“Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador? Eis que Deus não confia nos seus servos e aos seus anjos atribui imperfeições” (Jó 4.17,18).
Vivemos em um mundo que caminha a passos largos para a rejeição da ideia de imperfeição. As pessoas serão muito mais arrogantes do que já são e jamais admitirão que tenham cometido algum erro. As implicações disto são muito pesadas, e suas razões rejeitadas. Nossa geração ignora o fato incontestável de que o pecado nos manchou e corrompeu totalmente a nossa natureza, ainda que não de forma absoluta, todavia, não há nada em nós que não tenha sido, no mínimo, respingado pela Queda. Esta é a razão pela qual não somos perfeitos.
Porém, este mesmo pecado que nos manchou, cresce a ponto de trazer para a humanidade a obstinada recusa em admiti-lo. Um exemplo disso é o perfeccionismo, considerado antigamente como um defeito de personalidade, hoje, entretanto, nem sequer esse conceito pode ser citado. A psiquiatria atual analisa esse perfil como uma característica da qual pode se aproveitar muito para o bem. Daí que vêm os pontos a serem observados.
O texto que lemos nega veementemente que o homem possa ser justo e puro diante de Deus. Se há alguém perfeito, esse alguém é o Criador, que até a Seus anjos inclusive, atribui imperfeições! Deus sim, vê imperfeição em tudo, não porque seja perfeccionista, mas porque é o Único Perfeito! Todos nós, mortais criaturas, ao exigirmos perfeição de nós mesmos e de outros, somos defeituosos no nosso caráter, pois não somos Deus e nem tampouco podemos exigir que aquilo que foi seriamente afetado pelo pecado possa produzir algo perfeito!
A solução para nossa imperfeição não está na cobrança dos perfeccionistas, mas na Providência do Perfeito! Ele enviou Seu Filho com Sua genética divina, que assumiu a genética humana e viveu uma vida perfeita. Não com cobranças de um distúrbio perfeccionista em uma mente perturbada, mas com um senso de alegria e prazer em viver uma vida de obediência àquilo que é de mais sagrado e elevado moral, a Lei do Seu Pai.
Todo aquele que nEle crê é a cada dia tornado semelhante a Jesus, ainda que com seus altos e baixos, todavia, é renovado na mente, não numa expectativa perfeccionista, mas de ser perfeito de glória em glória, em estágio progressivo de santificação, até chegar à imagem de Seu Filho.
Lembre-se de que o perfeccionismo é a tentativa da própria
humanidade caída querer se justificar, mostrando pra si mesma que ela é capaz.
Tentativa frustrante, que a cada passo tropeça mesmo sem jamais admitir isso. Mas em
Cristo, toda máscara e esforço humano caem por terra. Somos despidos de nossa
justiça, que não passa de trapos imundos e, aos olhos deste Deus que vê até
mesmo em Seus anjos imperfeições, somos feitos justos pela obra perfeita e
gloriosa de Seu santo Filho!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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