“E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é excelente” (Lc 5.39).
Jesus pronunciou essa fala numa ocasião em que os fariseus Lhe questionaram o fato de Seus discípulos não jejuarem, enquanto os deles e até os de João Batista jejuavam. A resposta de Jesus, como sempre em forma de pergunta, diz àqueles homens: “Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão” (vs. 34,35). Assim, o Mestre lhes propõe três parábolas.
A primeira diz que não se pode colocar remendo novo em pano velho, pois aumentará o rasgo (v. 36); a segunda fala sobre os vinhos que eram colocados em odres, aqueles sacos de couro que os viajantes do deserto usavam a fim de transportar seus líquidos. Se é colocado vinho novo em um odre velho, assim que o vinho se fermentar, o odre, por estar velho e ressecado, logo vai se rachar, perdendo assim, tanto o odre como o vinho (vs. 37,38); a terceira parábola é esta que lemos, que as pessoas quando bebem o vinho velho nem querem provar o novo, pois dizem que o vinho velho é melhor.
O sentido destas parábolas é o seguinte: Jesus, ao dizer que não se põe remendo novo em pano velho, está ensinando que o evangelho não se mistura com o legalismo. Da mesma forma o sentido da parábola do odre e do vinho. O vinho novo, que é o evangelho, não pode ficar contido na velhice da lei, que é o odre velho. Era isso que os fariseus queriam, não só na época de Jesus, como também mais tarde, conforme lemos em At 15, os judeus que se convertiam ao Cristianismo queriam trazer consigo algumas práticas da lei, inclusive da circuncisão. Paulo combate isso também em sua carta aos Gálatas.
Jesus finaliza dizendo que os fariseus, tendo bebido apenas do vinho velho, isto é, dos ditames e das regras da lei, não queriam saber do evangelho, que era o vinho novo que Jesus trazia. Jesus os acusa de nem mesmo desejarem experimentar essa nova vida, essa nova revelação que Deus trazia através de Seu Filho. Ficaram parados no tempo, satisfeitos com sua performance, de oferecerem algo a Deus por seus próprios esforços. O vinho novo não tem isso. Ele nos faz depender da graça divina. O vinho novo nos expõe pobres diante de Deus, falidos, sem nada a Lhe oferecer. Este é que é o melhor vinho. É o vinho que Deus nos oferece e não que nós oferecemos a Ele, pois nada temos. Por isso que a humanidade em geral não gosta do vinho novo, pois não quer abrir mão do modo antigo de viver que agrada sua carne.
Venha para o evangelho e prove o novo de Deus. Cristo
mostrou que o vinho novo era melhor quando transformou água em vinho na festa
de casamento. O mestre-sala provou e chegou à conclusão que era melhor que o
outro. Assim também, se você provar o evangelho, verá que é melhor que sua
velha vida, sua antiga forma de viver, que seus pais te legaram. Ao beber do
evangelho, sua sede eterna será saciada e somente Jesus será suficiente e
eficiente em sua vida!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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