“Pois assim como o
Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a
quem quer” (Jo 5.21).
O embate de Jesus com os judeus de Sua época em Jerusalém era bastante frequente. O apóstolo João relata muitos deles. A presente discussão que Jesus tem com os judeus, seu motivo foi o fato de Cristo ter curado um enfermo no tanque de Betesda num dia de sábado (v. 9), o qual, sendo curado passou a andar e carregar seu leito, o que, em dia de sábado não era permitido na tradição judaica.
A resposta de Jesus em nada aliviava Sua própria situação e irritava mais os judeus. Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (v. 17). Por isso, diz o v. 18, os judeus procuravam ainda mais matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-Se igual a Deus!
A justificativa de Jesus foi que Ele, como Filho, só fazia aquilo que via o Pai fazer (v. 19), porque o Pai O amava e Lhe mostrava tudo o que fazia, inclusive mostraria coisas maiores do que apenas curar aquele enfermo (v. 20). Então Jesus dá esse exemplo do v. 21 que nós lemos. O Pai ressuscita os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer! E para que todos honrassem o Filho como honravam o Pai, Este concedeu ao Filho todo o julgamento (vs. 22,23).
Jesus está falando aqui de vida espiritual que Ele concede a quem Ele quiser, pois todos são espiritualmente mortos em delitos e pecados. Como sabemos que Jesus está falando de mortos espirituais e não físicos? Por causa dos próximos versículos. No v. 25, por exemplo, Jesus diz que “vem a hora e já chegou”, ou “vem a hora e agora é”, dependendo da versão, “em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Se a hora é agora, se a hora já chegou desde quando Jesus pronunciou estas palavras, então é claro que Ele não está falando de mortos físicos, pois não vemos ressurreição todos os dias por aí.
É claro que Ele também tem poder sobre os mortos físicos. Jesus diz sobre eles nos vs. 28,29: “ Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. Observe que Ele diz que vem a hora, mas não diz que já chegou. Então aqui se trata dos mortos físicos, que Ele há de ressuscitar no último dia.
O poder que o Pai deu ao Filho
sobre aquele enfermo no tanque de Betesda foi apenas um pequeno demonstrativo
do poder que o Pai Lhe deu sobre todos os que Ele quer vivificar da morte
espiritual. Aquele homem ainda rastejava, mas nós estávamos mortos! Nosso
estado espiritual era de putrefação irrecuperável! Não havia ninguém que nos
ajudasse a chegar a Deus, nem nós mesmos. Deus é que veio até nós, assim como
Jesus que foi até aquele homem! E, assim como Jesus não curou a todos os
enfermos que ali estavam, assim também Ele vivifica apenas aqueles a quem quer!
Como certa vez Jesus orou ao Pai: “Tudo me
foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém
conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém!
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