“Tanto os que iam
adiante dele como os que vinham depois clamavam: Hosana! Bendito o que vem em
nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana,
nas maiores alturas” (Mc 11.9,10)!
Na história da escravatura brasileira, entre os séculos XVII e XIX, lemos sobre um personagem conhecido como “capitão do mato”. Ele era o responsável pela repressão de pequenos delitos que aconteciam no campo. Sua principal tarefa era capturar escravos fugitivos e devolvê-los para seus senhores a troco de algum dinheiro ou sua própria liberdade.
Acontece que estes homens eram antes também escravos, viviam a mesma tragédia dos outros, eram surrados igualmente ou até em maior grau, conheciam o lado miserável da escravidão. Mas seus senhores lhes ofereciam liberdade para que eles pudessem ir ao encalço dos demais escravos que fugiam, causando prejuízos nas fazendas.
Na mesma hora, sem pestanejar, estes escravos, agora “capitães do mato” saíam em busca de seus companheiros e os surravam, torturavam e os traziam de volta a seus senhores. Nessa época, os escravos tinham muito medo de fugir, pois sabiam que muitos dos que antes eram seus amigos de sofrimento, agora se tornavam seus caçadores!
Quando o povo de Jerusalém viu a entrada triunfal de Cristo, eles gritaram “Hosana”! Esta palavra significa: “Salva-nos”. Eles gritavam a plenos pulmões que “o reino de Davi, nosso pai”, havia chegado! Mas associavam esta salvação com a libertação social do jugo do império romano. Porém Jesus disse a Pilatos que Seu reino não é deste mundo (Jo 18.36).
Como os judeus viram que a entrada de Jesus em Jerusalém não deu em nada, fizeram como esses “capitães do mato”, se viraram contra seu compatriota Jesus, O entregaram a Pilatos e o seu novo grito agora não era mais “Hosana” e sim “crucifica-O” (Jo 19.6)! Jesus não teve apenas um Judas em Sua trajetória, mas uma cidade inteira!
Essa geração de “capitães do mato” existe até hoje. Eles vão à igreja, gritam por Deus para que lhes faça aquilo que eles desejam. Querem ficar ricos, querem saúde física, querem as pompas deste mundo, o poder e a liberdade material. Mas quando não recebem, então se voltam em blasfêmias contra Deus, negam Sua existência, zombam de Sua igreja e ridicularizam Seus seguidores.
Eles não são fiéis a Deus e ao Seu povo. Por uma simples oferta satânica, se voltam contra Deus e Sua igreja; por uma aparente liberdade, cospem no rosto de Jesus e perseguem Seus irmãos. Com certeza hão de trabalhar para o anticristo no fim dos tempos.
Que não sejamos contados entre os traidores de Cristo e Seu
povo, entre os Judas daquela época e os “capitães do mato” da nossa história.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Meu Deus, tem misericórdia para permanecermos fiéis a Ti e a Sua igreja.
ResponderExcluirSim, que Deus nos ajude e tenha misericórdia de nós!
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