende em Cristo Jesus!

De fato, o Pai e o Filho não são apenas tão unidos, Eles são essencialmente a mesma deidade! O autor nos diz que Jesus é a expressão exata do Ser de Deus! A palavra grega aqui usada é charactēr. Seu significado é “gravura, uma figura estampada, a cópia exata”. Deus é visto com exatidão em Cristo, como Ele mesmo disse a Filipe: “Há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9).

De acordo com o autor aos Hebreus, Jesus não é só o meio da realização do poder criativo do Pai, Ele também é o Mantenedor do funcionamento do cosmo! Todas as leis da Física, conhecidas ou desconhecidas do homem, funcionam por causa da palavra do poder de Cristo. A força gravitacional, o congelamento ou fervura da água, o germinar de uma semente, o processo cognitivo do raciocínio, etc., todas as coisas funcionam por causa do poder sustentador da Palavra de Cristo!

As pessoas perguntam por que um universo tão grande para pessoas tão pequenas. Fique tranquilo que o universo não é para você. Ele foi feito para Cristo. Aliás, até nós mesmos fomos feitos para Ele. Se, quando formos para o céu, o alvo final é contemplar a beleza de Deus na face de Cristo, por que isso não seria realidade desde agora? A coisa toda não é sobre nós, mas sobre Deus Pai e a exaltação de Seu Filho perante tudo e todos! Acostume-se com isso.

Lembremo-nos também de que até nossa ida para a glória eterna é por causa da sustentação que Sua poderosa Palavra produz em nós. Ela é que nos segura firmes para alcançarmos a glória na eternidade! Jesus passou por toda humilhação para pagar nossos pecados. Mas depois de tê-lo feito, diz o autor, assentou-Se à direita da Majestade divina nas alturas! Soli Deo Gloria!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson