Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sexta-feira, 29 de março de 2013

SENHORAS E SENHORES, HOMOSSEXUALISMO É PECADO!


Há algumas coisas que os ativistas gays não gostam de ouvir. Uma delas é que sua prática é pecado. Aliás, conseguiram colocar na mente da sociedade que seu estilo de vida é normal. Não, senhoras e senhores, não é normal. É pecado e o pecado não é normal. O normal é aquilo que Deus criou e será aquilo que Ele restaurará quando destruir por fim o pecado. Tudo o mais que entrou na criação através do pecado de Adão é anormal, é contrário ao natural e normal que Deus criou.

Não estou dizendo que os homossexuais são anormais em sentido físico ou psicológico, estou dizendo que espiritualmente todos os seres humanos ficaram anormais por causa do pecado e nós todos nascemos nele, portanto, somos todos anormais. O escravo do pecado pratica muitos pecados, entre eles o da prostituição, do adultério, da bebedeira, do homossexualismo, do preconceito, da mentira, do aborto, da incredulidade e muitos outros, como diz a Bíblia.

Colocaram na mente da sociedade que discordar deles é, no mínimo preconceito e na pior das hipóteses "homofobia". Esse termo ficou até banal. Agora tudo é homofobia. Dizer que sua prática é pecaminosa é homofobia, dizer que não concorda com seu estilo de vida é homofobia, dizer que a prática homossexual não agrada a Deus é homofobia, dizer que você vai criar seus filhos para andar nos caminhos da Bíblia, inclusive ensinando-os a serem heterossexuais é homofobia, não aceitar que a "cartilha gay" entre nas escolas é homofobia e por aí vai. Daqui uns dias vai ser homofobia ser heterossexual.

A mídia é um esculacho total. Apoia e divulga BBB, a Fazenda, Gugu, Faustão e outros programas idiotas e agora se volta contra os cristãos acusando-os de homofóbicos. Já não basta a ala gay fazer isso, agora temos que suportar isso da mídia. Fico pensando se de fato a mídia apoia o ativismo gay, ou se ela só faz isso porque persegue os evangélicos. Se por um remoto acaso os evangélicos concordassem com a prática homossexual, será que a mídia apoiaria os evangélicos? Acredito que estariam contra os gays. Só para ser contra os evangélicos.

Senhoras e senhores, para nos livrar desta anormalidade, o Deus Pai enviou Seu Filho para nos mudar, para nos transformar; e isso de dentro para fora. Ele sofreu nossa humilhação, carregando os pecados dos que nEle creem na cruz do Calvário. Ele veio para nos tornar normais de novo. E isso se dá pela fé em Cristo, não há outro meio. Aos que nEle creem, é-lhes dado o Espírito Santo que nos transforma de glória em glória, nos tornando normais de novo (2Co 3.18). Podemos nos "sentir" normais com nossos pecados, achando que eles não são pecados, mas dessa forma iremos "normais" para o inferno. Não são só os homossexuais que não gostam de ouvir falar do inferno. Nenhum pecador gosta. O problema é que o inferno existe e está reservado para o diabo, seus anjos e todo aquele que persistiu em considerar que seus pecados não tinham nada a ver.

Senhoras e senhores, todo pecado é um vilipêndio contra a honra e a santidade de Deus, o homossexualismo também. Para com Deus não tem essa de preconceito. Deus não se encaixa nos nossos padrões deturpados de certo e errado. Ele tem os dEle e é por eles que seremos julgados. Os padrões de Deus estão em Sua Palavra e não há o que possamos fazer para mudá-la aos nossos caprichos. Ela é imutável. Há apenas uma coisa que devemos fazer: submetermo-nos aos Seus preceitos e obedecê-los, caso contrário, é punição mesmo, com ou sem choro.

Escrevi "homossexualismo" de propósito. Agora colocaram na cabeça da sociedade que se uma palavra termina com "ismo" é doença. É o cúmulo da ignorância! O sufixo "ismo" carrega a conotação de "ideologia", não de doença. Quando falamos em "realismo", por exemplo, estamos falando de alguma doença? Por acaso  "heroísmo" é doença? Os ateus podem fazer agora uma passeata para que não mais falem de seu "ateísmo". Poupem-me deste "pré-conceito" (conceito formado sem conhecimento)! A ideologia homossexual, suas defesas, práticas e apologias são sim "homossexualismo", assim como a ideologia que apoia algumas frentes dominantes, como "marxismo", "leninismo", "taoísmo" e outras podem terminar com "ismo" sem problema nenhum. Por acaso isso é doença?

Quero terminar dizendo que Deus ama a todas as pessoas, tanto é que Ele manda Suas bênçãos indiscriminadamente para todos. Mas para salvar, Ele só ama aqueles que creram no Seu Filho e obedecem à Sua Palavra. Não espere algo diferente de Deus daquilo que a Bíblia revela. Não faça Deus à sua imagem e semelhança. Os que creem no Seu Filho arrependem-se de seus pecados, sejam quais forem. Desde homossexualismo até qualquer outro tipo de pecado. Caso contrário é inferno mesmo!

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

O LADRÃO DE ALMAS


"O ladrão não vem senão a ROUBAR, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (João 10:10).

Por: Mário Gardini

Há um filme, cujo título e enredo é mais ou menos semelhante ao tema apresentado acima.

Somos pouco previdentes com a nossa casa e os nossos bens. Há roubos e furtos em que a conduta da vítima favorece o ladrão ou o furtador. Existe até uma atenuante na Lei que favorece o “meliante” pela negligência e descuido da vítima.

O ladrão tem grande facilidade, no exercício de sua “profissão”, quando encontra janelas ou portas abertas da nossa casa ou de um estabelecimento comercial. Carros são deixados nos estacionamentos vulneráveis para serem furtados.

Quando nos roubam ou nos furtam, na maioria das vezes perdemos os bens, coisas materiais recuperáveis com o tempo. “Vai-se o anel, mas que fiquem os dedos”.

Contudo, quando o ladrão rouba a nossa alma, não há como recuperar ou reparar o prejuízo.

Há um ladrão de almas. Diz a Bíblia: "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" João 10:10.

