“Entre os quais
também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais” (Ef 2.3).
Quando o apóstolo Paulo fala do termo “carne”, em geral, ele está falando da natureza pecaminosa que ainda reside em nós, mesmo sendo já crentes. Na realidade, a diferença entre o crente e o mundano é somente essa, que o crente tem uma natureza nova nele implantada, enquanto que o ímpio não a tem. Mas quanto à natureza pecaminosa, ambos a possuem.
Classificar a carne como inimiga do cristão é muito importante, pois é justamente por não considerá-la assim que muitos crentes andam e pensam segundo suas próprias ideias e acham que isso não se constitui em pecado contra Deus. Na realidade, Paulo nos diz aqui que os que andam segundo as inclinações de sua carne são, naturalmente, filhos da ira de Deus!
Muitos dizem que quando aceitamos a fé, nossa velha natureza já morreu, mas isso é um terrível engano, na verdade um autoengano, pois a pessoa tenta se convencer que seu problema consigo mesmo está resolvido de modo definitivo, o que não é verdade. Então, quando se depara com seus terríveis pecados, que brotam do seu interior, ficam frustradas, lamentando-se, porque pensaram que não mais iriam pecar e isso, logicamente, não aconteceu.
A carne tem seus desejos e esses, infelizmente, ainda habitam dentro de nós. Eles irão nos perseguir até o fim de nossas vidas, esta é a realidade. Não adianta se iludir quanto a isso. Essa natureza pecaminosa só estará definitivamente aniquilada quando chegarmos ao estágio de glória. Na verdade, a batalha contra a carne é uma batalha que vai durar por toda nossa vida.
Vencer a carne não é fácil, pois nós mesmos é que somos ela! São nossos desejos naturais pecaminosos. Algumas pessoas tentam “expulsar espíritos”, que na realidade são obras da carne e não demônios. Não adianta. Não adianta expulsar espírito de prostituição, de lascívia, de cobiça, de mentira e outros, pois, embora tais coisas sejam pecado, todavia procedem do coração do homem, disse Jesus, e não do diabo (Mc 7.21-23).
O apóstolo Paulo nos diz como vencer a carne, a saber, andando no Espírito. Quando ele diz “andando no Espírito”, na verdade, ele está dizendo “fazendo o gosto da nova natureza”. Quando o crente deseja pecar, na verdade, é sua velha natureza que deseja isso. Ela jamais irá desejar os prazeres espirituais, os chamados “meios de graça”. Por outro lado, quando o crente deseja orar, ler a Bíblia, ou estar em comunhão, etc., quem deseja isso é sua nova natureza, pois ela jamais deseja o pecado. Esse conflito vai existir nos crentes verdadeiros até o fim de suas vidas.
Obedecer às inclinações da nova vida em Cristo significa
renunciar as inclinações do nosso antigo eu. Elas são antagônicas e nós vamos
percebendo isso a cada dia. Quanto mais rejeitamos forçadamente os desejos do
nosso eu e concedemos espaço para nosso deleite em Deus e Sua presença, isso é
o que se chama de maturidade cristã. Ser um crente maduro nada mais é do que ser vitorioso sobre este inimigo que
somos nós mesmos (a carne), dando apenas lugar ao novo ser que também somos nós
mesmos (a natureza espiritual)!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
AMÉMMM! Nossa, este devocional mexeu com minha mente <3
ResponderExcluirGraças a Deus! Que seja para nosso crescimento!
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