Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o
amor (1Co 13.13).
O fruto do Espírito é o amor. Esta é a qualidade que nos assemelha ao Filho de Deus. Jesus disse em Jo 15.8,9: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor”. O fruto que o discípulo deve dar para glorificar o Pai é o amor com o qual o Pai amou ao Filho e Este nos amou.
O amor não é o dom maior. Ele é o fruto que rege os dons. Ele é maior que as línguas, sejam dos homens (idiomas), ou de anjos (mistérios) – v. 1. O amor é maior que profecia que revela mistérios do coração do homem, maior que todo conhecimento, maior que o dom da fé miraculosa que transporta montes (v. 2). O amor é maior que a abnegação financeira (que muitos confundem com o próprio amor, porque alguém deu seus bens aos pobres – Paulo diz que não é a mesma coisa), é maior também do que o dom do martírio (v. 3).
Do v. 4 ao 7, o apóstolo revela algumas qualidades do amor. Não devemos confundir este amor com o sentimento que temos para com nossos filhos, amigos, cônjuges ou parentes. Paulo não está falando do eros ou do filos. Ele faz menção do agapē. É o nível do amor que transcende o sentimento ou a emoção empática ou ainda a afeição amistosa. O amor eros é ciumento; o filos se ensoberbece. Mas não o agapē. Porque ele é o amor que doa, ele tem a ver com o outro e não comigo. O “eu” não é um pronome associado ao agapē.
Os dons são temporais; eles cessarão. Sejam profecias, línguas, conhecimento (v. 8). Quando o que é perfeito vier, os dons se mostrarão obsoletos, pois mesmo que com os dons agora, ainda o que conhecemos é em parte. Mas diante da epifania da revelação do nosso Senhor em Sua 2ª vinda, tudo se dissipará e essas coisas que são em parte não serão mais necessárias (v. 10).
A fé permanece porque cremos no que Cristo nos concedeu. A esperança permanece porque cremos no que Ele nos concederá. Mas quando Ele vier, não mais precisaremos da fé, porque Ele, o Objeto da nossa fé, já estará conosco e nós com Ele; não precisaremos mais da esperança, porque então ela já terá se cumprido. Mas o amor é maior que a fé e a esperança. Mesmo tendo o Objeto de nossa fé conosco e mesmo com a esperança já cumprida, o amor, que é o fruto do Espírito, a característica de Cristo, este permanecerá eternamente em todos os remidos!
Os dons, o Espírito nos dá como Lhe apraz (1Co 12.11). Mas o
amor, apesar de que dEle também o tenhamos recebido, cabe a nós reunir toda
nossa diligência e acrescentar à nossa fé “a
virtude, e à virtude o conhecimento, e ao conhecimento o autocontrole, e ao
autocontrole a resistência, e à resistência a piedade, e à piedade a
fraternidade, e à fraternidade o amor” (2Pe 1.5-7)!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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