A missão do ladrão é diferente da missão do Senhor. O primeiro veio para matar, roubar e destruir a nossa vida. O Segundo veio para salvar e libertar a nossa vida.

“Alma” é um bem precioso e transcende os portais eternos. O tratamento deste assunto é aqui durante a nossa vida, enquanto não partirmos para a eternidade.

O ladrão nos engana com várias artimanhas para roubar a nossa alma. Ele nos desvia do plano salvador de Deus e nos coloca nas sendas embaraçosas e enganosas deste mundo.

Um engano muito comum e um meio para o ladrão roubar a nossa alma é a ilusão de que as nossas boas “obras” nos salvarão da perdição eterna.

Outro meio do ladrão roubar a nossa alma é o engano de que a nossa religião é uma “arca” que nos protege do inferno.

As filosofias e a crença no “homem” também ajudam o inferno, e o ladrão de almas usa ideologias bem elaboradas para confiscar e roubar a nossa alma.

Deixe-me explicar: as boas obras são resultados de um coração transformado por Deus. Sem a transformação do coração, nossas obras são inúteis e contradizem o único meio para a salvação – o sacrifício de Cristo na cruz. Cristo não precisa de sua ajuda para lhe salvar. Ele fez tudo.

Estar simplesmente na igreja jamais transformou o homem em cristão. O fato de eu estar numa garagem não me transforma num carro. Igreja e religião não salvam. São comunidades onde os salvos comungam e louvam a Deus.

Amo a filosofia, mas não posso colocar minha fé em postulados que nos enchem de dúvidas. Crer na Palavra é um alicerce de certeza.

Não creio no homem! Sem a graça de Deus, o homem mente, engana, ilude e trapaceia.

O Senhor nos protege e nos liberta do tacão do “ladrão de almas” (diabo).

Diz a Palavra: "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (João 10:10).

Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.

PREGAÇÃO EXPOSITIVA TIAGO 5.7B

Finalizando o v. 7 de Tiago 5: "Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas".

Exposição da "parábola de Tiago", seus significados e aplicações para nossos dias.

Clique aqui para baixar este sermão.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 26 de março de 2013

PAPAGAIOS DE DEUS


"Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro" (Apocalipse 22:18). 

Por: Mário Gardini

Papagaio não é uma ave inteligente. Ele fala pela facilidade de usar a garganta, emitindo sons por condicionamento operante.

Ele ouve e depois repete as palavras. Alguns papagaios são mal criados. Dizem palavrões e xingam, pois foram ensinados pelos seus donos esta arte de mal dizer os outros.

Conheci um papagaio muito obsceno. Quem chegasse ao seu ambiente ou passasse na rua era, na frente da casa, achincalhado pela ave ferina. Até as moças bonitas recebiam palavrões e eram chamadas de “feias” pelo danado do papagaio.

Mas há papagaios bem treinados. Assobiam, falam repetindo as boas palavras de seus donos.

A pregação do Evangelho nos faz verdadeiros papagaios de Deus. Pregadores são mensageiros que repetem a Palavra de Deus, exatamente como Deus diz, sem tirar uma vírgula ou ponto.

Diz o Apocalipse, no Livro imbatível: "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus" (Apocalipse 22:18-20).

Quando olhamos os profetas de Deus, parecem com papagaios: "assim diz o Senhor", "o Senhor disse", etc.

O mecanismo e o processo na formação das palavras do profeta é de imitador, entregando apenas a mensagem sem floreá-la. São honestos e contam o que Deus disse.

Paulo era um imitador: "Sede meus imitadores, como também eu de Cristo" (1 Coríntios 11:1).

Isaías pregava: "Assim diz o Senhor DEUS dos Exércitos: Anda e vai ter com este tesoureiro, com Sebna, o mordomo, e dize-lhe" (Isaías 22:15).

Jeremias não pestanejou em entregar o recado de Deus: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, os quais fiz transportar de Jerusalém para babilônia" (Jeremias 29:4).

Ageu pregou exatamente o que Deus queria: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos" (Ageu 1:5).

Jesus trouxe a mensagem, tal como Deus, o Pai, lhe mandou: "Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras" (João 14:10).

O profeta muitas vezes não fala. Esconde a mensagem com medo e paúra dos homens e treme pela cara e reações dos seres humanos, intolerantes com a verdade de Deus.

Há profetas que misturam a mensagem, floreando-a com palavras cavilosas e brandas, falando, sem exatidão, o que Deus mandou.

Já vi pregadores avermelharem-se e ficar sem graça com “pitacos” e broncas que tomaram.

“O senhor me atingiu. Quem é o senhor?”, esbraveja alguém, ignorante e insensato.

Garanto-lhes que “este crítico” não ficará irritado no inferno eterno porque lhe olvidaram a verdade e não conviverá com o pregador ou profeta naquele lugar de tormento, pois os verdadeiros profetas e pregadores lá não estarão.

Mas afinal, com quem o pregador tem compromisso – com homens ou com Deus?

Pregador não tem “papas” na língua. Não tem satisfações a dar a ninguém – é um papagaio de Deus. Prega na exatidão da Palavra e não pelas convenções humanas e diplomacias deste mundo.

Mário Gardini

Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.

segunda-feira, 25 de março de 2013

BONITO POR FORA...



Não havia, porém, em todo o Israel homem tão belo e tão aprazível como Absalão; desde a planta do pé até à cabeça não havia nele defeito algum (Samuel 14:25).

Por: Mário Gardini

No palco da vida, diante dos outros, colocamos o nosso verniz para tapar os nossos defeitos.

Já se disse com muito acerto: comportamento é o que fazemos para atender as expectativas de quem nos olha. Caráter é o que somos quando não somos vistos.

Um poeta morava numa casa que fazia fundos com um lindo bosque. Todos os dias, o poeta tinha a pachorra de contemplar aquele belo bosque e ficava horas sentindo a brisa suave e cheirosa que exalava daquele lugar.

Um dia, pegou fogo no bosque. Todos os que moravam ao seu redor, correram pressurosos para salvar aquele lindo lugar, cheio de plantas e de flores encantadoras.

O poeta também fez a sua parte. Levando água para apagar o fogo, observou que muitos animais repelentes e nojentos saiam do interior do bosque. Disse o poeta: quem diria, lindo bosque, que em teu seio havia tanto bicho feio.

O adágio popular é de clareza inconfundível: por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento.

Apreciamos a beleza. Mas devemos cuidar com o engano dos nossos olhos. O guapo mancebo e a formosa donzela podem ser grandes atrativos para os apetites da nossa paixão, mas ao final, poderá trazer grande “decepção”.

Não vai aqui uma apologia contra o “apolíneo”, o “belo”, “o encanto”, mas vivemos num mundo de aparências e enganos. É preciso cuidar com os nossos valores e o grau de nossos desejos e apetites por coisas e pessoas.

Jesus aferia as pessoas não pelo externo, mas pelo interior. Vejamos o sábio ensino do Grande Senhor, autêntico analista do ser humano:

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas" (Mateus 23:25-30).

Sejamos cuidadosos. Avaliemos o nosso interior. A Cruz é o tratamento exato para possuirmos as lentes perfeitas para enxergamos a nós mesmos e os outros. Avaliar o exterior sempre terá como ponto de partida a avaliação sincera do nosso INTERIOR.

Mário Gardini é escritor

e colaborador de artigos
no Teolatria.

sexta-feira, 22 de março de 2013

EU RABUJO



Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós (Efésios 4:31).

Por: Mário Gardini

E... tu rabujas, ele rabuja, nós rabujamos, vós rabujais e eles rabujam.

Provavelmente a conjugação do verbo acima não exista. Quem sabe, com a minha “argúcia” eu o tenha inventado.

Mas observe: primeiro “eu rabujo”.

Rabugento é o impertinente, reclamão, manhoso, chorão, crítico, ingrato e muito falante de coisas ruins.

Conviver com o rabugento é contrair doença (endemia). É uma peste, inoculada na natureza humana e precisa de tratamento urgente.

Rabugices no casamento geralmente terminam em divórcio. No emprego, leva à demissão. Na profissão, gera desconfortos e muito atrito; entre vizinhos, provoca uma guerra.

O escorpião é tão rabugento que se você o colocar num círculo de fogo, ele, desesperado e nervoso, aciona o seu ferrão e pica a própria cabeça e se mata.

Já tentei apanhar gatos rabugentos para dar-lhes comida e água. Foi a pior coisa. Fui arranhado e o bichano ingrato me mordeu.

Eu morava perto da Avenida Jô Sato. Um belo dia apareceu um gato, preso em um bueiro. Sinceramente queria tirar o gatinho da enrascada, e talvez até levá-lo para curar seus ferimentos. Até tive o socorro de uma querida vizinha. O rabugento gato fugiu de mim e foi “miar” próximo à minha casa.

Uma rabugice muito comum são as conversas de “gênio”, “têmpera” e o rabugento diz: “Eu nasci em tal estado e lá a gente resolve na ‘peixeira’, no ‘tiro’, pois temos honra e dignidade”.

Outra rabugice: “Não perdoo”. “Sou assim e pronto”.

O rabugento tem o mal da “Gabriela”. É uma música que tem um trecho que expõe essa síndrome: “Eu nasci assim, vou viver assim, vou morrer assim, sempre Gabrieeela (...)”.

Deus trata do “rabugento” pela sua graça. A palavra diz: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” João 8:32.

Mário Gardini é escritor
e colaborador de artigos
no Teolatria.

quarta-feira, 20 de março de 2013

PREGAÇÃO EXPOSITIVA EM TIAGO 5.7a

Disponível para baixar o sermão de nº. 7 no capítulo 5. Exponho a parte "a" do versículo 7: "Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor".

Clique aqui para ir ao link e baixar seu sermão.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

O JUIZ E O PAPAGAIO



"Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam" (Isaías 30:18).

Por: Mário Gardini

Na Itália havia um juiz numa pequena comarca, muito admirado por suas decisões. Mas havia um comentário na comarca onde o juiz atuava que começou a incomodar o tribunal. Comentava-se que as decisões do juiz eram feitas com base no que o seu papagaio dizia.

Por óbvio, a Corte “convidou” o magistrado para dar explicações. Perante os desembargadores, o juiz foi inquirido no assunto do papagaio, e então perguntaram ao juiz: “É verdade, excelência, que na Comarca onde o senhor trabalha, suas decisões são proferidas com base no que o seu papagaio diz?”. Serenamente, respondeu o juiz: “É verdade, senhores desembargadores”.

Atônitos, os desembargadores pediram explicação. O magistrado, com calma, disse: “Egrégia Corte, todas as vezes que me levanto pela manhã, ouço o meu papagaio dizendo: buongiorno, doutore, justitia e misericordia. Assim, ao prolatar minhas decisões me lembro das palavras do meu papagaio: ‘justiça e misericórdia’”.

A justiça e a misericórdia andam sempre juntas. A justiça é um ideal a ser perseguido sempre, mesmo que nós, seremos humanos, não consigamos realizá-la.

Misericórdia é uma das formas de virtude – virtude de fazer o bem e de demonstrar, para com o sofrimento alheio, empatia.

Mas o caráter da misericórdia não dispensa a justiça, mas a realiza (justiça) com um coração abrandado e que perdoa.

O juiz da nossa história não era um injusto, mas nos casos em que julgava, estaria aplicando a virtude da justiça, contudo olhava para a misericórdia sabendo que somos falhos e podemos errar quando buscamos o ideal de justiça.

Deus é o grande Juiz. Sua justiça é perfeita. É em razão da justiça divina que iremos enfrentar um Juiz duro e severo. Estaremos no “fiel” de Deus e Sua balança vai pesar com o peso de Sua Justiça.

Não haverá escape. O julgamento será de condenação, no crivo da perfeita justiça de Deus.

Veja que Adão e Eva cometeram apenas “um pecado”. Ambos o casal não cometeram adultério, homicídio, ou crimes e pecados graves. Foi somente um pecado e Deus os expulsou para sempre do Jardim do Éden.

Imagine: vamos dar conta apenas de um pecado? Acho que você é inteligente e não preciso dizer que cometemos inúmeros, incontáveis pecados em nossa vida.

Graças a Deus – há o peso de Sua justiça, mas há o equilíbrio de Sua misericórdia, pois o coração de Deus nos ama e nos perdoa.

Diz a Palavra Eterna: "Piedoso é o SENHOR e justo; o nosso Deus tem misericórdia" (Salmos 116:5). 


Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos 
no Teolatria.

terça-feira, 19 de março de 2013

O SI MESMO E A CRISE DE IDENTIDADE


Por: Rev. Wellington Miguel

O si mesmo é algo que sou que nunca deveria ter sido.

O si mesmo é algo que tenho sido e não o que devo ser.

O si mesmo é tudo aquilo que tenho sido e que é contrário ao que tenho que ser.

O si mesmo é alguém que não se enxerga como aquele alienado fariseu de Lc 18.11,12 que diz: “Deus eu te agradeço porque não sou como os outros homens...”. O si mesmo, além de não se enxergar, vê no outro aquilo que ele é em pior estado. É aquele que ensina os outros, mas não ensina a si mesmo.

O si mesmo é tão confuso que ele chega a dizer “um dia eu vou ser alguém”. Assim diz, porque o seu si mesmo é formado a partir de formas deste mundo. O alguém que ele quer ser é determinado pelos ditames do seu tempo.

O si mesmo é uma paixão, é algo que toma e domina a consciência e anula aquilo que deveria ser, dizendo que devo ser aquilo que eu não deveria ser.

O si mesmo é tão embaraçoso que é impossível seguir o caminho do discipulado se ele não for abandonado. Portanto, este é o primeiro critério para continuar na caminhada da Graça.

Negar o si mesmo é negar uma alienação, uma forma, a forma deste mundo com tudo aquilo que ele chama de “valor”; é negar o engano tido por verdade, por status, por vitória, por esse tal “de um dia ser alguém”. Negar-se a si mesmo não pode estar reduzido ao negar determinados pecados e vontades, mas negar uma filosofia diabólica construída para determinar que tais práticas (pecaminosas) são um exercício da liberdade, uma filosofia diabólica que defende o relativismo, a fragmentação da verdade, que defende o sucesso a partir do que tenho, que anula o ser, que negocia a solidariedade e a partilha, que cultiva corações pretensiosos, que prenuncia o livre-arbítrio, mas escraviza consciências. Negar o si mesmo é nadar correnteza acima, é caminhar na contramão deste mundo convergido para si.

Negar-se a si mesmo, é trilhar um caminho em busca da descoberta do “eu”, o que devo ser que não seja o esquizofrênico e paranoico “si mesmo”.

Cansados no caminho, um suave convite nos é feito: “Vinde a mim todos os que estais cansados e eu vos aliviarei, tomai o meu jugo e aprendei de mim...”. Aprendei o “quem devem ser”. Anelamos pela felicidade, mas a buscamos pelo lado de fora, mas como ela não está lá, fadigamos na busca. Daí a necessidade de dEle aprender.

Como caminhantes, seguimos a Ele por uma via tão comum e simples, a via do Evangelho. Um Evangelho que não se reduz a meras estruturas teológicas e filosóficas, mas que com sua simplicidade e poder, adentra o ser do alegre receptivo da Palavra. Ali, no silêncio do ser, o Evangelho, a luz da glória de Cristo, irrompe fazendo com que o si mesmo com suas densas trevas do engano e vaidade despareçam. Começa a ser recriado o novo, o “eu” como identidade, como alguém, alguém que agora é pleno, não em razão das esquizofrênicas formas deste mundo, mas é pleno pelo o que ele é: “criação de Deus em Cristo Jesus”. O Reino e Sua justiça é a sua primazia existencial, e descansa, não na ociosidade do irresponsável, mas descansa nAquele cuja presença é real e cujo governo é ativo no mundo, no cuidado e providência. Para este o viver é Cristo e o morrer é lucro. A sua pátria está nos céus de onde ele espera o Senhor. Como peregrino e forasteiro, caminha em sua missão de evidenciar a realidade de Cristo no mundo em sua vida, que não mais é determinada pelas fantasias e paixões, mas pelo que ele simplesmente é: Cristo nele. Não o confuso si mesmo, mas o alguém em Cristo, o ser em Cristo, o viver em Cristo, sendo assim, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio dEle, para glória e louvor de Deus.

Que não sejamos o alienado “si mesmo” preso nas molduras deste século, mas o “eu” nEle, em Jesus, onde está nosso significado, razão existencial, felicidade, inefável prazer, VIDA...

NEle, o Amado!

Wellington Miguel

Servo de Deus e vosso

Rev. Wellington Miguel é
pastor na IMVC - Esmeraldas/MG
e pós-graduado em aconselhamento

segunda-feira, 18 de março de 2013

"MANCEBURRICO"



(...) Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade (Marcos 10:20)


Por: Mário Gardini


Admiro o jovem rico da Bíblia. Seus desejos e propósitos ficaram registrados no Evangelho. Era nobre e digno de todo o elogio.

Em sua juventude cumpria a Lei. Tornou-se um filho da Lei, ou seja, aos doze anos de idade sabia de cor toda a lei mosaica e já havia cumprido os rituais exigidos para se tornar um judeu devoto.

Ao deparar-se com Jesus, o nosso jovem tinha uma preocupação, a mais importante dessa vida. Indagou de Jesus: “Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” (Lc 18.18).

É impressionante vermos um moço, cumpridor da Lei e judeu devoto interessado na vida eterna. E o interessante é que o mancebo viu no Senhor uma esperança e sabia que Cristo tinha a resposta para o seu coração ansioso pelas coisas de Deus.

Em nossos dias temos convivido com uma geração de jovens com outras preocupações e objetivos. Vejo muitos jovens sinceramente almejando e perseguindo alvos nobres em sua existência.

Apenas a título de exemplo, pense nos concursos e nas faculdades em todo o país. São inúmeros jovens estudando e objetivando grandes cargos públicos e profissões (juiz, promotor, procurador, advogado, médico, etc.). Mas pouco se vê nos corações mais jovens as preocupações com Deus, Bíblia e a Vida Eterna. Ao revés, às vezes o assunto religião, Bíblia e Deus são evitados ou são duramente criticados nos meios acadêmicos e nos círculos juvenis.

Não preciso mencionar que temos milhões de jovens em nosso país sem objetivos elevados ou sem qualquer projeto de vida. Falo de uma juventude perdida para a família, para o Estado e para a sociedade. As prisões estão abarrotadas de jovens e muitos não têm acesso a um bom emprego, educação e oportunidades.

Voltando ao nosso jovem da Bíblia, veja que nobreza e que “sede” pelas coisas de Deus: “Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe. E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade” (Lc 18.20,21).

Contudo, Jesus, conhecendo os corações, mostrou para o jovem que havia um engano na sua sinceridade:

E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: "Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me" (Lc 18.22).

E o moço ficou triste: "Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico" (Lc 18.23).

A lição do jovem rico (manceburrico) leva-nos a pensar como Deus pesa os nossos corações e intenções. Não basta querer, almejar e dizer que vamos seguir a Cristo e que temos grande interesse pelo reino de Deus. As coisas de nossa existência, não raro, são mais importantes do que seguir a Jesus e obter a vida eterna.

É provável que o Senhor estivesse fazendo um teste para que o moço refletisse que em verdade, seu desejo maior não era servir a Cristo, mas se dedicar às suas posses e riquezas. E digo-lhe: somos testados constantemente em outras áreas de nossa vida (família, profissão, postos importantes, etc.) para termos a real visão dos nossos propósitos e objetivos em relação a Deus e o Seu reino.

O Evangelho é o plano de Deus para servirmos a Cristo e encontrarmos a senda da Vida Eterna. O poder de Deus nos transforma para vivermos esse grande plano em toda a nossa existência.

Mário Gardini é escritor
e colaborador do Teolatria

sábado, 16 de março de 2013

O QUE MATOU AYRTON SENNA


"Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura" (Mateus 9:16)

Por: Mário Gardini

O eterno piloto brasileiro deixou em todos nós a saudade de um campeão nas pistas de Fórmula 1. A sua gana de vencer e a sua humildade chamavam muito a nossa atenção.

Foram muitas vitórias nas pistas e nos campeonatos mundiais (GP).

Mas o que aconteceu em Ímola (Circuito de San Marino), na Itália no dia 1º de maio de 1994, fato que interrompe para sempre a brilhante carreira do nosso memorável piloto?

Horas antes da corrida daquele dia que nos deixou tristes, Ayrton percebeu uma falha mecânica em seu carro Williams. Era um problema na barra de direção do carro, detectado pela equipe de mecânicos da imbatível escuderia Williams. Trocar o carro por um reserva, ou consertar o defeito no carro que já estava preparado para a corrida? Os mecânicos decidiram que o problema poderia ser resolvido com um simples remendo de solda no lugar que apresentava o defeito no carro principal. E assim foi.

Durante a corrida, fomos surpreendidos atônitos pelo acidente na curva de Tamburello, na pista de San Marino, no país italiano. Ayrton Senna perdeu o controle e perdeu a vida. Motivo: o remendo soltou, a barra de direção do carro quebrou e levou o nosso astro das pistas à morte.

Um remendo, um pequeno remendo abalou uma nação, e já não vemos mais o constante brilho de um brasileiro vencedor no automobilismo de Fórmula 1. A emoção da narração do Galvão, nessa modalidade esportiva, ficou ofuscada, juntamente com a música inesquecível, tocada mesmo em dias chuvosos ou obumbrados, quando o nosso piloto vencia.

O Eterno Livro afirma: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).

Deus não aceita remendos na obra de Cristo. É fatal e desastroso pretender acrescer alguma coisa para sofisticar o que o Salvador já fez.
Qualquer sacrifício, oração, obras, caridades ou esforço pessoal, na busca da nossa salvação eterna, é inútil e uma traição a Deus, e pode levar-nos a uma eterna fatalidade. 

Tudo já foi feito. Diz a Palavra: "E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19:30).

Consumado é o mesmo que concluído, acabado. Em resumo, não há mais nada a ser feito! A obra na cruz foi suficiente e não precisa de remendos.

Admiro a paciência das mulheres quando se arrumam, se embelezam ou se vestem em ocasiões especiais. Repetidas vezes voltam a se olhar no espelho e refazem o plicado do cabelo, os ajustes na roupa e a arrumação do cosmético, conferindo se estão perfeitos.

Quando sou convidado para uma refeição na casa de alguém, ouço a dona da casa dizer: a comida está pronta. Não ouso duvidar, pois seria falta de educação de minha parte a dúvida neste momento. Vou à mesa e, sem nada perguntar, degusto a comida.

A Palavra diz: "Está pronto, acabado, consumado". Mas insistimos em duvidar e acrescemos outros temperos ou remendos no que Cristo fez.

Apropriar-se da obra de Cristo, plena e suficiente, em nosso favor, é apenas uma questão de fé, na qual descansa o nosso coração, pois está seguro na âncora do que a Palavra de Deus afirma: “Está consumado”. 


Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos 
no Teolatria.

quarta-feira, 13 de março de 2013

O CRISTO DO POVO E O CRISTO DE DEUS


“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? – Mt 16.15 

Por: Rev. Wellington Miguel

Todo o esforço de Jesus na caminhada foi e é fazer conhecida a Pessoa do Pai. Ele mesmo disse: “Eu revelei Teu nome àqueles que do mundo Me deste...” – Jo 17.6

É preciso lembrar que Jesus não fez isso de qualquer maneira. Ele fez isso com cuidado e fidelidade, para que não se repassasse um conhecimento distorcido de Deus Pai. O conhecimento que Jesus passava acerca do Pai era tão legítimo que ele afirmou: “Quem Me vê, vê o Pai...” – Jo 14.9. Ou seja, "Eu sou a fonte original pela qual se conhece o Pai". E porque Jesus dá importância a tal cuidado e fidelidade? Por que Se importa a ponto de interromper a caminhada e questionar aos Seus discípulos: “E vós quem dizeis que Eu sou”?

Interessante notar que antes Ele pergunta: “Quem diz o POVO ser o Filho do Homem?” – Mt 16.13. E eles respondem: “Uns dizem: João Batista, outros, Elias, e outros: Jeremias ou algum dos profetas”. Logo a perguntam vem: “E VOCÊS, quem dizem que Eu sou?”

