“Tendo Jesus falado
estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe
conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida
eterna a todos os que lhe deste” (Jo 17.1,2).
A oração sacerdotal de Jesus é a mais bela oração de toda a Bíblia, pois é ninguém menos que o Filho de Deus orando ao Seu Pai Eterno! Nesta oração, Jesus ora por Si, pelos Seus discípulos e por todos os demais que creriam nEle pela pregação de Seus discípulos.
Essa oração tem deixado muita gente confusa sobre algumas afirmações que Jesus faz ao Pai, porque não abrimos mão de nossos conceitos terrenos e queremos forçar o sentido das palavras simples que Jesus falou nesta oração, para que elas se adaptem aos nossos conceitos humanistas.
Uma fala de Jesus nesta oração inaceitável para a mente pós-moderna, inclusive de crentes, é esta do v. 2 que nós lemos. Jesus diz ao Pai que recebeu autoridade dEle sobre toda a carne. Tudo bem, até aqui ninguém discorda. De fato, Jesus recebeu autoridade sobre tudo e todos, como posterior à ressurreição Ele disse aos apóstolos: “Toda autoridade Me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). O problema que nossa geração mimada não aceita é a segunda parte do que Jesus diz no v. 2, que Ele vai conceder a vida eterna a todos os que o Pai Lhe deu!
Aqui está descartado o falso ensino do Universalismo, que prega que no fim das contas, todos serão salvos. Aqui também Jesus descarta a falsa ideia de que o homem pode sequer desejar receber a vida eterna por vontade própria, pois a afirmação de Cristo é que quem vai conceder a vida eterna é Ele mesmo. E Ele não diz que é pra quem quiser, mas somente para os que o Pai Lhe deu!
A conclusão lógica é a seguinte: se nem todos vão receber a vida eterna, segue-se que o Pai não deu todos os homens para Seu Filho, apenas uma porção deles, aos quais Ele lhes concederá a vida eterna. É isso que as pessoas não aceitam. Inventam outro significado para o que Jesus está dizendo claramente em Sua sagrada oração.
Encontramos isto facilmente no decorrer da oração do nosso Mestre. “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra” (v. 6). Aqui está claro que Jesus recebeu de Deus alguns homens do mundo, mas não todas as pessoas do mundo. Tanto que Ele diz no v. 9: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”.
Jesus nos deu a Palavra de Deus e o resultado disso é que o
mundo nos odeia, mas Deus nos ama (v. 14). Por isso Jesus diz para que Deus nos
santifique em Sua verdade, que é a Palavra (v. 17). Jesus diz ao Pai de uma
forma maravilhosa o seguinte: “Pai, a
minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para
que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação
do mundo” (v. 24). Incrivelmente, Paulo também nos diz que “nos elegeu nele antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef
1.4). Sola Gratia, Soli Deo Gloria!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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