“Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde” (Pv 12.18).
A Bíblia se preocupa até mesmo com a maneira com que falamos. Nós representamos a Cristo e nada mais justo do que dedicarmos nossos lábios e palavras para transmitir aquilo que O reflete.
O versículo nos mostra dois tipos de pessoas. As que falam como espada e aquelas cujos lábios vertem saúde. As pessoas que falam como espada são as que não se importam em ferir seu próximo com palavras agudas e dolorosas. Seja para humilhar, desanimar, desrespeitar, como lemos também no cap. 15.4, que a perversidade da língua deprime o espírito, tais pessoas com línguas afiadas são capazes de desarticular qualquer tentativa de autodefesa do seu irmão.
Amizades se desfazem por causa desse tipo de língua, casamentos são rompidos e muitas amarguras criam seus quadros cinzentos nos corações de diversas pessoas em variadas relações, quando se usa as palavras para ferir e destruir. Muitas vezes tais palavras são usadas no impulso, mas outras vezes são intencionais...
Todavia, quando alguém utiliza suas palavras para curar, este alguém é denominado sábio. Diz aqui que “a língua dos sábios é saúde”. O sábio não apenas sabe o que diz, mas como e quando diz; por quê e para quê diz; ele também sabe de quem e para quem diz; assim como também sabe a hora de calar e a hora de falar. A intenção do sábio é curar com suas palavras o seu interlocutor. Ele consegue apaziguar o coração inimigo, consegue abrir os olhos dos que estão perdidos nas indecisões da vida, o sábio acalma o coração do aflito com suas palavras e sempre transmite com doçura o seu ensino. Como diz ainda Pv 16.21: “O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino”. E ainda no v. 24: “As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos”.
Isto não é apenas questão de sabedoria social, mas faz também parte do caráter cristão. Paulo diz aos colossenses: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Cl 4.6). O cristão não é sem sal, mas também não é salgado no seu falar. Ele é temperado, o que quer dizer equilibrado. Não somente calmo e sereno na maneira como fala, como também pela razoabilidade daquilo que fala.
Nossa língua serve para adorar a Deus e também para abençoar nosso próximo. Tiago contesta os cristãos que dizem adorar a Deus enquanto amaldiçoam os homens (Tg 3.9,10). De fato, não podemos afirmar que amamos a Deus a quem não vemos, se aborrecemos a nosso irmão a quem vemos (1Jo 4.20).
Oremos ao Senhor e que venhamos polir nossas palavras para
que sejamos fonte de cura para os doentes de alma e amargos de espírito, ao
invés de usarmos nossa língua como espada que fere e mata o nosso próximo.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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