Faço a nós essa pergunta: que Jesus nós conhecemos? O Jesus do povo? Quem é o Jesus do povo? É o Jesus conhecido de outras fontes, é o Jesus comparado, é o Jesus da experiência do outro, é o Jesus da teologia perversa e corrompida, é o Jesus dos meus interesses, é o Jesus construído dentro de seres humanos tomados pela sutil presença do pecado, é o Jesus do falso evangelho e tido como verdadeiro. Certamente, é um Jesus ilegítimo.

E por que Ele Se importa em saber quem as pessoas dizem que Ele é? Porque um conhecimento ilegítimo de quem Ele é pode comprometer a libertação de uma pessoa. Pode comprometer a oportunidade de vivenciar a indescritível alegria da liberdade, da maturidade e restauração do caráter caído e desintegrado pelo pecado. Pode impedir viver e desfrutar da graça oferecida pelo verdadeiro Evangelho em Cristo Jesus. Pois assim está escrito: “...Vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e revestiram do novo, O QUAL ESTÁ SENDO RENOVADO EM CONHECIMENTO, À IMAGEM DO SEU CRIADOR” – Cl 3.9.

Compreendemos, então, não somente o zelo do Senhor, mas também dos apóstolos em conhecer o legítimo Jesus mediante o simples e genuíno Evangelho da graça, e assim, dizer mediante a proclamação e em suas cartas que Jesus é o Cristo de Deus, em Quem temos a redenção – Ef 1.7

Que Cristo conhecemos e proclamamos? Quem será capaz de dizer Quem Ele é? O Seu precioso Evangelho. Ali está de forma límpida e clara, revelado o Cristo de Deus. O Evangelho de Cristo Jesus, capaz de apresentar todo homem PERFEITO EM CRISTO – Cl 1.28

Não se deixe tentar a seguir um Jesus que não seja este, o Jesus do Evangelho, o Jesus que, em troca da alegria que lhe fora proposta, suportou a vergonha da cruz, para nos remover da vergonha do pecado e nos dar junto dEle a preciosa VIDA Eterna. Ele mesmo disse: “A vida eterna é esta: que Te CONHEÇAM, o único Deus VERDADEIRO, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” – Jo 17.3

Que nosso Jesus seja, senão, o legítimo Jesus dos Evangelhos, o Jesus do relacionamento, cura e salvação.

Naquele que nos chamou à comunhão do Seu Filho Jesus!
Wellington Miguel 

Servo do Senhor e vosso.

Rev. Wellington Miguel é
Pastor na IMVC - Esmeraldas/MG,
professor de Teologia no IBITEO
de Esmeraldas/MG e pós-graduado 
em aconselhamento.

terça-feira, 12 de março de 2013

NÃO VÁ O SAPATEIRO ALÉM DO CHINELO



"Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele" (Provérbios 26:4)

Por: Mário Gardini

O tema em epígrafe é um ditado londrino.

Houve em Londres, na Inglaterra, uma exposição de artes. Havia muitas pinturas, quadros lindos que impressionavam os visitantes.

Um curioso visitante aproximou-se de um quadro onde estava a pintura (por inteiro) de uma linda dama. O visitante olhou, observou e chamou uma das pessoas que cuidava daquela exposição e perguntou: “Quem pintou esse quadro?”. Disseram-lhe o nome do pintor e lhe informaram que o dono da arte, por sinal, estava no local. “Chame-o, quero falar com ele”, disse o visitante curioso.

O pintor veio e educadamente conversou com o visitante tão interessado naquela obra. Disse o visitante: “O quadro é belo, mas o senhor errou num detalhe: inverteu as fivelas das sandálias da dama”. O pintor constatou e viu o defeito. Perguntou ao nosso visitante: “Qual a sua profissão?”. “Sou sapateiro”, disse-lhe o crítico da obra. “Muito bem, vejo que o senhor entende do assunto”, respondeu o pintor, admirado com a observação do homem. O sapateiro, exitoso pelo elogio do pintor, disse: “O senhor viu o camafeu da dama? Há um defeito...”, e sem deixar o sapateiro terminar a observação, o pintor disse: "Moço, camafeu é assunto para outra pessoa. Fique na sua área. O senhor entende de sapatos. Não vá o sapateiro além do chinelo”.

Alguém me indagou sobre Jonas. Pediu para eu explicar o “milagre” de uma baleia engolir um homem. Corrigi meu amigo, pois Jonas foi engolido por um grande peixe e não por uma baleia. Então perguntei: o senhor leu o Livro de Jonas? Ele respondeu que nunca leu a Bíblia.

Às vezes nos metemos em assuntos que não fazem parte do nosso conhecimento. Damos “pitaco” no serviço alheio sem entender do assunto. É coisa muito feia esse tipo de conduta.

Quero confessar-lhes: às vezes fico no escuro em casa, pois não tenho coragem de tentar consertar um soquete ou um interruptor quebrado. Tenho colegas de minha profissão, homens que foram muito bem sucedidos no que faziam, mas morreram tentando consertar o defeito na parte elétrica da casa.

Quando não sabemos sobre algo, o melhor é ficar quieto. Já vi palpiteiros levarem projetos alheios à derrota.

Não critique o que você não conhece. Quando você não souber, não diga ao pedreiro, engenheiro, etc. o que eles devem fazer na obra. Seja humilde e quando não tiver conhecimento, pergunte e ouça com atenção.

Há muitos “teólogos” de plantão. Inquiridores, críticos e céticos que desejam colocar a obra de Deus e a Sua Palavra em “xeque”. Só “papagueiam” e jamais foram investigar na origem, à semelhança do meu amigo, inquiridor de baleia no Livro de Jonas.

Estude a Palavra de Deus, conheça-a. Mas cuidado: Bíblia não foi escrita para ser compreendida no crivo de nosso débil raciocínio e falível lógica. A Bíblia foi escrita para ser CRIDA, e Deus nos transforma pela Sua graça para entendermos os mistérios de Sua Eterna Palavra.

