“As palavras do
perverso são emboscada mortal, mas as palavras dos justos salvam vidas” (Pv
12.6 – NVT).
Há algumas décadas surgiu no meio cristão um ensino derivado da heresia da prosperidade, chamada “confissão positiva”. Em resumo, essa heresia diz que nossas palavras têm poder. Esse ensino veio da seita chamada Ciência Cristã, fundada por Mary Baker Eddy (1821 – 1910). Ela misturou filosofia de vida com cura mental e religião. Sobre as curas, a Sra. Mary ensinava que isso nada mais era do que sua mente que era fraca, pois se você pensar que não existe doença, então você experimentará a cura. Para ela, doença e pecado não existem. São apenas desvios mentais.
Infelizmente, essa bobagem entrou nos círculos cristãos e pegou raízes. Não é difícil ouvir nos encontros, reuniões e aconselhamentos essa frase, que nossas palavras têm poder. Mas isso não passa de uma deturpação do ensino das Escrituras. Eles querem comparar nossas palavras com as palavras de Deus e dizem, muitas vezes: “Se Deus fala e acontece, e você é imagem e semelhança de Deus, o que você falar, vai acontecer também”.
Mas, deixando de lado essas tolices por ora, voltemo-nos para o que a Bíblia diz. É óbvio que ninguém pode negar o poder influenciador das palavras sobre outras pessoas. A própria Mary Baker Eddy é um exemplo disso. Suas palavras tolas influenciaram multidões que seguem sua seita até hoje, inclusive, infelizmente, entrando no meio do cristianismo.
De fato, palavras não só no sentido religioso, podem fazer mal a multidões, como palavras de qualquer natureza. Quando elas são perversas, elas encontrarão ouvidos perversos para acharem ali pousada. Porém, o maior espanto é quando pessoas ingênuas, muitas vezes caracterizadas de crentes, ouvem as palavras ímpias e as confundem com palavras salvadoras! De fato, o maior problema não está na existência de palavras perversas, mas de ouvintes infantis.
Tais ouvintes, além de darem todo crédito indevido aos falastrões maldosos, ainda rejeitam com ódio as palavras dos justos. Mas são estas que salvam vidas. Porém, como eles vão saber? Como disse Paulo, seus ouvidos têm comichão, isto é, coceira (2Tm 4.3). Só querem ouvir o que lhes satisfaz e agrada. Entretanto, são emboscada mortal! Estão caminhando para a condenação sem se darem conta disso.
Enquanto isso, as palavras dos justos estão sendo desprezadas. Não é de se admirar. Jesus disse: “Quem aceita sua mensagem também me aceita, e quem os rejeita também me rejeita. E quem me rejeita também rejeita aquele que me enviou” (Lc 10.16).
Não se iludam, meus amigos. As palavras do homem não têm
poder, porém, elas podem influenciar as mentes que não estão fundamentadas na
Palavra de Deus. Ela é a única salvação que nós temos, tanto para nos livrar
dos perversos agora, como para nos livrar da emboscada final! Você saberia
dizer se as palavras que você tem ouvido são dos perversos ou dos justos?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson