“O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente” (1Pe 2.23).
De vez em quando ouvimos alguns crentes dizerem que entregam seus inimigos nas mãos de Deus, que Deus vai tratar com eles, que Deus vai defender sua causa, que vão pedir a Deus que pise sobre seus perseguidores, enfim, ouvimos quase que a uma só voz que, ao comando de um crente injustiçado, e Deus Se levantará do Seu trono para socorrê-lo, porque Deus não aguenta ver um filho Seu sofrer...
Todavia, o que o apóstolo Pedro nos ensina, tomando ninguém a não ser o próprio Cristo como exemplo (cf. v. 21), é que não entregamos nossos perseguidores a Deus e sim a nós mesmos. Era assim que Jesus fazia. Quando as pessoas O injuriavam, Ele não devolvia na mesma moeda. Quando era perseguido ou maltratado, Ele não ameaçava, mas entregava-Se a Si mesmo ao Pai. Entretanto, o que frequentemente vemos são crentes praticamente ameaçando seus perseguidores que, se os continuarem maltratando, eles vão orar a Deus, e eles serão destruídos.
Quando você entrega a Deus aqueles que te perseguem, você está buscando olhar de modo vingativo, esperando que Deus intervenha em sua causa. Mas quando você se entrega a Deus quando é injuriado ou maltratado, ao invés de entregar aquele que te maltrata, você está procurando enxergar a situação com os olhos de Deus e então vai procurar extrair dela exatamente aquilo que Deus quer ensinar a você.
O pedido de Jesus ao Pai na cruz foi que perdoasse os malfeitores, porque eles não sabiam o que faziam (Lc 23.34). Da mesma forma, Estêvão também pediu ao Senhor que não imputasse os pecados daqueles que estavam lhe assassinando a pedradas (At 7.60). Houve pessoas salvas no dia da morte de Jesus por causa deste pedido que Ele fez ao Pai (o centurião e o ladrão que se converteu são exemplos disto); houve também salvação sobre a vida de um dos maiores homens na história do cristianismo perante o clamor de Estêvão, que foi Saulo de Tarso.
Então, já que não sabemos o que Deus deseja realizar quando somos perseguidos ou injuriados, o ideal é que, ao invés de entregarmos nossos perseguidores a Deus, que nos entreguemos a nós mesmos a Deus, para que Ele possa conduzir nossa visão para a visão dEle. Você pode perguntar: “Mas Deus não é o Juiz de todas as coisas?” Sim, diz o final deste versículo. Por isso que temos que nos entregar a Ele e não nossos inimigos, pois o texto diz que Ele julga justamente. Nós não sabemos que justiça Deus quer aplicar àquele que nos persegue, se a justiça merecida (que é a condenação), ou se a justiça imerecida (que é a salvação).
Por isso, quando orar por seus inimigos, lembre-se do que
Jesus ensinou: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que
vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e
vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.44).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Nos pensamos exatamente de entregar os nossos inimigos a Deus, erroneamente que Deus continui abençoando o nosso pr. Cleilsom
ResponderExcluirAmém! Louvo a Deus pela edificação sobre nossas vidas.
ExcluirMeu Deus ! É inesgotável o aprendizado na sua Palavra, obrigada meu Senhor.
ResponderExcluirLouvado seja Deus pela vida do pastor Cleilson na nossa vida.
Glória a Deus! Realmente a Palavra é inesgotável! Deus te abençoe grandemente 🙏🏼
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