“E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” (Ap 18.4).
Na Bíblia, a Babilônia sempre foi vista como símbolo de uma religião apóstata e opositora a Deus. Os antigos profetas, mesmo prevendo que o povo de Deus seria levado cativo para a Babilônia, sempre avisaram ao povo para “sair dela” (Is 48.20; 52.11; Jr 50.8). A Babilônia era lugar de tratamento, mas não de assentamento; era lugar de provação, mas não de possessão. Por esta razão, os judeus que fossem para lá não deveriam enraizar seu coração naquela terra. Haveria o tempo em que Deus os livraria desse cativeiro e não queria que eles ficassem apegados à Babilônia.
No NT, a Babilônia tornou-se um tipo da religião mundana, do sistema pecaminoso e antideus. Paulo diz aos coríntios, citando Isaías: “Pelo que, saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2Co 6.17), falando do comportamento cristão diante deste mundo que é a figura da Babilônia.
Entretanto, existe uma curiosidade. Jesus disse que não pedia ao Pai que nos tirasse do mundo (Jo 17.15). Como então a Bíblia nos ordena que saiamos da Babilônia, sendo que Jesus não pedia ao Pai que nos tirasse daqui? A questão é simples. Podemos usar Daniel como nosso exemplo. Ele foi um profeta exílico, isto é, participante do cativeiro. No entanto, apesar de ele estar na Babilônia, a Babilônia não estava nele! Todos os jovens, quando chegaram àquele país, foram obrigados a participarem do manjar do rei. No entanto, Daniel e seus três amigos fizeram um propósito no coração de não se contaminarem com a porção do rei nem do seu vinho (Dn 1.8). Ele sabia que até mesmo em terra estranha, ele tinha que se manter fiel aos preceitos do Senhor.
Portanto, quando o apóstolo João ouve essa voz em Apocalipse, o que ele está ouvindo não é que os crentes saiam do mundo, como muitos monges fizeram no passado, mas que o mundo não entre em si. Não precisamos sair do mundo, mas precisamos evitar que ele entre em nós. O próprio versículo diz o que isto significa: “Para que não sejais participantes dos seus pecados”. A ordem do Senhor é que não venhamos satisfazer os desejos da Babilônia, ainda que estejamos temporariamente nela!
Como está nossa relação com a Babilônia onde moramos?
Estamos encantados com seus esplendores passageiros, ou nada temos nela? Ainda
outra pergunta: será que ela nada tem em nós também? Que Deus nos ajude a olhar
por cima de suas muralhas!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém glórias por estes estudo muito maravilhoso edificante para nosso crescimento
ResponderExcluirAmém! Que Deus nos dê crescimento!
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