Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0180 - SATANÁS JÁ ESTÁ PRESO

 


“Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa” (Mt 12.29).


Pouco se fala da obra agressiva de Cristo contra o reino de Satanás nas pregações. Quando se fala acerca disso, temos a impressão de que Jesus Cristo pediu licença para Satanás, para que pudesse instalar Seu reino ao lado do dele. Outras vezes, quando se fala que Jesus realmente amarrou o diabo, parece que Ele o desamarrou depois, embora isso não apareça na Bíblia.

Mas toda essa negligência em falar sobre este aspecto da obra de Cristo é, na verdade, uma injustiça que se faz ao escopo de Sua obra. Jesus não é diplomático com Satanás, Ele não pediu licença para instalar Seu reino ao lado do dele. Jesus simplesmente chegou expulsando-o pelo poder do Espírito de Deus, conforme Ele mesmo disse no v. anterior.

Esse silêncio nosso sobre o assunto é bem parecido com a acusação aberta dos fariseus da época de Jesus. Eles diziam que Jesus expulsava demônios pelo poder do príncipe dos demônios. Nós não falamos sobre isso e, quando falamos, passamos a impressão de que Jesus estava realmente fazendo uma parceria com o diabo. Seria uma blasfêmia em silêncio?

A maioria dos cristãos aguarda a prisão de Satanás para um futuro milenar na terra. Mas o que lemos aqui é que ninguém pode saquear os bens de um valente sem que primeiro lhe amarre. Jesus está dizendo que Ele já fez isso! Pois, afinal, quais eram os bens mantidos em cativeiro por Satanás, senão as vidas que ele algemava no engano? Entretanto, quando Jesus instala o reino de Deus expulsando os demônios, todas as vidas que Lhe pertencem serão arrancadas do reino das trevas sem que Satanás possa fazer absolutamente nada!

Temos mais uma prova de que Jesus veio somente para as Suas ovelhas e não para todos. Pois se Satanás está amarrado e não pode reagir diante do poder salvador do evangelho, qual seria o problema em Jesus arrancar de lá todas as almas? Mas por que Ele só faz isso com algumas? Obviamente é porque somente essas algumas é que Lhe pertencem. As minhas ovelhas, disse Jesus, ouvem a minha voz e me seguem (Jo 10.27).

Em Ap 20 lemos que o dragão, que simbolicamente é o diabo, foi preso por mil anos, que simbolicamente é um longo período de tempo. E ali também diz que ele foi preso “para que não mais enganasse as nações” (v. 3). Não tenhamos dúvida alguma de que Satanás já foi preso desde a primeira vinda de Cristo! Ele não pode enganar as nações, pois onde o evangelho chega, ali chega o poder de Deus para salvar o que crê! Onde chega o evangelho, o engano cai por terra!

Ao ressuscitar, o Senhor disse a Seus discípulos que toda autoridade Lhe foi dada no céu e na terra, que eles podiam ir e fazer discípulos de todas as nações. Satanás já está preso, não para não fazer suas maldades que, aliás, estão debaixo do controle soberano de Deus, mas preso para não enganar mais as nações. A igreja pode ir e anunciar o evangelho com poder, pois os cativos que pertencem a Cristo serão libertos e virão para o reino de Deus, sem que Satanás possa fazer qualquer coisa!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0179 - ATÉ O QUE PENSA QUE TEM LHE SERÁ TIRADO!

 


“Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz. Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado. Vede, pois, como ouvis; porque ao que tiver, se lhe dará; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado” (Lc 8.16-18).


Jesus profere estas palavras no contexto em que contou a parábola do semeador. Depois de tê-la explicado a Seus discípulos, Jesus então afirma que uma candeia acesa não pode ficar escondida. Isso Ele está falando acerca da pessoa representada pela boa terra, que Ele explicou no v. 15, que ouve e retém a Palavra de bom e reto coração, de modo que frutifica com perseverança. Tal pessoa não fica escondida, mas brilha sua luz perante o mundo.

Quando Jesus diz que “nada há oculto, que não haja de manifestar-se”, Ele não Se refere a pecados, como muitas vezes pensamos. Mas Ele está falando que cada vez mais será manifesto que tipo de terreno é o nosso coração para com a semente da Palavra que recebemos

Por isso Ele diz: “Vede, pois, como ouvis”. Ele está falando para nos atentarmos para a maneira pela qual ouvimos a Palavra. Ou seja, se a ouvimos apenas, o diabo a arrancará do nosso coração para que não creiamos nela (v. 12). Se a ouvimos com empolgação, baseado em nosso emocional, iremos crer apenas por algum tempo, mas nos desviaremos na hora da provação (v. 13). Se ouvimos a Palavra, mas no decorrer dos dias nossa atenção se volta para os cuidados, riquezas e deleites deste mundo, então nosso fruto não chegará a amadurecer (v. 14). Somente se ouvirmos de bom e reto coração a Palavra e a retivermos, então frutificaremos com perseverança (v. 15).

A pergunta é: de que maneira nós ouvimos a Palavra? A aplicação de Jesus sobre essa pergunta é a seguinte: “porque ao que tiver, se lhe dará”. O que o Senhor nos ensina aqui? Que aquele que ouviu a Palavra e de bom e reto coração a reteve, receberá muito mais da parte de Deus para que frutifique mais ainda. Em outra parte Ele disse que o Pai limpa o ramo que dá fruto para que dê mais fruto (Jo 15.2).

Porém, ao que não tem, até aquilo que pensa que tem lhe será tirado! Aqui Jesus fala dos demais tipos de coração. Aqueles que apenas ouvem, aqueles que ouvem cheios de emocionalismo e euforia, aqueles que ouvem, mas se voltam para as atrações deste mundo, até a fé que eles pensam ter lhes será tirada! No Dia do Juízo, tais pessoas dirão a Jesus que receberam a Palavra. Mas o Senhor lhes dirá que eles apenas julgaram ter a fé salvadora e, até mesmo essa falsa certeza lhes será tirada! Em lugar da falsa certeza de salvação, lhes será dada a verdadeira certeza da perdição!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 29 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0178 - CORAGEM SEM DISCERNIMENTO

 


“E ele lhe disse: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do Senhor, dizendo: Faze-o voltar contigo à tua casa, para que coma pão e beba água (porém mentiu-lhe)” (1Re 13.18).


Embora anônimo, este profeta é bem conhecido por sua história, como ela representa ousadia e coragem e, ao mesmo tempo, descuido e negligência. Ousadia e coragem por bradar na cara do rei Jeroboão, contra sua idolatria e entregar o recado do Senhor sem se importar com as consequências, posto que o rei quis matá-lo por causa de suas duras palavras; descuido e negligência por ter sido fraco diante de um profeta mais velho que ele, o qual, mentindo, dissuadiu-o de seu propósito, fazendo-o desobedecer às ordens do Senhor.

O resultado foi trágico, pois, estando este profeta na casa do que lhe mentiu, o próprio velho mentiroso foi usado pelo Senhor e lhe pronunciou a sentença de morte, a qual aconteceu mesmo antes de chegar à sua terra: um leão o encontrou e o matou!

Geralmente, nos posicionamos como críticos deste profeta e ficamos pensando: como pode alguém que recebeu uma ordem de Deus de não comer nem beber naquele lugar onde havia sido enviado para profetizar contra a idolatria, ter desobedecido esta simples ordem? Aqui há muitas lições para nós.

Primeiro, que nem sequer somos como este profeta, pois, pelo menos ele teve coragem de bradar contra o rei e sua idolatria, embora tenha caído na conversa do profeta mentiroso. Nós, ao contrário, nem contra os políticos conseguimos bradar, quanto mais contra os falsos profetas...

Segundo, que a ordem de Deus para ele era que, depois de profetizar contra o rei, ele não comesse nem bebesse naquele lugar e nem voltasse pelo mesmo caminho. Com isso, Deus estava dizendo que se ele participasse da mesa com alguém daquela região, ele estaria consentindo com o pecado da idolatria contra o qual ele fora encarregado de denunciar. Nós, ao contrário, nos banqueteamos com os hereges de nossos dias sem nenhum peso na consciência, ainda que os apóstolos tenham nos ordenado que não devemos cumprimentá-los, nem participar de sua mesa, nem lhes dar as boas-vindas (Rm 16.17; 2Ts 3.6,14,15; Tt 3.10,11; 2Jo 10).

Terceiro, embora o texto não diga o que aconteceu com o profeta velho que mentiu e sim o que aconteceu com o profeta de Deus que desobedeceu, isto é, foi despedaçado por um leão, ainda assim, é melhor ser disciplinado duramente por Deus, ainda que resulte em morte física, do que ser deixado para ser punido no Dia do Juízo. Se for este o caso, então foi melhor para o profeta desobediente do que para o mentiroso.

Discernimento é a palavra essencial para os nossos dias. É importante que tenhamos coragem e ousadia, mas sem discernimento, essas qualidades podem ser facilmente derretidas diante de uma mentira em nome de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0177 - OLHOS NA PALAVRA, LONGE DA VAIDADE

 


“Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça. Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho” (Sl 119.36,37).


O Salmo 119 é uma verdadeira ode à Palavra de Deus! Uma poesia lírica em ordem alfabética, com 8 versos para cada letra do alfabeto hebraico. Uma composição inspirada pelo Espírito de Deus, dada a esse salmista que tornou o maior texto de toda a Bíblia atribuído como uma canção à própria Bíblia!

Todos os seus versos falam sobre a Palavra de Deus e a exaltam como a melhor coisa que veio do próprio Deus para nós. E de fato é assim, para aqueles que já foram levados por Deus ao conhecimento dela (v. 34).

Aqui nestes versos, o salmista pede a Deus que seu coração seja inclinado à Palavra e não à cobiça. A tendência do nosso coração é sempre para os desejos deste mundo caído, que combinam com nossa natureza pecaminosa. Por isso ele pede a Deus que realize esta inclinação para Sua Palavra, pois de si mesmo ele não pode.

As cobiças desta caminhada são uma maneira de nos desviar do caminho que deveríamos seguir, por isso, o salmista pede que Deus desvie seus olhos para não verem a vaidade, isto é, o que é inútil, pois isso o impediria de ser vivificado na Palavra.

O escritor aos Hebreus também diz que devemos nos livrar de todo peso que nos rodeia, porque devemos correr uma carreira que nos foi proposta para a salvação (Hb 12.1). Se não pedirmos isso também a Deus, facilmente nossos olhos se atrairão para as chamadas deste mundo e então nos iludiremos com as distrações da jornada para o céu.

Mas os que são vivificados na Palavra de Deus contemplam as coisas desta vida (as que são lícitas) apenas como bênçãos que glorificam o nome do Senhor enquanto ele caminha para sua pátria. As demais (as ilícitas) são realmente tropeços que atrasam a nossa viagem.

Quem ama a Jesus, guarda a Sua Palavra (Jo 14.23). Quem guarda a Palavra, desvia seus olhos das cobiças e das vaidades. Elas aparecem todos os dias, são atrativas, nossos olhos as contemplam e as almejam, mas nosso espírito sabe que elas nos atrasam na jornada. Caminhemos para a glória sem impedimentos. Com os olhos na Palavra, ela se tornará “lâmpada para nossos pés e luz para nosso caminho”! (v. 105).

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0176 - SAUL E A CIRCUNCISÃO

 


“Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada e se lançou sobre ela” (1Sm 31.4).

 

A história do rei Saul é uma das mais tenebrosas de toda a Bíblia. Um homem que dividiu a história de Israel, fazendo a transição do período dos juízes para o monárquico, fruto do desejo do povo para que a nação fosse como as demais nações, um homem de uma esquizofrenia notável, arrogante, cheio de si, cometeu várias ações insidiosas contra Deus, dentre elas matar 80 sacerdotes do Senhor na cidade de Nobe, entre outras aberrações mais.

A situação em que ele se encontra no fim de seu reinado é de caos político e espiritual. Está cercado pelo exército filisteu (caos político) e Deus não lhe responde mais (caos espiritual), a ponto de recorrer a uma consulta mediúnica (1Sm 28). A rejeição de Saul chega a ser dolorosa até para quem lê sua história!

Tendo ele desde o início virado as costas para Deus, agora que Deus lhe vira as costas, ele deseja uma resposta e, não a obtendo, entra em seu desespero final. Vendo que não havia mais saída contra Áquis, o rei da Filístia, pede ao seu escudeiro que o mate com a espada!

O curioso nesse pedido do rei a seu escudeiro é seu motivo. Ele quer que seu escudeiro lhe mate para não ser morto por incircuncisos! Sabemos que a circuncisão era um sinal da aliança de Deus com Israel, desde o pacto que Deus fizera com Abraão (Gn 17.1-14). Todo hebreu de lá para cá era circuncidado, mas não as demais nações (ou mesmo que fossem, não era por causa do pacto com Deus).

Ao negar matar seu rei, o escudeiro não pensava que ele fosse tirar a própria vida! Mas assim sucedeu: diante do seu guarda pessoal, Saul se joga contra a espada! Que fim horrível, que cena macabra diante de seu guarda-costas o rei desenhou!

O que estava na mente de Saul é que ele preferia ser morto por seu amigo, ou até cometer suicídio, a ser executado por um povo que não tinha a marca da aliança do seu Deus. Como se dissesse: “Prefiro o suicídio a ser morto por quem não tem a circuncisão, a marca da aliança do nosso Deus”. Pensando assim, parece nobre! Mas não para Deus!

Infelizmente, Saul valorizou mais a aliança de Deus do que o Deus da aliança! E isso nada resolveu... sua rejeição era irrevogável! Assim também acontece com a nação evangélica! Está mais apegada às cerimônias do que a Cristo, a Quem diz cultuar! Valoriza o que é externo em detrimento do coração...

