Não por meio de
sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (Hb 9.12).
O sangue de Jesus Cristo tem um significado ímpar e por demais precioso na vida da igreja. Ele é o sangue da nova aliança (Mt 26.28). O pacto que Deus fez com Jesus é inquebrável porque foi firmado em uma vida perfeita e uma morte perfeita. Jesus viveu uma vida perfeita até a morte, por isso, quando morreu, o Pai aceitou Seu sacrifício, pois foi a morte perfeita de uma vida perfeita.
O sangue foi, digamos, a moeda utilizada para pagar aquilo que a justiça de Deus exigia do pecador. Desde cedo, na criação, Deus estabeleceu que pecado se paga com morte (Gn 2.16,17). E morte lembra derramamento de sangue. As pessoas perguntam: “Por que Deus tem que exigir algo tão cruel”? Bem, esta pergunta precisa ser respondida de algumas formas.
Primeiro, que nós, no pecado, sempre achamos o outro cruel e nunca nós mesmos. A pergunta é: com essa história de pecado, quem é que foi ofendido? Nós ou Deus? Obviamente que Deus é quem foi ofendido. Portanto, deixemos de pensar que somos o centro de alguma coisa e raciocinemos. Se Deus, que é Santo, é que foi agredido pelo nosso pecado, o que merecemos?
Segundo, que a santidade de Deus é infinita. Se é infinita a santidade a qual ultrajamos com nosso pecado, segue-se que a punição deve ser igualmente infinita. As pessoas protestam contra um inferno que dure pra sempre, mas em vão. Continuam pensando o homem no centro. Lembre-se que a ofensa foi feita a um Deus infinitamente santo, portanto, a sentença deve ser proporcional à intensidade e ao valor do ofendido.
Um assassinato, por exemplo, pode durar apenas alguns poucos minutos. Se o juiz fosse condenar o assassino pelo tempo que ele levou para praticar o crime, 30 anos seria muita coisa, seria injusto. Entretanto, o juiz condena o assassino mediante o valor da vítima e não pelo tempo que ele gastou para assassinar. Assim também com Deus. As pessoas dizem que o inferno não pode ser eterno porque uma pessoa não peca mais que 80 ou 90 anos, logo a eternidade no inferno é desproporcional ao tempo de pecado cometido. Mas tais pessoas, por serem orgulhosas e humanistas, não pensam no valor do Ofendido.
Considerando isto, qual de nós poderia pagar pela nossa agressão à santidade de Deus e sair ileso do inferno algum dia? Por isso que o Filho dEle veio. Porque sangue nenhum de toda humanidade junta poderia simbolizar o mínimo pagamento daquilo que a justiça de Deus exigia de nós! Para a justiça de Deus, o sangue de Cristo foi pagamento. Para a santidade de Deus, o sangue foi apaziguamento. A justiça cobra o preço e a santidade cobra a punição. Ambos os atributos de Deus, Jesus satisfez!
Valorize o sangue do Filho de Deus, pois é através dele que
você obtém perdão de Deus e acesso a Ele. Sabendo
que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas
pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo (1Pe 1.18,19).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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