“Bem-aventurados os
misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5.7).
A misericórdia é uma característica, antes de tudo, revelada em Deus. Enquanto que a graça fala do amor de Deus em relação ao homem pecador, a misericórdia fala do amor de Deus em relação ao homem miserável. A graça perdoa os pecados, a misericórdia livra dos sofrimentos do pecado. Duas palavras compõem este termo: miser no latim e cardia em grego, que é coração, ou seja, quando alguém coloca o coração na miséria alheia. Ninguém melhor que Deus fez isso.
De fato, Jesus atesta aqui, nas bem-aventuranças, que Deus fez isso. Ele havia dito que serão consolados os que choram copiosamente por seus pecados. Ele acabara de dizer que serão saciados os que têm fome e sede de justiça. O que é isto, senão que o indivíduo está recebendo a misericórdia de Deus?
Agora Jesus parte para o resultado natural de alguém ter sua fome e sede de justiça saciadas. E o resultado natural é que este alguém exercerá misericórdia para com os outros pecadores miseráveis como ele. A fartura de justiça deve transbordar em misericórdia para com outro miserável ao nosso lado. Alguém já disse que evangelizar é um mendigo dizendo a outro onde encontrar pão.
O exercício da misericórdia também atua na área do perdão. Um miserável que foi alcançado pelo consolo e fartura de justiça não pode negar o perdão a outro miserável, ainda que ele não tenha sido alcançado pela mesma misericórdia divina. Negar o perdão a outro pecador é exigir um direito que não temos. Pois fomos perdoados pela graça e retirados da miséria do pecado pela misericórdia. Tudo isso sem merecimento.
Se negamos o perdão ao nosso próximo, estamos cobrando um direito que não temos e então nos colocamos sub judice, isto é, debaixo do juízo de Deus, de quem dizemos que obtivemos nosso perdão. Em outras palavras, se negamos o perdão ao nosso próximo, dizemos para Deus que não precisa nos perdoar, que podemos resolver nossa dívida com Ele por conta própria. Porém, uma vez perdoados, alcançados pela imerecida graça e misericórdia divinas, então perdoar ao nosso próximo torna-se nossa obrigatoriedade.
Dessa forma é que comprovamos para nós mesmos que alcançamos
a misericórdia divina. Se você não retém a fartura de justiça apenas para você,
deseja misericórdia e exerce socorro para com seu irmão, então você é um
bem-aventurado. Não foi apenas encontrado pela misericórdia divina, como também
a alcançará dia após dia na sua caminhada cristã.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Que realmente com sinceridade e sem nenhuma hipocrisia eu, nós, possamos amar verdadeiramente o nosso próximo, e assim a cada dia sermos e termos uma comunhão verdadeira ,sólida e forte no SENHOR e claro com o meu irmão, como poderei morar eternamente com o SENHOR se não tiver uma comunhão dessa?, como alcançarei a misericórdia?
ResponderExcluirEis o desafio para o povo de Deus! Este povo foi alcançado pela misericórdia do Pai, mas raramente tem demonstrado a mesma para com seu irmão! Deus nos ajude...
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