“Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5).
A comunhão com Deus é algo muito profundo. Na verdade é um presente de Deus para nós, uma vez que o pecado rompeu com a relação que o homem tinha com seu Criador. Aqui nessa introdução à sua carta, o apóstolo João coloca 4 posturas que definem nossa comunhão.
A primeira é a postura do próprio Deus. O apóstolo diz que Deus é luz. Esta qualidade de Deus fala de Sua pureza e impecabilidade. Além disso, do fato de Deus ser puro em Si mesmo, Ele também ilumina a tudo que existe. Não há coisa alguma que possa ficar encoberta diante dos olhos do Senhor (Hb 4.13).
A segunda postura é a do que diz que tem comunhão com Deus, mas anda em trevas (v. 6). Pelo contexto (v. 7), andar em trevas significa andar em pecado. Não quer dizer uma pessoa impecável, pois só Deus é assim, como vimos que Ele é luz. Mas o apóstolo está dizendo sobre uma pessoa que diz ter comunhão com este Deus que é puro, mas o resultado de sua comunhão não é a santidade. Então isso é mentira, diz o apóstolo João. Não se pode estar ligado a Deus e não sofrer Sua influência purificadora.
A terceira postura é da comunhão mútua (v. 7). Se andarmos na luz, isto é, sob a direção da santidade de Deus. Porém, veja o resultado: não é que teremos comunhão com Deus, embora a tenhamos também. Entretanto, João destaca a comunhão mútua! Veja o contraste: alguém diz que tem comunhão com Deus e anda nas trevas. Esse tal é mentiroso. Já quem anda de fato na luz terá comunhão com seus irmãos. Em 2.10, ele diz que quem ama a seu irmão permanece na luz e sem tropeço! Foi isso que Jesus ensinou. Que seremos Seus discípulos, se tivermos amor não a Ele, embora isso também, mas primordialmente uns aos outros (Jo 13.35).
A quarta postura é a do Filho de Deus. Ele está aqui também no v. 7. Sobre aqueles que andam na luz, o Filho de Deus Se encarrega de derramar sobre eles o Seu precioso sangue, que os purifica de todo pecado! Isso é maravilhoso! Não há quem seja purificado pelo sangue do Filho de Deus que viva afastado da comunhão com seus irmãos. Isso é contrassenso! No v. 3, o apóstolo havia dito: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”.
Lembremo-nos sempre de que fomos resgatados para a comunhão.
Mas não apenas uma comunhão individual com Deus, embora ela também exista. Mas
em toda a carta, o apóstolo João enfatiza a necessidade que temos uns dos
outros. Valorize a comunhão com seus irmãos em Cristo. O apóstolo do amor vai
dizer mais tarde: “Ora, temos, da parte
dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (4.21).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson