REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0122 - O JUÍZO DE DEUS É SEGUNDO A SUA VERDADE

 

“Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas” (Rm 2.2).

O apóstolo Paulo está continuando a ideia que começou a desenvolver no cap. 1 desta carta. Ele está dizendo que o juízo de Deus é contra os que praticam tais coisas. Que coisas? Os pecados de que ele falara no cap. anterior. Vejamos alguns deles: não glorificar a Deus nem Lhe dar graças (v. 21), mudar a glória de Deus em imagem, qualquer que seja (v. 23), mudar a verdade de Deus em mentira (v. 25), desprezar o conhecimento revelado de Deus (v. 28) e, finalmente a lista de pecados nos vs. 29-32, injustiça, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contendas, etc.

Então, o apóstolo nos informa que o juízo de Deus contra tais pessoas será um juízo segundo a verdade. Aqui temos um grande problema (para o homem, é claro). Porque o homem relativizou a verdade. O homem subjetivou o conceito de verdade, relegando-o a um mero sentimentalismo. Verdade deixou de ser a realidade para ser aquilo que o homem sente ou acha que é. Por isso, essa informação do apóstolo Paulo é um problema para a humanidade. Porque Deus não julgará o homem de acordo com o que o homem acha; a verdade padrão que Deus usará no Seu santo juízo não é o sentimentalismo humano e sim Sua Palavra.

Alguém pode argumentar que nem todos tiveram acesso à Palavra de Deus. Todavia, Paulo rebate esse argumento, dizendo que os que não têm lei, quando agem de acordo com a lei, eles servem de lei para si mesmos (v. 14). Eles mostram que Deus gravou a norma da lei no coração de cada indivíduo (v. 15). É por isso que a consciência acusa ou defende alguém, mesmo que este alguém não conheça a vontade escrita de Deus. Dentro dele já existe a lei gravada.

Então, Paulo diz no cap. 2.12: “Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados”. O que ele está dizendo é que todos os que pecaram serão condenados, seja sem lei ou com ela. E o padrão pelo qual Ele julgará os homens é esta verdade estabelecida por Ele. Tanto a que Ele revelou por escrito, seja na antiga ou na nova aliança, quanto a que Ele gravou no interior de cada ser humano.

Não adianta fugir da verdade de Deus. Ainda que o mundo em que vivemos seja relativista quanto à verdade, entretanto, essa fuga contraditória não livrará ninguém no Dia do Juízo Final. Digo contraditória, porque a própria frase “a verdade é relativa”, se for aceita, ela também é relativa, então não pode ser verdade; se for considerada como não relativa, então essa frase é uma verdade absoluta, o que contradiz e destrói a si mesma.

Os padrões de verdade da sociedade mudam e se deslocam para a conveniência do pecado do ser humano. No entanto, Deus não muda. Para Ele Sua verdade sempre é a mesma e sempre será. E é por ela que Ele haverá de trazer juízo sobre tudo e todos!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson