Então, Ló escolheu
para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do
outro (Gn 13.11).
É muito triste perceber o que as riquezas fizeram com esta família. Abraão e seu sobrinho Ló eram ricos (vs. 2,5) e, infelizmente, não puderam habitar juntos (v. 6). Obviamente, este não é o único relato na história da humanidade em que as riquezas foram capazes de separar boas famílias.
Claro que também não são as riquezas que devem levar a culpa sobre isso, mas sim os corações dos homens que, através das riquezas, muitas vezes são revelados em sua essência. Isto não era um problema em Abraão, mas em seu sobrinho sim. Quando Abraão pede que seu sobrinho faça a escolha primeiro, o dever deste era devolver a primazia para seu tio, mas seu coração dominado pela ganância não o permitiu.
A prova disso é que Ló escolheu baseado naquilo que seus olhos contemplaram (v. 10). Ele estava sendo guiado pela síndrome de Eva, que viu que a árvore era agradável aos olhos (Gn 3.6)! o apóstolo João chama isso de “concupiscência dos olhos” (1Jo 2.16). O v. 12 diz que Ló foi armando suas tendas desde a planície até chegar a Sodoma!
Já Abraão habitou em Canaã (v. 12). Mas ali, Deus diz a ele que levante seus olhos, olhe para os quatro cantos e lhe promete dar toda aquela terra a ele e a seus descendentes (vs. 14,15)! Abraão também foi pelos seus olhos, mas pela ordem de Deus e não pela ganância do seu coração! Consequência: mudou suas tendas e foi habitar próximo aos carvalhos em Hebrom – ali edificou um altar ao Senhor (v. 18)! Enquanto Ló adorava o que seus olhos contemplaram, Abraão adorava o Deus que abriu seus olhos!
Embora as riquezas separaram esta e muitas outras famílias na história da humanidade, há uma riqueza que faz exatamente o contrário. Ela aproxima os filhos de Deus a Si por intermédio de Jesus Cristo! Esta é a suprema riqueza da graça de Deus que foi mostrada em bondade para conosco por meio de Cristo Jesus (Ef 2.7)! Paulo diz que são “as insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3.8)!
As riquezas humanas não podem nos aproximar de Deus e ainda nos separam dos melhores amigos e família. Porém as riquezas da bondade de Deus nos conduzem ao arrependimento (Rm 2.4) e nos tornam em vasos de misericórdia, para que estas riquezas de Sua glória sejam conhecidas por todos (Rm 9.23)! Aos colossenses, Paulo diz o que são essas riquezas da glória, a saber, “Cristo em nós, a Esperança da Glória” (Cl 1.27)!
Se você tem riquezas deste mundo, Paulo lhe diz: Não sejam orgulhosos, nem depositem a sua
esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus... pratiquem o bem, sejam
ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para
si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da
verdadeira vida (1Tm 6.17,18)!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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