Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0329 - PARA QUE A LEI?

 


E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa” (Gl 3.17).


O entendimento acerca da lei de Deus e seu propósito é muito claro na carta de Paulo aos Gálatas. Especialmente no cap. 3, onde Paulo repreende os gálatas por tentarem misturar a fé com as obras da lei para serem salvos. Você pode ver isto a partir do v. 1. No v. 3 Paulo chega a chamar as obras da lei de “carne”, enquanto que a pregação da fé, ele chama de “Espírito”.

Ao usar Abraão como exemplo, Paulo diz que ele foi justificado pela fé e não por obras da lei que nem ainda existiam (v. 6, citando Gn 15.6). E arremata no v. 7 dizendo que os que são da fé é que são filhos dele. Há algo incrível nos vs. 8-14 para o que precisamos nos atentar: Paulo diz que quando Deus falou com Abraão que nele seriam benditos todos os povos da terra (Gn 12.3), na verdade Deus estava falando da justificação pela fé que iria dar aos gentios que cressem (v. 8)! Porém, ao contrário desta bênção prometida a Abraão, todos os que vivessem pelas obras da lei, seriam malditos (v. 10)!

Paulo centraliza a questão da promessa. No v. 16, ele diz que a promessa foi feita a Abraão e ao seu descendente (no singular), que Paulo conclui que é Cristo. Segundo o apóstolo, a lei, que vem 430 anos depois não pode anular a promessa (v. 17). Então alguém perguntaria: pra que a lei? A resposta de Paulo não agradaria às religiões que querem guardar a lei. Também a resposta dele não diz que esta lei é cerimonial, como alguns alegam. Ele diz que a lei foi dada por causa das transgressões até que Jesus viesse (v. 19). Obviamente não pode ser a lei cerimonial, pois esta não se referia a pecados e transgressões...

Eis aqui a resposta: se a promessa só pode ser dada aos que creem (v. 22), então a lei veio para colocar todos debaixo do pecado, a fim de que ninguém pudesse tomar posse da promessa por suas próprias forças! A lei veio para provar para o homem que ele é pecador e sua incapacidade de cumprir a lei só lhe dá duas alternativas: ou se lança pela fé aos braços de Cristo, ou será condenado por não cumprir a lei!

Por isso é que Paulo diz que a lei nos serviu de aio (gr. paidagōgos, ou “condutor”) para nos conduzir a Cristo (v. 24). Ela nos aprisionava em nossos pecados, isto é, não nos deixando brechas para acharmos que não somos pecadores, até que Cristo chegasse e, então, pudéssemos ser justificados por crermos nEle!

O raciocínio de Paulo é concluído de modo lógico: tendo vindo a fé, não precisamos mais do condutor (v. 25). Dessa forma, estamos livres da lei. Pela fé em Cristo, nos tornamos filhos (v. 26), sendo assim, não pode mais haver essa questão de diferença étnica, social ou de gênero (v. 28), pois somos de Cristo. E se Cristo é o descendente (singular), então os que nEle creem são os descendentes (plural) e herdeiros, participantes da promessa (v. 29)!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

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