“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso. Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do SENHOR, homens da maior firmeza; e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isso para honra tua da parte do SENHOR Deus. Então, Uzias se indignou; tinha o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na Casa do SENHOR, junto ao altar do incenso. Então, o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o SENHOR o ferira. Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do SENHOR” (2Cr 26.16-21).
Este rei, embora tenha sido um rei justo (cf. vs. 4,5), chegou a um momento de seu reinado, quando já havia se fortificado, em que seu coração se exaltou. Esse triste acontecimento da moral de um homem de Deus ter sido envenenada pelo poder é recorrente nos dias atuais. Não estranhamos que homens corruptos, quando chegam ao poder, revelem sua corrupção que jazia latente em seu coração impiedoso. Mas o que realmente é intrigante é saber que homens de Deus, que começaram bem, tiveram também seu coração corrompido pelo pensamento de domínio exclusivo, seja na política, ou até mesmo na igreja; pastores que se posam de verdadeiros donos do rebanho que jamais lhes pertenceu.
O rei Uzias cometeu outro pecado além do orgulho, a saber, o pecado da usurpação. Ele ultrapassou seus limites de monarca, intrometendo-se no serviço sacerdotal. Queria oferecer incenso no altar, algo permitido apenas aos sacerdotes e isso ainda por seu determinado turno. 80 sacerdotes corajosos sob o comando de Azarias encararam o rei e lhe reprovaram essa atitude, o qual, mesmo errado, ainda se indignou! Assim ocorre hoje com os dominadores do rebanho. Não se curvam ao serem repreendidos. O orgulho cega a visão do indivíduo. Muitos já têm a lepra em sua testa, mas, em pior situação que o rei Uzias, tais usurpadores não enxergam isso!
Pela graça de Deus e pelo sangue do Seu Filho Jesus Cristo,
hoje somos comprados para sermos reis e sacerdotes (Ap 5.9,10). O ofício da
igreja é duplo; já estamos no reino de Deus e exercemos o sacerdócio universal,
oferecendo a Deus sacrifícios espirituais. Temos um privilégio que Uzias não
teve, apesar de havê-lo desejado e inclusive tentado usurpar. De acordo com a
Bíblia, somos reis e sacerdotes. Todavia, não devemos nos deixar iludir pelo
orgulho, como aquele rei, e pensar que podemos usurpar aquilo que pertence só a
Cristo. Mesmo reinando com Cristo e tendo acesso a Deus como sacerdotes, nós só
podemos exercer esse duplo ofício por meio de Cristo Jesus. Soli Deo Gloria!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Deus por mais esse estudo. Todos eles têm me edificado e fortalecido. Abração, querido pastor Cleilson.
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