Paulo, ao repreender os judeus de sua época que confiavam nessa operação de fimose, como Saul, disse: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2.28,29).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0175 - É PECADO COLOCAR DEUS À PROVA

 


“Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes” (1Co 10.9).


Frequentemente, ouvimos crentes dizendo que colocaram Deus à prova, fizeram prova de Deus, com Deus e coisas parecidas com essas que o apóstolo nos proíbe neste versículo que lemos, juntamente com mais quatro proibições tiradas da peregrinação de Israel durante 40 anos no deserto de Sinai. As demais proibições estão do v. 6 ao 10: não cobiçar as coisas más (v. 6), não nos tornarmos idólatras (v. 7), não praticar imoralidade (v. 8) e não murmurar (v. 10). Colocar Deus à prova (v. 9) é tanto pecado quanto desobedecer qualquer um destes!

A palavra que foi traduzida “Senhor” aqui, no original é Cristo. Tendo dito desde o v. 4 que a pedra que fornecia água para os hebreus daquela época era Cristo, Paulo prossegue na mesma intenção, afirmando que foi a Cristo que eles tentaram no episódio em que foram picados pelas serpentes venenosas (Nm 21).

O que aconteceu naquele dia foi que numa das pelejas de Israel contra um dos reis cananeus, este levou alguns israelitas cativos. Então Israel fez um voto ao Senhor, que se o Senhor lhes entregasse em suas mãos, eles destruiriam todas as cidades daquela região. O Senhor deu a vitória a Israel e, quando eles saíram para prosseguir viagem pelo deserto, começaram a murmurar, a comparar o deserto com o Egito e a desprezar o maná com toda força da alma, chamando-o de pão vil!

Paulo usa a palavra grega para “tentação” aqui neste versículo. Aquelas pessoas não estavam apenas colocando Cristo à prova, estavam-nO tentando, estavam aplicando um teste em Cristo, na esperança de que Ele falhasse! Por isso pereceram pelas mordeduras das serpentes!

Quando colocamos Deus à prova, estamos procurando depurá-lO, como se faz com o ouro ao tirá-lo da terra. Precisa ser depurado para extrair dele o seu melhor. De Deus não se extrai o melhor, porque não há nada de ruim que possa sair dEle! Deus é todo bom, nEle não há imperfeição! Testá-lO é afronta, é ofensa, é ultraje, é um insulto à Sua santidade! Ele sim, tem o direito de nos testar, visto que Ele é o Oleiro e nós somos o barro. Ele pode testar Seus vasos a hora que Ele quiser, mas o vaso jamais pode devolver essa moeda ao seu Criador!

Ainda que alguns usem o texto de Malaquias para responder que Deus mesmo disse para fazermos prova dEle, isso não se aplica mais no contexto da Nova Aliança. Lá, Ele disse para fazer prova caso Ele não abrisse as janelas do céu a um povo que Lhe roubava nos dízimos e nas ofertas. Hoje, nós não damos nossos dízimos e ofertas para sermos abençoados e caso não formos, fazermos prova de Deus, mas contribuímos porque já fomos abençoados e Sua obra é uma parte daquilo em que investimos com gratidão e liberalidade.

Colocar Deus à prova é pecado, pois o mandamento é claro: “Não ponhamos o Senhor à prova”! Devemos confiar e quem põe alguém à prova é porque não confia!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0174 - IDOLATRIA SIONISTA NAS IGREJAS

 


“Sucederá que, quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra, então, diz o SENHOR, nunca mais se exclamará: A arca da Aliança do SENHOR! Ela não lhes virá à mente, não se lembrarão dela nem dela sentirão falta; e não se fará outra” (Jr 3.16).


No misticismo em que vivemos hoje no meio cristão, é muito comum igrejas usarem como ornamento os símbolos da velha aliança. Nesse sincretismo (essa mistura de religiões), principalmente com esse sionismo, essa idolatria para com Israel, a coisa mais comum de se presenciar são igrejas enfeitadas com arca da aliança, bandeira de Israel, candelabros e outras bugigangas mais, adorando os elementos da lei e não vivenciando a graça trazida por Cristo.

Este versículo lido hoje, mesmo sendo da antiga aliança, já mostra que todos os símbolos da lei eram uma figura, uma sombra. Eles culminavam em Cristo Jesus. A arca da aliança simbolizava a presença de Deus, Jesus manifestou-Se como Deus encarnado e hoje a igreja que está cheia da presença de Deus – não precisa de arca, nem mesmo para enfeite.

O candelabro representava a iluminação que a lei e os profetas traziam, ainda que fraca, como diz Pedro em 2Pe 1.19. Mas Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12), portanto não se precisa mais de usar o objeto mencionado para simbolizar nem enfeitar absolutamente nada, pois Jesus também disse a Seus discípulos que somos a luz do mundo (Mt 5.14).

Quanto à bandeira de Israel, todos sabemos que aquele hexagrama jamais teve alguma coisa a ver com Davi, portanto, não é estrela de Davi e, se fosse, nada temos a ver com isso, pois a única e verdadeira estrela é Jesus Cristo, a Estrela da Manhã (Ap 22.16). Seus seguidores, que é a igreja, é que são os pequenos luzeiros a brilhar neste mundo de trevas (Fp 2.15).

Poderíamos multiplicar os exemplos de todos os objetos do tabernáculo da lei para provar que cada um deles apontava para Jesus e, uma vez Jesus tendo vindo, já não se usa nenhum desses objetos seja para qual motivo for. É muito pior do que uma viúva usar retratos do seu falecido na sua casa, tendo ela se casado novamente! É uma afronta a seu novo marido! Assim faz a igreja hoje.

Paulo diz que morremos para a lei e nosso novo marido é Cristo (Rm 7.4-6). É uma afronta para nosso Senhor utilizarmos objetos relativos ao que Lhe figurava, uma vez que Cristo já veio e cumpriu todos os significados ali contidos.

Enquanto se critica outras religiões por utilizarem imagens de escultura, pelo menos eles utilizam imagens de santos da nova aliança, enquanto muitas igrejas hoje usam objetos da antiga aliança. Ambos estão em pecado e precisam se arrepender e se desfazer dessas coisas.

Encerro com a palavra do apóstolo João: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.20,21). Somente Jesus é o verdadeiro Deus, o resto é ídolo!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0173 - TUDO COOPERA PARA O BEM DOS QUE AMAM A DEUS

 


“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).


Quase todas as vezes que nos aproximamos da Bíblia, nós a lemos superficialmente. Em outra parte das vezes, nós a lemos com as lentes dos pressupostos didáticos que nos foram passados pelos nossos tutores na fé. Uma porção de versículos bíblicos se encaixa nessa categoria (dos mal lidos e entendidos de forma equivocada) e este de Romanos é um deles.

Paulo vem falando que a criação geme por causa do pecado a que foi submetida, aguardando a redenção dos filhos de Deus; diz também que os salvos, os que têm as primícias do Espírito igualmente gemem, esperando a glorificação do corpo; e diz ainda que o próprio Espírito geme inexplicavelmente quando intercede por nós.

