“Nem mesmo ao pobre favorecerás na sua demanda. Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda” (Êx 23.3,6).
Os livros da lei tratavam com respeito a vários preceitos designados para Israel em seus diversos matizes: nos aspectos religiosos, alimentares, civis, etc. Por ser uma nação teocrática, isto é, governada por Deus, então Israel precisava de um código de leis dado pelo próprio Deus para que pudesse viver conforme a Sua santa vontade. Essas leis, portanto, tratavam do relacionamento do povo para com Deus, para com seu próximo e para com os estrangeiros.
Vemos nestes dois versículos a maneira pela qual um pobre seria tratado em alguma demanda judicial. Ele não seria favorecido porque era pobre, um excluído da sociedade, nem também teria seu direito tolhido por este mesmo motivo.
Obviamente não podemos negar a opressão humana, que fez do pobre sempre um capacho para os ricos caminharem por cima, um bode expiatório para pagar pelos crimes de muitos poderosos, pois não possuem dinheiro para subornar por sua causa. As vias da opressão e discriminação foram construídas pelo pecado e perduram até os nossos dias, como somos testemunhas oculares dessa vergonha todos os dias. A injustiça que recai sobre as costas do pobre é tão imoral quanto cruel. E o que testemunhamos é que muitas vezes o pobre, por não ter nenhuma influência, é silenciado pela injustiça diante dos olhos da sociedade que nada faz porque não pode ou porque não se importa.
Por outro lado, surgem também certos movimentos, tanto de cunho político como religioso que fazem o grito inverso. Tratam o pobre como se fosse o coitado da sociedade. E nesse tipo de compaixão humilhante, acabam por favorecer o pobre em suas demandas. Colocam-no como minoria oprimida e carente de uma atenção especial e favorável perante Deus e os homens. Se tem algum juízo para resolver que envolva um pobre, logo partem para o pressuposto de que este tem que ganhar a causa porque é pobre. Como também testemunhamos o caso de muitos trabalhadores ganharem causas na justiça apenas porque são trabalhadores, independente do mal que tenham causado às empresas por onde passaram.
Mas Deus já mostra que todos somos iguais diante dEle. Não pode haver favoritismo, porque a Deus ninguém pode subornar. Não há presentes que Deus aceite para nos favorecer numa causa, porque Ele já é dono de tudo. Também não há pobreza que comova Deus para favorecer um pobre diante dEle, porque todos os homens diante dEle são igualmente miseráveis, independente de sua posição social. Os homens podem adquirir glória, fama, admiração, respeito e temor de outros homens e, de fato, nós os bajulamos! Mas perante Deus, todos nós não passamos de vermes sem significado algum. Jamais podemos mover a mão de Deus em nosso favor em qualquer que seja a causa nem para um lado nem para o outro, pois somos todos iguais.
Cristo é a única via de sermos
favorecidos por Deus. Diante do tribunal dEle, apenas os que creem no Seu Filho
são justificados de seus pecados, sejam pobres ou ricos. E mesmo assim jamais
afirmamos que Cristo subornou a Deus, pelo contrário, Ele sofreu a justa ira de
Deus que ricos e pobres sofreriam no inferno. Sem a fé nEle, os pobre sempre
serão vítimas da opressão, ou vítimas da hipocrisia social que os considera
coitadinhos. Mas em Cristo estas barreiras caem por terra e nos tornamos justos
uns para com os outros, mas também misericordiosos.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Dura verdade aos que se juntam as práticas de injustiça estabelecidas pelo sistema deste mundo. Porém, bem-aventurança aos que em Cristo são justificados perante o Deus Pai. Sejam eles pobres, ricos, enfim não importa sua posição e sim a justificação.
ResponderExcluirGlória a Deus pela tua vida Pr. Cleilson
Verdade, meu irmão! Lados opostos igualmente pecaminosos diante de Deus! Que o Senhor ensine Sua igreja sobre o equilíbrio nessa área também...
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