“Responder antes de
ouvir é estultícia e vergonha” (Pv 18.13).
A humanidade sempre procura inovar as eras de sua existência com novidades e revoluções em todas as áreas, acreditando no potencial do homem para encontrar sua busca infinita da realização e da paz. Novos métodos surgem a cada era, contrariando métodos anteriores, que em sua época eram considerados importantes e necessários. Nisso, a busca do ser humano jamais tem fim pelo fim que ele tanto almeja.
Um método atualmente utilizado na didática de nosso país afirma que o professor não deve impor seu conhecimento ao aluno, mas ser um facilitador das ideias do mesmo, pois podemos aprender uns com os outros. Não resta dúvida de que realmente aprendemos uns com os outros, independente do nível ou grau de instrução formal de cada um. Entretanto, para que alguém aprenda de fato sobre um determinado assunto, ele precisa primeiro ouvir sobre aquilo. Ninguém deixa seu filho crescer à solta, para que posteriormente venha aprender alguma coisa com ele. Pelo contrário, até para que nosso filho nos ensine algo posteriormente, foi antes necessário que nós o ensinássemos até mesmo a se comunicar, visto que nada se aprende sem a comunicação.
Este método atual fere o princípio bíblico lido aqui. Responder antes de ouvir não é só tolice como também vergonha. Não se pode opinar acerca de algo que não se conhece. Não há como desenvolver um senso crítico sobre um assunto que não se sabe como se originou e qual sua intenção ou propósito. Mas é assim que tem sido distribuído o conhecimento nas instituições de ensino atualmente. Não de se ensinar sobre a disciplina, mas querendo saber a opinião de cada um sobre determinado assunto, do qual, na maioria das vezes, ninguém tem conhecimento algum e, quanto mais revolucionária for a opinião, mais aplaudida ela será.
Toda a Bíblia nos mostra que o ensino era para ser inculcado na mente das crianças, “falando” dele em todo e qualquer lugar, “escrevendo” onde pudesse ser visto para ser lembrado (Dt 6.6-9). Não era perguntando o que a criança achava da lei de Deus. Mas era falando o tempo todo dessa lei até a criança gravar e sujeitando os filhos aos ensinos desta lei para que eles fossem abençoados. Assim também o livro de Provérbios sempre repete a admoestação: “Filho, ouve o conselho de teu pai” e outros termos parecidos.
O próprio evangelho foi trazido à humanidade em termos de proclamação. As pessoas devem ouvir o evangelho e não opinar sobre ele. Elas devem ouvir antes de falar. O apóstolo Paulo nos mostra que o discurso de quem não entende do que fala é coisa de falsos mestres. Ele diz: “pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1Tm 1.7). E Tiago nos diz: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg 1.19).
O mundo pode mudar seus métodos (e aliás, deve mesmo mudar,
uma vez que nenhum deles está certo), mas a Palavra de Deus permanece imutável.
E com ela finalizo, usando uma mensagem de Paulo a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de
muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para
instruir a outros” (2Tm 2.2).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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