Mário Gardini


Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A CENTRALIDADE DA PESSOA DE CRISTO


Por: Wesley A. Peronica

É muito comum as pessoas dizerem que amam a Deus, mas quando são questionadas acerca da Pessoa de Jesus, desconhecem Sua obra redentora e sua importância no plano de salvação. Quero levantar a seguinte questão: Quem é Jesus pra você? Para os muçulmanos, Ele não passa de um importante profeta, os espíritas entendem ser Ele um espírito iluminado e evoluído, para os católicos, embora reconheçam teologicamente sua deidade, contudo, na prática negam essa verdade, pois Jesus para eles não passa de um menino filho de Maria. Outras religiões O respeitam e até falam bem dEle, no entanto, desconsideram a realidade de Sua pessoa.

É lamentável ver que muitos na sua busca, até sincera por Deus, rejeitam totalmente a intermediação de Jesus Cristo. Muitos dizem que a sua sinceridade é a prova de que estão no caminho certo. O problema é que ser sincero não isenta a pessoa de estar incorrendo num grave erro espiritual e religioso. A sinceridade como disse Martin Lloyd-Jones, deve ser controlada pelo conhecimento da verdade.

Então podemos levantar outra pergunta importante: Como conhecer a verdade? A resposta é simples: A Palavra de Deus é a verdade. “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade”. João 17:17. O que falta a essas pessoas vai muito além de um coração sincero, antes disso, elas devem conhecer de fato a verdade. A verdade, que é a Palavra de Deus, realinha nossa visão teológica, ela nos leva a compreendermos quem é Jesus Cristo, Seu papel e Sua relevância no plano de salvação da humanidade. Quando olhamos para a Bíblia com atenção e cuidado, vamos perceber claramente que Jesus está presente em todas suas páginas, de Gênesis a Apocalipse, Ele é o centro da Bíblia, toda a mensagem gira em torno de Sua Pessoa.

Quem de fato é Jesus? Jesus é muito mais que um poderoso profeta, nada tem a ver com espírito iluminado e evoluído, Jesus é o Verbo que Se fez carne. Ele é a Segunda Pessoa da Trindade, Ele é Santo e Poderoso, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, Ele é a raiz de Davi, o Leão da tribo de Judá, Ele é o Deus forte, Pai da eternidade e Príncipe da Paz. Ele é o Redentor, o Messias prometido do Antigo Testamento, Ele é o justo Juiz, as rédeas da história estão em suas mãos, enfim, Jesus é Deus!

Quero encorajá-lo a depositar sua fé em Jesus. Talvez você já tenha batido em muitas portas e até hoje não encontrou alívio para sua alma. Jesus é a porta que você tanto procura, Ele é a paz que sua alma tanto almeja, Ele é a salvação, Ele deseja governar e dirigir sua vida. Sua recompensa àqueles que creem é a vida eterna. Jesus deve estar na posição correta em nossas vidas, se Ele não for o centro, tudo estará perdido. Ele deve estar sentado no trono do nosso coração norteando nossa existência. Confie nEle, entregue sua vida em Suas mãos, creia pela fé no Seu sacrifício na cruz do calvário, confesse seus pecados, se arrependa e sem dúvida, sua vida nunca mais será a mesma.

“Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Efésios 1:20-21)

Em Cristo,

Wesley A. Peronica


Wesley A. Peronica estuda Teologia
e colabora com artigos no Teolatria

sábado, 9 de março de 2013

UMA ROSA NA LAPELA


PORQUE O AMOR DE CRISTO NOS CONSTRANGE, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram, 2 Coríntios 5:14.

Por: Mário Gardini

Daiane e Michel se conheceram durante a segunda guerra mundial.

Vou, sucintamente, tentar narrar-lhes essa história.

Visitando uma biblioteca, Michel viu na prateleira um livro antigo, com muitas anotações. O jovem, curioso, apanhou o livro e olhou a sobrecapa. Havia a seguinte informação manuscrita: “Se alguém pegar esse livro e o folhear, entre em contato comigo. O meu endereço está no rodapé, na última página deste livro. Assinado, Daiane”.

Pois bem, Michel começou a escrever cartas para a moça que lhe impressionou ao tomar conhecimento daquele antigo livro, muito usado e repleto de anotações.

Ambos começaram a trocar correspondências, e por cartas, iniciaram um namoro. Ele não a conhecia e ela jamais o tinha visto antes.

Cresceu a paixão e o romance, mesmo sem fotos ou muitas informações um do outro.

Marcaram um encontro em Londres, mas o moço, às vésperas do encontro tão esperado, fora convocado para a guerra e infelizmente ambos não puderam se conhecer pessoalmente naquela oportunidade.

Durante a guerra, Michel e Daiane continuaram trocando correspondências e o namoro se fortalecia, mesmo à distância.

Deu tudo certo. O rapaz voltou intacto da guerra. Escreveu para Daiane e marcou um encontro.

O local seria na estação de Londres. A moça aceitou conhecer um rapaz tão gentil e educado, a quem namorava fazia alguns meses por cartas, mesmo não o conhecendo. Entretanto, disse-lhe a senhorita: “Estarei na estação. Você vai me identificar facilmente. Estarei usando um vestido azul e trarei uma rosa vermelha na lapela”.

O dia do encontro chegou. Ansioso, o moço aguardava na estação a dama, sua amada para um primeiro encontro. Impaciente Michel ficava reparando em todas as moças que ali passavam.

Enfim, aparece uma mulher, bela, de cabelos loiros, de olhos verdes e compridos, e logo o moço imaginou: “É ela!”. Mas se lembrou: “Ela não está com um vestido azul e nem traz uma rosa vermelha na lapela”. Logo em seguida, passa uma senhora, com um vestido azul e uma rosa vermelha na lapela. Era uma senhora que aparentava mais ou menos 35 anos, de altura média e adiposa.

O moço se aproxima e gentilmente diz: “Então é você, a pessoa que se corresponde comigo há algum tempo. Eu sou Michel. Estou feliz em conhecê-la”. A senhora diz: “Moço, uma bela senhorita, de olhos verdes, cabelos loiros e compridos, me pediu que quando o senhor me abordasse, eu lhe entregasse essa rosa vermelha. Ela o aguarda do outro lado da rua para um café”.

