“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.21,22).
Laodiceia era uma cidade localizada entre Colossos e Hierápolis, na Ásia Menor, num entroncamento entre três cidades. Naturalmente tornou-se um ponto favorável de comércio, o que enriqueceu a cidade. A água que ela recebia era uma mistura das águas frias de Colossos com as águas quentes de Hierápolis. Estas águas chegavam pelos dutos para abastecimento de Laodiceia, mas eram mornas. A água fria serve para matar a sede e a quente para banhos terapêuticos. Porém a morna não serve para consumo, pois provoca náuseas.
Mas o que fazia os cristãos se sentirem assim, apáticos e tépidos? Era a sua riqueza material (v. 17). Geralmente, a situação financeira favorável conduz o indivíduo à indiferença e à insensibilidade. Quando se pensa que não precisa de nada porque tem dinheiro, a mornidão toma conta. Todavia, na análise de Jesus, esta igreja era pobre, aliás, miserável! Enquanto aos olhos dos homens a igreja de Esmirna era pobre, mas no checkup de Cristo era rica, aqui é exatamente o contrário.
O conselho de Cristo é que, para ser curada de sua miséria, esta igreja precisava adquirir as coisas de Cristo e não da terra (v. 18). Talvez seja este o maior desafio do vencedor. Ser assolado por perseguições, ser afrontado por heresias, correr o risco da apostasia, talvez tudo isso manifeste a força e a integridade do vencedor; mas estar cercado de conforto e bem estar, encontrar fartura na terra da peregrinação, ficar encantado porque as coisas dão certo no mundo onde tudo normalmente daria errado, torna-se um problema muito sério. Pode cegar os olhos do peregrino e fazê-lo esquecer para onde está realmente indo...
O vencedor, ao ser repreendido e disciplinado pelo Senhor, ele entende que é porque o Senhor o ama (v. 19). Isto o leva ao zelo e ao arrependimento. Até mesmo nesta igreja que nada tinha a ser elogiado, Jesus chama pelo vencedor. Ele diz: “Se alguém ouvir a minha voz” (v. 20). Ele fala no singular! A salvação é individual, embora seu reflexo seja coletivo. O vencedor reconhece a voz do seu Pastor e abre a porta! Resultado, ele participa de uma ceia, de uma verdadeira comunhão com Jesus Cristo!
O que aguarda o vencedor é o trono de Cristo. Ele rejeita as
riquezas deste mundo para alcançar uma riqueza incorruptível! Jesus Se assentou
no trono do Pai porque rejeitou os tronos deste mundo. E é isto que faz o
vencedor. Ele não se ilude com as fantasias das riquezas, pois a semente que
germinou em seu coração não foi em terreno espinhoso (Mt 13.22). Os espinhos,
disse Jesus, são as fascinações das riquezas deste mundo. Isto não fascina o
vencedor. Ele sabe que no Dia do Juízo, nenhuma riqueza conquistada nesse mundo
comprará um lugar na vida eterna; ele sabe que nenhuma roupa espetacular desta
terra cobrirá sua nudez diante dos olhos do que está assentado sobre o trono;
ele sabe que o vencedor pode até fechar a porta, mas com Jesus do lado de
dentro!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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