“Deus é espírito; e
importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo
4.24).
Uma das declarações mais relevantes sobre o ser de Deus feitas por Jesus Cristo é esta, de que Deus é espírito. A mente humana, depois que ficou obscurecida pelo pecado, sempre necessitou de uma imagem a que pudesse associar ao seu instinto do divino. Eis uma das maiores razões por que o ser humano sempre teve inclinação para a idolatria. Curva-se diante do sol, da lua, de animais, de totens, de imagens que tragam à sua fraca visualização a ideia de adoração.
Todavia, Jesus declara de forma concisa: “Deus é espírito”! Ou seja, Ele é invisível. Toda tentativa humana de encontrar Deus por si mesmo cai por terra com esta declaração. O homem está nas trevas do pecado, jamais pode encontrar Deus. Sua cegueira total o impede de localizar Aquele que é santo e invisível. Toda necessidade que o homem tem de adorar será empurrada para alguma imagem, algo que não é Deus.
Ao declarar que Deus é espírito, Jesus está preservando Deus de ser confundido com a criatura. Afinal, a criação é tudo, menos Deus. Além do erro da idolatria, há também o erro do panteísmo, isto é, confundir e misturar Deus com a criação. Dizer que tudo veio de Deus é uma coisa, mas dizer que tudo é Deus é um absurdo, uma confusão sem fim. A criação revela a glória de Deus e Seu eterno poder, mas não é Deus! Assim como a obra de um artista não é o próprio artista, ainda que na arte esteja sua imagem.
A conclusão do ensino de Cristo é que, se Deus é espírito (no grego, a frase está enfatizando a palavra espírito – “Espírito o Deus”), então aqueles que O adoram devem adorá-lo em espírito também. A palavra “importa” ou “é necessário”, dependendo da versão, significa que é obrigatório! É um dever, uma obrigação, uma imposição que os adoradores deste Deus que é espírito O adorem também em espírito.
Ao falar sobre a maneira como os adoradores do verdadeiro Deus devem adorá-lo, Jesus está aniquilando vários conceitos da falsa adoração. Primeiro, se Deus é espírito, quando eu for adorá-lo em espírito, eu preciso abandonar as imagens. É um insulto a Deus tentar expressar Sua indizível natureza na forma de figura, qualquer que seja. Segundo lugar, se Deus é espírito, a adoração espiritual não está limitada a lugares. Podemos adorá-lo em qualquer lugar ou circunstância, pois Ele é ilimitado. Terceiro, se Deus é espírito, então não existem mais sacrifícios a serem feitos a Ele, exceto os espirituais; os de animais ou qualquer outro sacrifício dos esforços humanos são inúteis.
Assim sendo, a adoração
verdadeira é aquela feita de modo espiritual, não imaginando uma figura para
Deus, mas sim estudando Seus atributos revelados na Sua Palavra e O adorando
por cada um deles. No texto grego, lemos que devemos adorá-lo em espírito [que também é] verdade. Não
se trata de duas coisas distintas, senão que ambas são ideia da mesma
definição. Adorar a Deus em espírito só pode ser mediante a revelação da
verdade! Por isso, em espírito que é a
verdade. Será assim que temos adorado a Deus?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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