Um teste para sondar o coração do moço. Uma mulher sábia que não queria ser escolhida e desejada pelos seus olhos verdes, cabelos loiros e compridos e nem por ser privilegiada com um rosto bonito.

Daiane e Michel se casaram. Viveram juntos até que a morte os separou.

Deus não olha as aparências. Somos amados por Ele. A sua graça nos aceita sem condições e Ele nos recebe sem olhar a importância das nossas conquistas, beleza ou qualidades. O Senhor veio com uma missão: resgatar a nossa vida e nos salvar, não do que fazemos, mas sim do que somos, rebeldes e cheios da feiura do pecado.


Mário Gardini

Mário Gardini é escritor
e colabora com artigos
no Teolatria.

sexta-feira, 8 de março de 2013

CANÇÃO "DOCE ESPÍRITO" (COMO ÁGUAS CLARAS)



Disponível para nossos leitores a canção "Doce Espírito", interpretada por nós, Grupo de Louvor Pleroma da IMVC - Vilhena/RO.

No maravilhoso culto de domingo à noite, dia 03/03/13.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

COMO SER UMA MULHER BELA


Por: Clair Ivete

Eu vivo em um país que mais gasta no mundo com estética, e o segundo em cirurgia plástica. A cada dia que passa, novas técnicas surgem para proporcionar à mulher um melhor visual, afinal todas nós queremos nos sentir bem e melhorar nossa aparência dia após dia. 

Bem, mas quero falar de uma beleza que está além dos olhos humanos, cuja ótica prioriza não o exterior, a beleza que se realça com um belo vestido, um bom par de sapatos, uma joia à altura, mas uma beleza interior vista e valorizada por Deus. 

O apóstolo Pedro escreveu na sua primeira carta capítulo três algumas maneiras para se desenvolver a beleza apreciada por Deus, aqui ele diz que o enfeite das mulheres não deve ser no frisado de seus cabelos, nem nos seus ouros e nem em seus vestidos, e sim no interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. 

Felizmente aqui o apóstolo não está proibindo as mulheres de se arrumarem, mas mostrando que existe uma prioridade entre beleza externa e interna diante de Deus (v. 4). Posso fazer uso dos vestidos, sapatos e assessórios, posso usufruir das diversas técnicas que existem para realçar minha beleza, mas devo saber que para Deus nada disso tem importância, que a beleza que Ele busca em cada mulher é aquela que vem de um coração manso e tranquilo. 

Para desenvolver esta beleza, Pedro nos orienta a imitarmos as santas mulheres do passado, que esperavam em Deus, que ao invés de um trajo visível, buscaram viver uma vida bela aos olhos de Deus, sabendo que Ele é o recompensador de todas as coisas, pois no Senhor elas esperavam, suas esperanças estavam além desta vida. Talvez nossa tendência hoje seja nos espelharmos naquilo que vemos na moda, na mídia, naquilo que é agradável aos olhos, mas a Palavra do Senhor nos ensina que devemos seguir os exemplos do passado, pois, estas mulheres passaram e foram vistas aos olhos de Deus como sendo belas, pois elas viveram uma vida de submissão não só a Deus, mas aos seus próprios maridos. Desenvolver a beleza interior é ser submissa, seguir o exemplo de Sara e dAquele que é maior que Sara, Jesus, pois Ele sendo Deus foi submisso à vontade do Pai, e Sara obedeceu Abraão chamando-lhe de senhor. 

A submissão é um caminho traçado por Deus desde o princípio e, evidentemente, depois do pecado complicou-se a situação. Uma mulher pode ser linda naturalmente, ou usar de todos os recursos possíveis para tornar-se ainda mais linda, mais bela. Se o seu coração não estiver vestido de mansidão, tranquilidade e submissão, diante de Deus não haverá brilho nenhum, porque toda essa beleza se corrompe (v. 4), em contraste com o incorruptível trajo de uma mulher que no seu interior desenvolve o espírito de mansidão, quietude e submissão. Essa permanece sempre linda aos olhos do Senhor. 

Não é fácil ser submissa, mas em Cristo nós somos capazes, não somos inferiores aos olhos de Deus quando assim vivemos, mas engrandecemos o Seu nome. 

Hoje é o Dia Internacional da Mulher e, com tantas conquistas que nos colocam nos pedestais deste mundo, não podemos nos esquecer de que aos olhos de Deus a beleza de uma mulher sempre será vista de dentro para fora. Usemos destes direitos sempre tendo como base a Palavra de Deus. Em Cristo podemos entender nossa missão neste mundo, nosso papel de mãe, esposas e servas do Senhor. 

Dia 08 de março, é o Dia Internacional da Mulher, e feliz é aquela que preserva sua beleza para com Deus.

Parabéns a todas as mulheres que mesmo em meio a tantos direitos conquistados, compreendem o seu chamado e assim vivem para a glória do Senhor.

Seja uma mulher bela.

Um forte abraço.

Clair Ivete.

Clair Ivete é membro da IMVC - Vilhena,
estudante de Teologia no IBITEO - Vilhena, 
casada com o Pb. Lorivalmãe de Melque e Pricila.

quarta-feira, 6 de março de 2013

PREGAÇÃO EXPOSITIVA EM TIAGO 5.3,4

Finalizo o primeiro sermão em Tiago 5, falando sobre as testemunhas que Tiago chama para o tribunal onde ele sentencia os ricos injustos com as palavras do Senhor.

Grandes lições para nossas vidas, mesmo que não sejamos ricos, todavia, o Senhor nos exige que sejamos verdadeiros e fiéis mordomos de tudo o que Ele colocou em nossas mãos.

http://www.mediafire.com/download.php?jx54ca01a3xu42a

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson

CULTO DOMINGO 03/03/13 - IMVC - Vilhena

Por entender que o culto de domingo foi uma bênção para nós, disponibilizo para os amados o que aconteceu neste dia maravilhoso, do derramar do Espírito sobre nossas vidas. Poderá ser uma bênção para você também.

Clique aqui para baixar o decorrer do culto.

Dia tes písteos.

Pr. Cleilson