“Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25).
Quatro vezes aparece a primeira frase deste versículo no livro de Juízes. Duas delas com este final, aqui em 21.25 e em 17.6. O que o autor quer nos dizer é que sem uma liderança, havia um subjetivismo imperante em Israel. As pessoas faziam aquilo que achavam ser o certo ou errado, baseados não na lei do Senhor, mas em suas sensações interiores.
Como exemplo de grandes erros que aconteciam naqueles dias por causa desse subjetivismo, temos a história de Sansão, um homem divinamente escolhido para libertar o povo de Deus do jugo dos filisteus, que fazia tudo ao contrário do voto de nazireado que ele tinha. Um nazireu, de acordo com a lei de Moisés (Nm 6), não podia cortar o cabelo, rapar a barba, beber vinho ou sequer saborear uvas, não podia tocar em morto e algumas outras coisas mais que estavam descritas para que ele obedecesse. Sansão não perdeu sua força porque cortou o cabelo, mas porque todos os demais votos que ele tinha, já havia quebrado. Cortar o cabelo era o único fio que ainda o mantinha em ligação com a lei do seu nazireado (Jz 13 – 16).
Jefté fez um voto absurdo, dizendo que se Deus lhe garantisse a vitória, o primeiro que saísse das portas de sua casa, ele sacrificaria ao Senhor e quem lhe saiu depois de sua vitória na guerra foi sua filha (Jz 11.29-40)! Gideão fez umas provas descabidas com Deus, que já tinha lhe garantido a vitória sobre seus inimigos e ele, por dúvida, repetiu várias provas para ter certeza se era Deus mesmo que o havia chamado. Infelizmente muitos crentes continuam pecando, pondo o Senhor à prova, mesmo o apóstolo Paulo dizendo que isso é pecado (1Co 10.9). Preferem seguir o exemplo de Gideão, que vivia numa época em que as pessoas faziam o que achavam que era certo, a obedecer a uma ordem clara do apóstolo do nosso Senhor, nos proibindo fazer provas com Deus!
Aliás, é assim que acontece quando a Palavra de Deus não é o nosso guia. As pessoas fazem o que lhes parece bem. Dizem que vão fazer apenas o que sentem que é certo e muitas vezes atribuem esse sentimento a Deus. Em outros casos, andam por seu achismo e ainda atribuem isso à Palavra. Escolhem um certo versículo da Bíblia e impõem a ele um significado completamente subjetivo e pensam que estão sendo guiados pela Palavra de Deus.
Num mundo pluralista, onde todos pensam que estão com sua verdade, neste relativismo que domina o coração da nossa geração, neste ambiente de religiosidade aparente e piedade supérflua, podemos afirmar categoricamente que estamos vivendo nas mesmas circunstâncias do povo de Israel na época dos juízes. Cada um faz o que acha mais reto, cada qual vive de acordo com o que entende (ou não entende) da Bíblia. Por isso, muitas aberrações são praticadas em nome do “eu acho” e ficam por isso mesmo. Há muitos Jeftés, Gideões e Sansões fazendo absurdos e dizendo que tudo é para Deus... mas se não for por Sua Palavra, sabemos que Ele não aceita!
Admoesto que procuremos viver pela Palavra de Deus realmente
como ela é e não pelo que achamos dela. Se a Bíblia diz alguma coisa sobre
algum assunto, não vamos inventar nossos achismos, vamos ficar com o que ela
diz. Assim teremos certeza de que estamos agradando a Deus e vivendo para Sua
glória!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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