“Tu certamente os
pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição” (Sl 73.18).
Uma das grandes inquietudes dos servos de Deus de todos os tempos é: por que os ímpios prosperam, enquanto os que servem a Deus passam por enormes dificuldades? Esse foi um dilema não só deste salmista que compôs o Salmo 73, mas também de Jó (Jó 21) e Jeremias (Jr 12) e, certamente de inúmeros outros servos de Deus ao longo da história humana. Ainda hoje ouvimos muito desse questionamento entre os fiéis cristãos.
Os salmos são cânticos, orações, lamentos, celebrações e ações de graças que muitos servos de Deus fizeram, expressando abertamente seus corações naquelas letras, que se identificam com cada um dos cristãos de todas as épocas. Já foi dito que, enquanto o restante da Bíblia é Deus falando com a gente, os salmos mostram a gente falando com Deus. E, de fato, isto é verdade. Com os salmos aprendemos a orar, a agradecer, a exaltar, enfim, a expor nosso coração com suas alegrias ou tristezas diante de Deus.
Ninguém melhor que o salmista Asafe para colocar esse questionamento de forma completa como aqui neste salmo. Seu questionamento não era diferente de muitos servos de Deus de todos os tempos. Ele confessa que quase abandonou a Deus ao ver esse disparate em sua frente: o fiel sofrendo e o ímpio prosperando (v. 2)! Do v. 4-12, ele descreve a vida aparentemente tranquila e abençoada do ímpio. Enquanto prospera, vive afastado de Deus e ainda arrisca a blasfemar dEle!
Mas quando Asafe olha pelas lentes de Deus, ele percebe que as coisas não são assim tão fáceis. Ele diz que Deus os coloca em lugares escorregadios. Deus mesmo os faz cair na destruição! Ele está dizendo que a prosperidade do ímpio é como um tobogã para o inferno! Já que o ímpio não vai dar glória a Deus mesmo por nada, então suas bênçãos terrenas nada mais são do que uma anestesia para que ele continue esquecido de Deus até que seja condenado. Não é o caso do crente. Quanto aos justos, Asafe diz: “Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória” (v. 23,24).
Sim, Deus nos priva de alguns presentes para que nossas mãos fiquem um pouco livres a fim de que Ele nos segure. Ele nos dá conselhos de sabedoria em Sua Palavra para depois nos receber em Sua glória! Não é melhor assim? Não é melhor do que ter as mãos cheias aqui na terra e isto nos fazer esquecer de Deus, roubar Sua glória e depois escorregarmos para a perdição eterna?
Quem tem Deus como herança, estará seguro, ainda que sua
carne e seu coração desfaleçam (v. 26). Ainda que sejamos privados de muitas
benesses terrenas, ainda que vejamos muitos ímpios prosperando, nada pode
suplantar nosso amor que temos pelo nosso Deus. Como Asafe, podemos repetir o
v. 25: “Quem mais tenho eu no céu? Não
há outro em quem eu me compraza na terra”!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém glória a Deus🙏
ResponderExcluirAmém!
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