“Ora, Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que Ele não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor e os devorou; e morreram perante o Senhor” (Lv 10.1,2).
O incidente que aconteceu com os filhos de Arão, muito provavelmente foi por causa do vinho que eles beberam. Quando o fogo do altar foi aceso houve uma grande festa em Israel. De acordo com o v. 9, esses dois filhos de Arão entraram bêbados para oferecerem fogo ao Senhor. O fogo não era estranho por ser diferente, mas por causa da maneira como foi apresentado. Obviamente, ofereceram a Deus algo que o Senhor não lhes ordenou. Isto é, Deus é Quem escolhe a forma que deve ser adorado e não o homem de como quer adorar.
Hoje também muito fogo estranho é apresentado ao Senhor, não porque os crentes façam algo diferente, mas pela maneira como fazem. O louvor pode ser o mesmo, a oração pode ser a mesma, a liturgia pode ser a mesma, mas diante de Deus não importa tanto o que se faz, mas como se faz. Claro que também importa o quê, afinal, Deus é quem escolhe o que devemos Lhe oferecer em adoração.
Ao apresentarmos algo ao Senhor precisamos avaliar o nosso coração, porque o Senhor não aceita oferendas estranhas. Naquela época eles foram consumidos pelo fogo do Senhor; hoje muitas pessoas perdem o fogo do Senhor. Naquela época os sacerdotes oficiavam o próprio sacrifício. Hoje nosso sacrifício foi realizado pelo nosso Senhor. Todavia, Deus ainda requer de nós a santidade para apresentarmos alguma coisa diante dEle. Se oferecermos alguma coisa a Ele baseados em nossas próprias forças ou obras, ou do nosso jeito, certamente é um fogo estranho; mas se oferecermos ao Senhor um culto baseado na obra de Cristo, então certamente é uma oferta agradável a Deus.
Seria uma pergunta reflexiva para fazermos a nós mesmos hoje: que tipo de fogo estamos apresentando diante do altar de Deus? De que maneira estamos apresentando e também se o que apresentamos é exatamente o que Deus exige.
Às vezes nossa oferta é algo lícito, mas nosso coração não é; talvez não estejamos embriagados, mas podemos estar rancorosos, amargurados, embriagados com ódio e isso torna o nosso fogo estranho diante de Deus.
Que o fogo de Deus queime o nosso coração e destrua as impurezas, para que o
fogo que saia de nós não seja estranho e sejamos destruídos pelo Senhor. Que o
fogo de Deus destrua aquilo que contamina a minha oferta, antes que minha
contaminação ofereça fogo estranho ao Senhor.
Lembrando que isto vale para cada crente, pois hoje todos somos sacerdotes diante do nosso Deus (1Pe 2.9). O que devemos oferecer a Ele são sacrifícios de louvor (Hb 13.15), sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (1Pe 2.5) e a nossa vida em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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