“Ai daquele que
contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos.
Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem
alça” (Is 45.9).
Isaías viveu mais de 150 anos antes de Ciro, o rei da Pérsia que libertou os judeus do cativeiro. No entanto, Deus usou esse profeta para dizer exatamente como isso se daria e ainda citou o nome do rei, um século e meio antes dele nascer! Ciro não libertou os judeus por iniciativa própria. Sua vontade foi dirigida e determinada por Deus. Vejamos bem os detalhes de como Deus iria agir.
O v. 1 diz que Deus o tomaria pela mão direita. Ele abateria nações e descingiria os reis, mas Deus era quem faria isso, Deus é quem abriria portas para que ele fizesse isso. O v. 2 diz que Deus é quem iria adiante dele, abrindo os caminhos tortuosos, quebrando as portas de bronze, despedaçando os ferrolhos de ferro. O v. 3 diz que Deus é quem daria a ele os tesouros escondidos e as riquezas encobertas. O propósito disso é para que ele soubesse que Deus era o verdadeiro Deus, o Deus de Israel.
O v. 4 diz que Deus o chamaria pelo nome e lhe daria sobrenome (ungido [Messias], um prelúdio de Cristo – que honra!), por causa de Seu amor para com Seu povo eleito, ainda que Ciro não fosse um salvo (o texto diz “ainda que não me conheces” – conhecer, na Bíblia, quer dizer relacionamento íntimo). O v. 5 diz que o Senhor cingiria a Ciro, ainda que este rei não tivesse um relacionamento íntimo com Deus, para que, de acordo com o v. 6, todos de todos os lugares da terra soubessem que o Senhor é Deus e que não há outro!
Geralmente, quando Deus Se apresenta dessa forma, surgem os questionamentos pecaminosos. A resposta de Deus começa aí no v. 9 para os questionadores: “E não passa de um caco de barro entre outros cacos”. Penso que não seja uma resposta agradável. É meio humilhante... Deus responde mais nos vs. 11,12: “Quereis, acaso, saber as coisas futuras? Quereis dar ordens acerca de meus filhos e acerca das obras de minhas mãos? Eu fiz a terra e criei nela o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens”.
Mais tarde, o apóstolo Paulo também fala sobre a soberania intocável de Deus e, prevendo que alguns também questionariam, ele já antecipa a resposta: “Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra”? (Rm 9.18-21).
Se queremos ser sábios, cantemos com o profeta Isaías nos
vs. 15-17: “Verdadeiramente, tu és Deus
misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador. Envergonhar-se-ão e serão confundidos
todos eles; cairão, à uma, em ignomínia os que fabricam ídolos. Israel, porém,
será salvo pelo SENHOR com salvação eterna; não sereis envergonhados, nem
confundidos em toda a eternidade”.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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