“Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver. Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus” (At 28.3-6).
Os homens saltam de um extremo a outro em suas precipitadas conclusões sobre moral e espiritualidade. Os bárbaros haviam recebido bem os náufragos daquele navio em que Paulo viajava para Roma. Enquanto preparavam uma fogueira para se aquecerem naquela ilha, este incidente aconteceu com Paulo na frente de todos os presentes. O primeiro juízo que eles fazem é de que Paulo é um assassino. Fugiu de Poseidon, deus do mar, mas não pode fugir de Themis, deusa da Justiça, segundo eles. Por isso, ela envia a víbora para aplicar a justiça em Paulo.
Como diz o relato de Lucas, obviamente cumpriu-se a palavra de Jesus que disse “pegarão em serpentes; e... não lhes fará mal” (Mc 16.18). Todavia, a opinião daqueles homens muda de um extremo para outro. Agora consideram Paulo um deus, quem sabe um titã, ou um semideus. Assim é a concepção dos homens que estão em trevas. Não possuem senso de moralidade, muito menos de espiritualidade. Embora Paulo tenha curado alguns enfermos naquela ilha, não há relato na narrativa de Lucas de que alguém tenha se convertido.
Mais tarde, Paulo escreve aos romanos acerca dessa atitude dos homens nas suas trevas: “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). Por não admitirem Deus em sua lista de prioridade, os homens corrompem a ideia furtiva de Deus que já têm em algo inferior. É por isso que Deus os entrega à imundícia e às cobiças deles (v. 24), “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”! (v. 25).
A infinidade de deuses fabricados e o crescente fenômeno dos
deuses negados hoje em dia, corrobora essa verdade bíblica. Os homens
desconhecem Deus, mas insistem em não reconhecê-lo nas Suas indisputáveis
revelações pela natureza e pela consciência! Será que aceitarão por Sua
revelação especial, que é a Palavra? Só mesmo anunciando para ver. Como Paulo
fez assim que chegou a seu destino. Diz o v. 24 do texto que lemos: “Houve alguns que ficaram persuadidos pelo
que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos”.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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