Tudo isso fala do descontentamento que devemos ter para com a Queda; fala do anseio que devemos nutrir pelo nosso estado futuro, para que todas as coisas sejam ajustadas à perfeição eterna. É disso que Paulo está tratando quando diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, inclusive toda imperfeição que nos envolve. Até isso Deus usa para nos conduzir para o Seu propósito.

Veja que Paulo diz que estas coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Quem são os que amam a Deus? São os que têm as primícias do Espírito (v. 23), isto é, os que nasceram de novo e receberam a natureza espiritual. Aqui no v. 28, Paulo diz que os que amam a Deus são aqueles que são chamados segundo o Seu propósito!

Sabemos que nem todos amam a Deus. Mas por que os chamados amam a Deus? João diz que é porque Deus nos amou primeiro (1Jo 4.19). Mas Paulo também diz essa mesma coisa aqui no v. 29, só que em palavras diferentes. Ele diz: “Porquanto aos que de antemão conheceu”. “Conhecer” aqui significa amar intimamente. “De antemão” significa desde a eternidade. Portanto, nós amamos a Deus, porque Ele nos amou desde a eternidade! Por isso nem todos amam a Deus, porque o próprio Deus não amou a todos de modo salvador.

Mas aos que Ele amou desde sempre, diz Paulo: “também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Este é o propósito eterno de Deus: ter muitos filhos semelhantes a Jesus! E Ele usa até mesmo nossas imperfeições e gemidos, de forma que isso contribua para o bem, o grande bem que Ele estabeleceu, a saber, o de nos tornar à semelhança de Seu Filho Jesus Cristo! Juntos com a criação e o Espírito Santo gememos e aguardamos esse dia!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 22 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0172 - POR QUE BUSCAIS ENTRE OS MORTOS AO QUE VIVE?

 


“Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive?” (Lc 24.5).


A Bíblia nos diz que a inclinação da nossa natureza humana pende para a morte (Rm 8.6). Nossa mente natural é inclinada para as coisas do mundo e do pecado, portanto, para a morte. Jesus disse a um dos que queriam segui-lo, mas que primeiro queria viver com seus pais até que morressem: “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” (Lc 9.60). Ele está dizendo que as preocupações deste mundo de morte devem ocupar as mentes dos mortos espirituais e não a mente do salvo.

A busca das mulheres pelo corpo de Jesus na sepultura ilustra muito bem esta verdade bíblica. Naturalmente falando, busca-se os mortos na sepultura, mas isso não se aplica ao que vive, disseram os anjos a elas. Jesus vive. E cemitério, obviamente, não é o lugar apropriado em que Ele será encontrado.

Assim vivem os que não têm Cristo. Paradoxalmente, vivem na morte e estranhamente nela buscam vida! Então, essa pergunta dos anjos deve ressoar forte hoje: por que vocês buscam vida onde só há morte?

Acontece que uma situação oposta está ocorrendo. Se, por um lado, pessoas espiritualmente mortas estão buscando vida na morte, por outro lado, outros estão buscando morte na vida!

Refiro-me a pessoas que vêm a Cristo, mas para buscar as mesmas coisas que os outros buscam fora de Cristo. Elas vêm a Cristo com interesses pessoais, para satisfazer sua busca carnal pelas coisas da morte, que elas julgam ser vida. E o pior é que há igrejas que prometem isso! Por isso, o mercado eclesiástico anda superlotado de mortos espirituais buscando morte no lugar da vida!

Desejam apenas coisas e bens terrenos e buscam isso em Cristo. Que tragédia! Ele veio para nos dar vida e vida em abundância (Jo 10.10). Porém, muitos pregadores chamam de “vida abundante” as luxúrias e cobiças deste mundo e convidam as pessoas para obter isto e muito mais em Cristo! Estas coisas são coisas de mortos espirituais e não é em Cristo que vamos encontrá-las! De fato, o próprio Jesus já tinha dito aos judeus de Sua época: “Mas vós não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.40).

Somente ao seguir verdadeiramente a Cristo é que podemos descobrir o que é a vida. Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11.25). Não busque ao que vive entre os mortos, mas também não busque coisas de mortos no lugar de vida!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0171 - JESUS É A LÓGICA DE DEUS!

 


“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).


Apesar deste versículo se parecer com o primeiro versículo da Bíblia, todavia, há uma diferença de sentido na palavra “princípio”. Lá em Gênesis, “princípio” quer dizer começo da criação, uma pausa, por assim dizer, na eternidade de Deus, para iniciar a contagem cronológica.

Aqui no Evangelho de João, “princípio” refere-se à eternidade, é o princípio antecedente a qualquer ponto cronológico existente, é a mente de Deus, Sua razão, Sua lógica, assim como a palavra grega que João usa, que é Logos (daqui deriva a palavra “lógica”). Esta mente de Deus é Jesus, que é eterno com Deus, sendo Ele mesmo Deus.

Por meio dEle, todas as coisas foram feitas. É por isso que tudo que foi criado tem lógica. Cada elemento do universo funciona por meio de um sistema de leis lógicas da física; fórmulas matemáticas são descobertas e elaboradas estudando-se a lógica dos princípios; deduções do raciocínio filosófico baseiam-se em premissas que precisam ser lógicas para serem válidas; a biologia observa um sistema lógico de ordem na leitura das informações genéticas dos seres; toda sequência precisa de uma lógica para que seja sequência, caso contrário, não pode ser sequência coisa nenhuma e assim, tudo o que existe está criteriosamente submetido à lógica divina!

Talvez o maior contrassenso dos ateus seja esse: tentar usar a lógica que pertence a Deus para negá-lo! Mas não deveriam, pois a lógica é de Deus, ela deriva da mente de Deus, o Logos é Cristo! Deveriam usar outro sistema, um sistema próprio que não use a lógica, para afrontar a Deus e negar Sua existência e não usar aquilo que não lhe pertence para fazê-lo!

Jesus não veio à terra e, por Se parecer com a lógica, Deus O chamou de Logos. Não. Toda lógica deriva dEle! É por causa de Jesus que existe a lógica, a matemática, as leis lógicas da física, aliás, quase todas as disciplinas de estudo terminam com o sufixo “logia”, que vem de lógica, que vem do Logos!

Assim, quando usamos o raciocínio e a lógica, estamos exercitando nossa mente de modo parecido com a mente divina. Por isso é impossível haver uma lógica que conclua definitivamente a inexistência de Deus, pois lógica não se contradiz. A não pode ser não-A no mesmo momento e lugar! Não-A é a contradição de A. Por isso, jamais a lógica do raciocínio humano poderá concluir que Deus não existe, pois a lógica do raciocínio vem de Deus e Deus não pode ser não-Deus.

Encerro com as palavras do apóstolo Paulo que sabia muito bem dessas verdades: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2Co 10.5 – NVI). Qualquer argumento que se levanta contra Deus, não pode vir de Deus, mas quem torna seu pensamento obediente ao Logos, que é Cristo, pode destruir completamente qualquer falácia do argumento humano!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 20 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0170 - GUARDAR A PALAVRA PARA NÃO PECAR

 


“Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).


O nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto, diz o Senhor, através de Seu profeta Jeremias (17.9). Do nosso coração brota todo tipo de maldade e pecaminosidade, disse Jesus (Mc 7.21-23). O apóstolo Paulo diz que o Senhor conhece os pensamentos dos homens, que são vãos (1Co 3.20). João Calvino dizia que a mente humana é uma fábrica de ídolos. Enfim, todo testemunho tanto bíblico como experiencial, diz que a fonte da nossa vida é contaminada e tudo que dela brota contaminado é.

Contudo, o salmista descobre um segredo: que existe uma forma de purificar essa fonte de toda sua sujeira. Quando guardamos a Palavra em nosso coração, então, ela filtra essa nascente e não permite dali jorrar contaminações. Mais do que isso, a Palavra não somente filtra, como também transforma nosso coração em um manancial de onde fluem coisas boas e santas.

De fato, se bem pensarmos, nossas ações pecaminosas só acontecem quando nos afastamos da Palavra de Deus e sua ordem para nós. Em outras palavras, quando pecamos é porque tomamos nossas decisões em detrimento da ordem de Deus. Não estamos falando do mundano, pois ele não é uma nova criatura. Mas o crente, nascido de novo, que tem o Espírito Santo habitando em si e a Palavra de Deus como padrão de vida, ao pecar, desliga o filtro e deixa jorrar sua sujeira.

Este mesmo Salmo diz no v. 9: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra”. Não somente o jovem poderá fazer isso, mas se ele, o jovem, que tem suas tendências à flor da pele, pode purificar suas ações ao considerar a Palavra de Deus, quanto mais os amadurecidos?! De fato, se a Palavra de Deus permanece em nós, temos vencido o maligno (1Jo 2.14).

De forma inversa, alguém que não guarda a Palavra no coração, vive pecando contra Deus. Isto porque a Palavra de Deus é Sua revelação, tanto de Sua Pessoa quanto de Sua vontade e caráter. Quando nós vamos contra a Palavra, então não fazemos outra coisa senão agredir a vontade e o caráter daquele que nela Se revelou. Eis aí o que é pecado. É quando violamos o que Deus nos revelou por Sua Palavra.

E por que isso se dá? Por uma coisa chamada incredulidade, isto é, quando agimos de acordo com o que pensamos e não conforme o que Deus revelou, assim dizemos que não confiamos na revelação de Deus e podemos agir por conta própria. Desconsiderar a Palavra de Deus é o mesmo pecado que ocorreu no Éden. Tomamos decisões por nosso corrupto coração sem que a Palavra de Deus esteja nele... o que poderá jorrar disso?

Guardemos a Palavra em nosso coração, lendo-a, crendo nela, submetendo-nos a seus preceitos, amando-a de todo nosso coração, tendo um relacionamento com ela de obediência padrão, então veremos que o mal que brota do nosso coração será suprimido e derrotado pela Palavra de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 19 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0169 - OS CAPITÃES DO MATO

 


“Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas” (Mc 11.9,10)!


Na história da escravatura brasileira, entre os séculos XVII e XIX, lemos sobre um personagem conhecido como “capitão do mato”. Ele era o responsável pela repressão de pequenos delitos que aconteciam no campo. Sua principal tarefa era capturar escravos fugitivos e devolvê-los para seus senhores a troco de algum dinheiro ou sua própria liberdade.

Acontece que estes homens eram antes também escravos, viviam a mesma tragédia dos outros, eram surrados igualmente ou até em maior grau, conheciam o lado miserável da escravidão. Mas seus senhores lhes ofereciam liberdade para que eles pudessem ir ao encalço dos demais escravos que fugiam, causando prejuízos nas fazendas.

Na mesma hora, sem pestanejar, estes escravos, agora “capitães do mato” saíam em busca de seus companheiros e os surravam, torturavam e os traziam de volta a seus senhores. Nessa época, os escravos tinham muito medo de fugir, pois sabiam que muitos dos que antes eram seus amigos de sofrimento, agora se tornavam seus caçadores!

Quando o povo de Jerusalém viu a entrada triunfal de Cristo, eles gritaram “Hosana”! Esta palavra significa: “Salva-nos”. Eles gritavam a plenos pulmões que “o reino de Davi, nosso pai”, havia chegado! Mas associavam esta salvação com a libertação social do jugo do império romano. Porém Jesus disse a Pilatos que Seu reino não é deste mundo (Jo 18.36).

Como os judeus viram que a entrada de Jesus em Jerusalém não deu em nada, fizeram como esses “capitães do mato”, se viraram contra seu compatriota Jesus, O entregaram a Pilatos e o seu novo grito agora não era mais “Hosana” e sim “crucifica-O” (Jo 19.6)! Jesus não teve apenas um Judas em Sua trajetória, mas uma cidade inteira!

Essa geração de “capitães do mato” existe até hoje. Eles vão à igreja, gritam por Deus para que lhes faça aquilo que eles desejam. Querem ficar ricos, querem saúde física, querem as pompas deste mundo, o poder e a liberdade material. Mas quando não recebem, então se voltam em blasfêmias contra Deus, negam Sua existência, zombam de Sua igreja e ridicularizam Seus seguidores.

Eles não são fiéis a Deus e ao Seu povo. Por uma simples oferta satânica, se voltam contra Deus e Sua igreja; por uma aparente liberdade, cospem no rosto de Jesus e perseguem Seus irmãos. Com certeza hão de trabalhar para o anticristo no fim dos tempos.

Que não sejamos contados entre os traidores de Cristo e Seu povo, entre os Judas daquela época e os “capitães do mato” da nossa história.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0168 - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

 


“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12.13).


A figura do batismo em relação ao Espírito Santo tem suas raízes remontadas aos tempos do AT. O profeta Isaías já dizia: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Is 44.3). Ezequiel também falou do Espírito que batizaria os que recebessem o novo coração da parte de Deus: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados... Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo... Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos” (Ez 36.25-27).

Já na transição para a Nova Aliança, o profeta João Batista dizia aos que vinham ser batizados por ele nas águas do Jordão: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). O próprio Jesus comparou o batismo no Espírito às águas que fluiriam sobre todos os que nEle cressem de acordo com as Escrituras (Jo 7.38,39).

Devido a fortes experiências sensoriais no início do pentecostalismo, afirmou-se que os batizados no Espírito Santo recebiam um sinal, que era o falar em outras línguas – fazendo eco a algumas experiências dessa natureza no início da igreja primitiva no livro de Atos. Entretanto, esta crença experiencialista não pode definir doutrina e, ainda que ela aconteça, a Bíblia é que define o ensino sobre o batismo no Espírito Santo.

De acordo com 1Co 12.30, nem todos falam em línguas, entretanto, Paulo diz no v. 13 (o que lemos) que “todos” fomos batizados em um só Espírito. Pelo contexto anterior, esse “todos” aqui são “todos” os que fazem parte do corpo espiritual de Cristo (v. 12), que é a igreja, isto é, os salvos, os que creram. Portanto, os batizados no Espírito são aqueles que, como disse Jesus, creram nEle segundo as Escrituras.

