Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0330 - O PERDÃO E O SERVO INÚTIL

 


Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer” (Lc 17.10).


Quando lemos este versículo, nos assustamos devido ao grau de exigência de Jesus a Seus seguidores. Logo pensamos: “Não conseguimos fazer quase nada do que nos foi ordenado... Se quem fizer tudo for inútil, imagine eu, que não faço quase nada”... De fato, o pensamento que deve nos sobressaltar sempre é que nós somos realmente piores do que inúteis. Se para ser inútil é preciso fazer tudo o que nos foi ordenado, o que somos então sem fazê-lo? 

Porém, o contexto nos mostra que Jesus está falando de perdão. No v. 3, Jesus diz que “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe”. O processo inicial é de advertência. Em havendo arrependimento, o perdão é obrigatório. No v. 4, Jesus aumenta a responsabilidade que o ofendido tem em perdoar, dizendo: “Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. E, como sabemos, o número 7 representa totalidade. Não quer dizer que temos que perdoar até 7 vezes, mas tantas quantas vezes o ofensor se arrepender. Não há limites, simplesmente! Os apóstolos entenderam essa forma de Jesus falar, pois disseram no v. 5: “Aumenta-nos a fé”!

Por isso Jesus conta essa parábola. Ele diz que se alguém tinha um servo na lavoura, ou guardando o gado, não iria dizer a este servo para se assentar e comer assim que chegasse do trabalho, pois havia mais um trabalho a fazer. Antes de se assentar, o servo ainda deveria servir a seu patrão para, só depois, fazer seu prato de comida. O patrão seria servido e nem assim agradeceria, porque o escravo apenas fizera nada mais que sua incumbência.

É isto que nosso Senhor está dizendo. Perdoar não é ato heroico, não tem nada digno de aplauso nisso. Perdoar nada mais é do que nosso dever uns para com os outros. Perdão não é sentimento, é mandamento! Não há honra especial para alguém que perdoa seu irmão, pois isto é nossa obrigação e não nossa opção.

Há crentes que são tão econômicos no perdoar, que pensam que por terem perdoado uma vez já estão isentos de tudo mais, já podem assentar-se à mesa e comer, mas não podem ainda. É preciso viver de pé, prontos a perdoar mais uma vez e outra e mais outra. Às vezes dizemos como os apóstolos: “Aumenta-nos a fé” porque achamos que esta é uma tarefa impossível de cumprirmos. Alegamos que não estamos prontos para isso, que Deus nos dê paciência, etc. Mas Jesus já diz sobre isso no v. 6: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”.

Deduzimos que economizar perdão é falta de exercer corretamente a fé, ao passo que não perdoar é não ter fé. Exercer corretamente a fé como um grão de mostarda, não é se importar com o tamanho da fé, mas sim com seu efeito. O grão de mostarda, como o próprio Jesus disse em outra parábola, é o menor das sementes, mas quando plantado, torna-se a maior das hortaliças (Mt 13.31,32). Se for assim a nossa fé, não haverá amoreira alguma que fique entre nós e nossos irmãos. Será arrancado e lançado ao mar qualquer problema, e nem mesmo por isso seremos dignos de algum louvor...

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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