“Havendo, pois, o
sacerdote examinado, se a inchação da praga, na sua calva ou antecalva, está
branca, que tira a vermelho, como parece a lepra na pele, é leproso aquele
homem, está imundo; o sacerdote o declarará imundo; a sua praga está na cabeça.
As vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e os seus cabelos
serão desgrenhados; cobrirá o bigode e clamará: Imundo! Imundo” (Lv 13.43-45)!
Triste era a situação de alguém com alguma doença dermatológica na sociedade israelita antiga. Longe de qualquer recurso, no meio de um deserto, sem avanço medicinal e sem medicamento, a única opção era marginalizar o doente, com qualquer que fosse seu problema na pele, até que alguma providência divina o curasse, ou ele seria definitivamente excluído da aldeia social.
Além de ficar completamente segregado da sociedade, o doente era chamado leproso e sua obrigação era gritar “Imundo! Imundo!”, assim que visse alguém, a fim de que aquela pessoa não se aproximasse dele e também fosse contaminada pelo contato físico, qualquer grau que fosse.
Esta era uma das formas de Deus declarar e ensinar Sua santidade ao Seu povo. A frase chave do livro de Levítico é exatamente essa: “Sede santos, porque Eu sou santo” (11.45). Deus mostrava Sua pureza e santidade através de coisas visíveis, como proibir ou permitir certos animais como alimentos, chamando-os de puros ou imundos; proibir as pessoas de participar das coisas sagradas quando estavam em seus fluxos, seminais ou menstruais; considerar pessoas impuras quando tivessem contato com cadáveres, etc. Assim, o povo foi aprendendo sobre a santidade de Deus.
Assim também o pecado manchou a nossa alma, como uma lepra incurável e ficamos afastados do arraial de Deus. Nosso destino era viver eternamente isolados de Deus, pois Ele é santo e nós somos contaminados pelo pecado. Mas Jesus, como Sacerdote de Deus, Se ofereceu em sacrifício por nós, para nos limpar da sujeira do pecado e, ao nos avaliar, não por nossas obras, mas pelo Seu perdão, Ele vê que não temos mais a nódoa da iniquidade sobre nós e nos recebe na família de Deus.
Ele nos deu Suas vestes de justiça e, ao invés de gritarmos
que somos imundos, fazemos como aqueles leprosos que se encontraram com Jesus “que ficaram de longe e lhe gritaram,
dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós” (Lc 17.13)! Sim, por Sua
compaixão, Ele nos livrou da mancha da alma, a qual nenhum isolamento, nem
sequer a melhor medicina deste mundo poderia purificar. E agora limpos, podemos
participar da família de Deus, podemos ter convicção que “antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis
alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.10).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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