Outra figura que corresponde ao batismo no Espírito que Paulo usa é o selo do Espírito (Ef 1.13). Alguns alegam que o batismo no Espírito é uma coisa e o selo é outra, entretanto, essa distinção não faz jus ao uso de figuras de linguagem do NT, onde os autores utilizam mais de uma figura para simbolizar a mesma realidade. Paulo diz que “tendo nEle também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa”. Isto confirma o que disse Jesus, que quem nEle cresse segundo as Escrituras, seria batizado (ou selado) no Espírito Santo.

Se você creu em Jesus conforme diz a Escritura, então você foi batizado no Espírito e, ainda que nunca tenha falado em línguas, você foi selado com essa promessa gloriosa passando a ser propriedade de Jesus, até que Ele retorne para resgatar aquilo que é dEle!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0167 - DEPRESSÃO E ORAÇÃO

 


Ó Senhor, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor” (Sl 102.1).


Os Salmos sempre foram expressões de oração ou cânticos das situações que homens de Deus como Davi e outros passavam. Ao lermos os Salmos nos identificamos não somente com o clamor dos salmistas, como também com seu sofrimento.

Este salmo que lemos fala de uma súplica a Deus de um coração que estava passando pelo vale da depressão. Nos dois primeiros versos, o salmista chama a Deus para ouvir o que ele tem a dizer. De fato, para quem está atolado na angústia, a impressão é que Deus não está lhe ouvindo.

A partir do v. 3, ele expõe o seu momento diante de Deus. Ele vê seus dias indo embora, alimentar-se não tem mais graça pra ele, tanto que já emagreceu  (vs. 4,5), não gosta mais de companhias  (v. 6) e perdeu completamente o sono (v. 7). Aqui está um diagnóstico completo sobre o quadro depressivo. Em geral, os que estão acometidos por depressão não se alimentam, não querem companhia e não dormem, antes, querem que, ao conseguir dormir, não acordem mais!

Suas razões estão nos vs. 8,10. Seus inimigos furiosos o insultam e praguejam contra seu nome. Mas também ele atribui a causa de sua angústia ao fato de Deus ter Se irado contra ele. De fato, as pessoas em depressão imaginam que Deus Se tornou Seu inimigo declarado, que Deus só pode estar brincando com a situação. As razões são diversas que levam uma pessoa a esse estágio tão deprimente.

Entretanto, esse salmista conhecia a Deus e nEle buscava refúgio. Mesmo ele considerando que murchava como a relva, todavia, Deus não! Ele diz no v. 12: “Tu, porém, Senhor, permaneces para sempre”. Apesar do salmista saber que seus dias eram limitados, mas não os de Deus!

Ele também crê na atividade divina. Ele diz que as nações e os reis temerão o nome e a glória do Senhor (v. 15); ele sabe que Deus ouve orações (v. 17) e afirma que o nome do Senhor será louvado por gerações futuras  (vs. 18-22). Uma pessoa em depressão pode perfeitamente, na sua oração, desejar que a glória de Deus seja revelada a todos. Aliás, é dessa maneira que alguém pode honrar a Deus, mesmo em seu estado depressivo, desejando mais a glória de Deus do que comiseração dos outros por si.

Embora ele pensasse que Deus estava lhe privando da vida física, todavia, ele sabia que Deus é eterno (v. 24,27). Ele finaliza sua oração dizendo: “Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e diante de ti se estabelecerá a sua descendência” (v. 28).

Qual tem sido a sua forma de olhar para Deus nos momentos de depressão? Seus olhos são condicionados a enxergar de acordo com o momento que você está passando, resultando assim numa visão distorcida de Deus, ou você continua enxergando a Deus com a mesma visão bíblica, independente da angústia que você está vivendo?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0166 - CONSTRUIREMOS A OBRA SOZINHOS

 


“Ouvindo os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao SENHOR, Deus de Israel, chegaram-se a Zorobabel e aos cabeças de famílias e lhes disseram: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir para aqui. Porém Zorobabel, Jesua e os outros cabeças de famílias lhes responderam: Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus; nós mesmos, sozinhos, a edificaremos ao SENHOR, Deus de Israel” (Ed 4.1-3).


No ano 722 a.C., o rei Sargão II havia levado Samaria para o cativeiro assírio e repovoou a cidade com vários estrangeiros das terras que ele e seu irmão que o antecedeu (Salmanaser V) haviam conquistado. Dessa forma deu-se início à miscigenação samaritana e, consequentemente, à hostilidade entre eles e os judeus.

Na época do repovoamento de Samaria, os novos moradores misturaram não apenas suas raças, mas também suas crenças e adoravam a seus deuses, bem como ao Deus de Israel também, isto é, fizeram um sincretismo religioso, tornando a adoração a Deus uma adoração falsa (2Re 17.33,34).

Judá também foi levado para o cativeiro em 586 a.C., mas começou o retorno para Jerusalém quase 50 anos depois. Os judeus estavam reconstruindo o templo de Deus que havia ficado em ruínas, quando alguns samaritanos chegaram para falsamente oferecerem seus serviços braçais e religiosos ao governador Zorobabel e seus auxiliares, argumentando que seus antepassados já tinham feito isso quando Samaria foi repovoada. Na verdade, sua intenção era obstruir e não reconstruir o templo.

Porém, Zorobabel e o sacerdote Jesua (que é o mesmo Josué do livro do profeta Zacarias – não o das muralhas de Jericó) perceberam a má intenção destes inimigos e lhes deram essa resposta: “Nada tendes conosco na edificação da casa do nosso Deus”!

Uma resposta como essa nos nossos dias soaria como uma intolerância religiosa, um preconceito, uma xenofobia e tantos outros xingamentos sociais que estamos cansados de ouvir nessa sociedade frouxa e covarde em que vivemos! Mas de fato, a igreja nada tem a ver com esse mundo, nem mesmo com as religiões que diluem a verdade em suas águas envenenadas do engano.

Um cristianismo frouxo, idêntico à geração que o cerca, está dando as mãos aos hipócritas para edificar o templo do Senhor, para expandir o reino de Deus, que na verdade não está edificando absolutamente nada para o Senhor e nem expandindo reino algum para Deus!

Como Zorobabel, Josué e os fiéis judeus do pós-exílio, a igreja deve expandir sozinha o reino de Deus, pois a ela e somente a ela foi confiado esse trabalho! Sem dúvida, eles invadirão esta obra para corrompê-la, mas que não seja porque demos as mãos a eles! Que Deus nos ensine a deixar de ser medrosos e a não nos unirmos com falsos profetas para realizar Sua obra!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 15 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0165 - TUDO É PURO PARA OS PUROS

 


“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15).


A igreja primitiva lidou com enormes dificuldades desde seu nascimento. Não bastassem as perseguições externas, que ceifavam as vidas de muitos fiéis, as heresias queriam se infiltrar para dentro da igreja, enfraquecendo sua essência.

Ainda bem que no 1º século, os apóstolos ainda estavam vivos e podiam definir com precisão cirúrgica o que era doutrina e o que era engano! Quando Paulo escreveu a Tito, que pastoreava na ilha de Creta, ele tinha a intenção de proteger a igreja dos excessos dos cretenses (v. 12), bem como dos excessos dos judaizantes (v. 10).

Os falsos mestres judaizantes eram os que saíam do judaísmo para o Cristianismo, mas queriam trazer consigo a bagagem da lei. No v. 10, Paulo os chama de “os da circuncisão”, pois eles queriam introduzir como prática cristã a circuncisão. Mas não satisfeitos com isso, pervertiam casas inteiras (v. 11), ensinando coisas inúteis por dinheiro!

O interessante é que estes faziam parte da igreja cristã naquela ilha. No v. 13, Paulo diz a Tito que os repreendesse severamente para que fossem sadios na fé. A fé aqui é a religião cristã. Eles eram cristãos, mas não eram sadios! Ocupavam-se com fábulas judaicas, ou seja, os contos orais e outros escritos sobre lendas; ocupavam-se com mandamentos de homens, isto é, o que se devia comer ou não, segundo as tradições humanas. Paulo chama isso de ensinos de “homens desviados da verdade” (v. 14).

Estes falsos mestres diziam conhecer a Deus, mas Paulo diz que eles O negavam por suas obras (v. 16). Nenhum crente, na opinião do apóstolo Paulo, deveria seguir o que eles ensinavam, pois eles não eram aprovados nas boas obras de acordo com o evangelho!

Por incrível que possa parecer, muitas dessas heresias que foram golpeadas pelos apóstolos naquela época, conseguiram retornar e encontrar lugar nas igrejas de hoje! É uma pena, pois como diz o v. que lemos, todas as coisas são puras para os puros. Nada na lei consegue mais nos contaminar, pois somos puros, nossa consciência foi lavada com a água pura (Hb 9.14; 10.22). Todavia, os que dizem servir a Deus assim, Paulo diz que sua mente e consciência estão corrompidas! Nada para eles é puro! Por mais que façam “boas obras”, no entanto, elas são contaminadas, pois procedem de uma mente contaminada.

Todavia, tudo ser puro para os puros não é uma licença para o pecado. Essa frase do apóstolo coloca uma cerca por trás de nós, mostrando que nada da lei pode nos contaminar, mas também coloca uma cerca à nossa frente, para que não demos ocasião à nossa carne vivendo na libertinagem do pecado.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sábado, 12 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0164 - A NUVEM DA GLÓRIA NO TABERNÁCULO

 


“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo” (Êx 40.34,35).


Depois de uma exaustiva ordem divina para construir o tabernáculo, onde os detalhes prevaleciam, dentro de um período de quase 9 meses, Moisés conclui fielmente a construção deste santuário.

A obediência irrestrita de Moisés agradou a Deus, o Qual manifestou Sua presença como sinal de aprovação de tudo que Moisés e os filhos de Israel tinham feito para construir o tabernáculo de acordo com todas as ordens divinas. A nuvem, a mesma que guiava o povo no deserto, desceu e cobriu o tabernáculo! Ali estava a glória do Senhor! O texto nos diz que Moisés não podia entrar no tabernáculo, porque a nuvem estava sobre ele e a glória de Deus estava ali!

Moisés, representando a Lei, jamais poderia entrar onde a glória maior de Deus estava! Paulo nos diz que a Lei era gloriosa, mas sua glória era transitória. A sobre-excelente glória estava ali no tabernáculo! Não tinha lugar para a Lei!

Lembramo-nos de outra ocasião, bem no futuro, quando Jesus Se tabernaculou entre nós (como diz o Evangelista João no texto original – 1.14). Ele diz que viu Sua glória também. E isto no monte da transfiguração.

Mais uma vez Moisés estava presente, e mais uma vez sua imagem se dissipou diante da glória dAquele que resplandecia mais que a luz do sol! Mais uma vez a Lei se desfez diante dAquele que é o resplendor da glória de Deus!

Também no monte da transfiguração, temos a nuvem que desce sobre o Tabernáculo Vivo de Deus! Da nuvem saiu uma voz que disse aos três discípulos confusos: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo! A Ele ouvi!” (Mt 17.5). Assim como a nuvem guiava os filhos de Israel até que chegassem à terra prometida, assim também a voz de Deus nos guia em direção a Jesus.

Muitos ainda buscam a glória da lei, que está aquém de Cristo; outros, por sua vez, procuram uma glória além de Cristo, mas também em vão! Devemos compreender, de uma vez por todas, que a glória de Deus é Cristo, a beleza de tudo que há, que já houve e haverá, tem Cristo como padrão. É nEle que o Pai tem satisfação e bem faremos se também nEle estiver o nosso prazer! Que toda a glória seja para Aquele que é a Glória!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0163 - O QUE É CONHECER A DEUS

 


“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).


Conhecer, na Bíblia, tem o significado de intimidade, relacionamento íntimo. Gn 4.1 diz que Adão conheceu sua mulher e ela engravidou. José não conheceu Maria até que o menino Jesus nasceu (Mt 1.25). Ambos os textos falam de relação íntima.

Quando Jesus diz que a vida eterna é que conheçam ao único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, Ele está dizendo que a vida eterna nada mais é do que ter uma relação íntima com o Pai e o Filho. Obviamente, o relacionamento íntimo aqui é de ordem espiritual.

Dessa forma, pode parecer fácil obter a vida eterna pensando humanamente. As pessoas pensam que têm intimidade com Deus. Todavia, a Bíblia diz que o relacionamento com Deus só se dá através da fé em Cristo. Sem Cristo é impossível ter acesso a Deus, quanto mais conhecê-lo profundamente! O que você acha que significa ter um relacionamento com Deus é irrelevante. Importa apenas aquilo que a Bíblia diz.

Torna-se mais difícil ainda quando observamos que o texto diz que não é só relacionamento com Deus, mas também com Seu Filho Jesus Cristo, como enviado de Deus. Se por um lado, como já vimos, para ter um relacionamento com Deus é preciso que seja por meio de Jesus, por outro lado, somente Deus pode nos chamar a uma comunhão com o Seu Filho. Veja o que diz o apóstolo Paulo: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co 1.9).

No Dia do Juízo, muitas pessoas alegarão ter o direito de entrar no céu por terem operado milagres, expulsado demônios e profetizado em nome de Jesus. No entanto, a resposta de Jesus é a seguinte: “Nunca vos conheci” (Mt 7.23). Será que Jesus não conheceu tais pessoas? A questão é que Ele está dizendo que nunca teve relacionamento íntimo com essas pessoas.

