“Veio a mim a palavra
do SENHOR, dizendo: Eis que Hananel, filho de teu tio Salum, virá a ti,
dizendo: Compra o meu campo que está em Anatote, pois a ti, a quem pertence o
direito de resgate, compete comprá-lo. Veio, pois, a mim, segundo a palavra do
SENHOR, Hananel, filho de meu tio, ao pátio da guarda e me disse: Compra agora
o meu campo que está em Anatote, na terra de Benjamim; porque teu é o direito
de posse e de resgate; compra-o. Então, entendi que isto era a palavra do
SENHOR. Comprei, pois, de Hananel, filho de meu tio, o campo que está em
Anatote” (Jr 32.6-9).
Quando Jeremias comprou este terreno na mão de seu primo, o rei Nabucodonosor já havia cercado a cidade de Jerusalém. Dentro de pouco tempo, a cidade seria sitiada e seus moradores, alguns mortos e outros levados para o cativeiro babilônico. O profeta achou interessante escrever este episódio para relatar a misericórdia de Deus.
Qual o sentido de comprar um terreno, uma vez que a cidade inteira seria destruída? Para qualquer comerciante, isso seria uma perda de dinheiro, mas para Jeremias, isto era um ato simbólico, pelo qual Deus entregava um recado para Seu povo. E a mensagem era essa: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão casas, campos e vinhas nesta terra” (v. 15). Se as pessoas perguntassem por que Jeremias comprava aquele terreno de seu primo, esta seria a resposta.
Depois deste episódio, o profeta ora a Deus, engrandecendo-O por Seu poder, justiça e misericórdia, reconhecendo o pecado do povo, pelo qual estava sendo disciplinado (vs. 16-25). Então, ele diz a Deus sobre essa compra do terreno, mesmo a cidade já estando fadada à derrota e ao sítio. O Senhor o responde dizendo que Seu povo O provocou à ira com seus pecados e por isso está sendo castigado. Mas Sua misericórdia não seria retirada de sobre Seu povo! Apesar de Seu povo estar sendo levado agora para o cativeiro, todavia, Deus os congregaria das terras longínquas e os tornaria a trazer ao seu lugar para habitarem seguros (vs. 26-44). Ao serem restaurados, voltariam a comprar e vender terrenos, como Jeremias e seu primo estavam fazendo naquela hora.
Essa foi uma amostra da imensa e infinita misericórdia de Deus sobre nós. Mesmo a despeito de nossos pecados, Ele nos castiga, nos disciplina, mas sempre tem um propósito de restauração e renovo. Judá foi restaurada após 70 anos – o povo voltou e reconstruiu a cidade, suas casas e o templo em Jerusalém. Mas esta promessa de Deus não se limitou apenas àquela época. Ele prometeu o seguinte: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (v. 40).
Esta aliança nunca terá fim, mas se é eterna, também nunca
teve início. Ela existe desde sempre na mente de Deus! Seu conteúdo é que Deus
não deixará de nos fazer o bem, isto é, Ele tem um povo sobre o qual jamais
demonstrará a Sua ira! E para que não banalizemos Seu amor que será eterno
sobre nós, Ele diz que porá o Seu temor em nosso coração para que nunca nos
apartemos dEle! Jeremias pagou por um terreno para garantir a volta do seu povo; Jesus pagou por mansões
na eternidade para garantir a ida do Seu povo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Glória a Deus.
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