Por outro lado, os que Ele salvou, Ele os conhece desde a eternidade (Rm 8.29). Os que de antemão conheceu são os que desde a eternidade foram alvo do relacionamento íntimo com Deus. E se perguntarmos o que deveríamos ter para que atraísse Jesus a nós, a resposta é que isso não depende de nós e sim somente do Seu querer. Ele mesmo orou dizendo: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0162 - QUANDO A REPREENSÃO É UM REMÉDIO SEM EFEITO

 


“O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio” (Pv 29.1).


A Bíblia nos informa que a repreensão é uma ação de quem deseja o bem de quem é repreendido. O salmista nos diz: “Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei” (Sl 94.12). Em Hb 12.5,6 temos a mesma perspectiva; o autor nos diz para não nos desanimarmos quando formos repreendidos pelo Senhor, porque “o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho”.

Entretanto, nem todos os repreendidos serão conduzidos de volta ao caminho da obediência. Este provérbio que lemos é uma severa advertência que mostra o drástico fim dos que insistem em sua obstinação contra a repreensão.

Um exemplo muito óbvio na Bíblia é o rei Saul. Por vezes ele se rebelou contra o Senhor, mesmo que não nos pareça tão afrontador. Já havia oferecido o sacrifício sem esperar pelo profeta Samuel (1Sm 13) e, depois de ter recebido uma ordem do Senhor para destruir totalmente os amalequitas, executou a ordem do jeito que achou melhor. O seu parecer, na sua própria opinião, era uma visão melhor que a de Deus (1Sm 15). Resultado: foi rejeitado pelo Senhor com as famosas palavras do profeta: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1Sm 15.23).

Ninguém deve ser repreendido ao bel prazer do que repreende. A repreensão tem que partir da Palavra de Deus bem interpretada e bem aplicada. Ela deve ser feita nos moldes que a Palavra ordena. Paulo nos instrui de uma maneira bem clara como isso deve acontecer no meio da igreja. Ele diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gl 6.1). No próximo versículo, ele diz que devemos levar as cargas uns dos outros para cumprirmos a lei de Cristo. Assim, vemos que a repreensão a um irmão, deve ter a intenção de ajudá-lo a levar sua carga.

Entretanto, mesmo no meio da igreja, há os que têm sua consciência cauterizada (1Tm 4.2). Essas pessoas serão repreendidas, mas serão obstinadas, mesmo tendo convicção de seu erro claramente apontado pela Palavra de Deus. Elas desprezarão os que as corrigem. Serão orgulhosas por algum motivo, seja por algum cargo que ocupam na igreja, ou por teimosia rebelde; seja por dureza de coração, ou por não ter humildade para reconhecer seu erro.

O aviso que a Bíblia dá para os tais é este: serão destruídos, quebrados repentinamente, sem que haja cura ou remédio para si. A pergunta é: até que ponto temos nos curvado para as repreensões de Deus sobre nós? Temos nos humilhado, ou como Saul, achamos que temos mais razão do que todos, até mais do que Deus?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0161 - SATISFEITOS COM A SEMELHANÇA DE JESUS

 


“Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança” (Sl 17.15).


Os homens estão sempre em busca de se parecer com alguém. Desde os que eles admiram, até os que adoram. O salmista disse no Salmo 115 que semelhantes aos ídolos são os que os fabricam e os adoram (Sl 115.8).

As pessoas admiram artistas, atletas, músicos e outros famosos de carreira, inclusive no meio cristão. Crentes querem ser semelhantes a pregadores, cantores, pastores, professores, treinadores e muito mais.

Todavia, o salmista aqui deseja apenas duas coisas, uma para esta vida e outra para a próxima. Nesta vida, ele deseja contemplar a face de Deus na justiça. Na perspectiva do NT entendemos que podemos contemplar a face de Deus na justiça de Cristo. Paulo diz que Deus “resplandeceu [a luz] em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.6). Crentes justificados andam aqui nesta vida contemplando a face de Deus em Cristo.

A segunda coisa que o salmista almeja está relacionada ao outro lado da vida. Ele diz que quando acordar estará satisfeito com a semelhança de Deus! Esta é a maior esperança do crente na nova aliança! Ser tomado da semelhança de Cristo em corpo e caráter quando ressuscitar!

O apóstolo João diz: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1Jo 3.2).

Esta é a esperança do crente. Andar na justiça de Deus aqui agora, contemplando a glória de Deus na face de Cristo e, quando acordar para a verdadeira vida, se satisfazer com a semelhança dEle! Preste bem atenção nestas definições: quem anda aqui na terra justificado por Deus é que terá satisfação na semelhança de Cristo na outra vida. Quem tem satisfação no pecado aqui agora não pode ter satisfação em se parecer com Cristo lá.

Diante desse almejo do salmista, qualquer desejo nosso de se parecer com alguém aqui na terra torna-se bastante fútil, uma vez que o que nos aguarda é aquilo que é Perfeito!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 8 de agosto de 2023

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0160 - A NOSSA PÁTRIA ESTÁ NOS CÉUS

 


“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).


O ser humano é um ser comunitário. Isso revela que ele proveio de um Criador também comunitário. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo e vivem assim nessa sociedade desde sempre. Ao criar o homem à Sua imagem e semelhança, Deus o faz para que viva assim também, com outros semelhantes, que façam suas casas, que constituam suas famílias, que construam suas cidades, que tenham relacionamentos!

Mas não relacionamento apenas entre si, senão que também com seu Criador. Por isso Deus os cria sem pecado, para que houvesse um relacionamento pleno entre Criador e criatura.

O Criador vai além e resolve habitar entre os homens. Primeiramente no tabernáculo, depois no templo e finalmente em carne e osso, na Pessoa humana de Jesus Cristo. O Verbo Se faz carne e habita entre os homens. Ao ser ascendido aos céus, Cristo não deixa de habitar com os homens, mas vai além, Ele agora habita nos homens, nos que Ele selou com Seu Espírito Santo.

Temos visto assim, que o homem foi criado para ser cidade, para ser morada, para relacionamento. Então Paulo diz que nossa cidade está nos céus, ela não está aqui. Mas os homens olham para aqui como se este fosse nosso destino final. As promessas feitas nos palanques dos templos são promessas que se cumprem aqui na terra, enchendo nossos olhos cobiçosos de desejos terrenos, porém passageiros!

Abraão é um exemplo de alguém que, mesmo sem saber das revelações mais profundas do evangelho, conseguia olhar para a cidade futura, que tem fundamentos (Hb 11.9,10). Ainda que Deus tenha prometido a ele uma cidade terrena, ele vivia nela como peregrino. Hoje Deus nos promete a cidade futura e nós queremos a atual.

Se Abraão fosse questionado por que morava em tendas, sendo que Deus tinha lhe prometido toda aquela terra, certamente ele teria uma resposta melhor do que muitos crentes que preferem as cidades terrenas, ainda que tenham uma promessa celestial...

Deus não nos chama para viver como colonizadores dessa terra, mas como peregrinos nela, pois a nossa pátria verdadeira não está aqui. Somos comunitários, mas a nossa verdadeira sociedade é celestial! Onde estão nossos olhos e para onde estão indo nossos esforços?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson