“Por aquele tempo,
exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém
conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a
quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.25-27).
Mateus começa essa fala dizendo “por aquele tempo”. Que tempo? Voltemos ao v. 20. Ali diz: “Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido”. Foi no tempo em que Jesus passou a increpar, ou seja, censurar as cidades nas quais Ele havia operado milagres, o fato de que tais cidades não se arrependeram.
O que Jesus impropera, lança em rosto, joga na cara daquelas cidades é que, se em outras cidades onde Ele não foi, Ele tivesse ido, tais cidades teriam se arrependido (v. 21). Impressionante é que Jesus sabia que tais cidades teriam se arrependido. Isto é um subjuntivo, uma possibilidade. Este fato não aconteceu, mas se tivesse acontecido, Jesus sabia seu resultado. E este conhecimento do fato subjuntivo em Jesus era um conhecimento real. A pergunta que fica é: se Deus salva porque prevê o arrependimento das pessoas, então por que Jesus não foi àquelas cidades que Ele previu que se arrependeriam?
A resposta está nesta curta oração de Jesus. Ele diz aqui que o Pai, Senhor do céu e da terra, ocultou “estas coisas” aos sábios e instruídos. Que coisas? Estas coisas da revelação do conhecimento de Deus que Ele diz no v. 27. Jesus está dizendo que o conhecimento do Pai e do Filho está em Sua decisão e não no querer do homem. Jesus diz que o homem só pode conhecer o Pai se o Filho O quiser revelar. E é evidente que Ele não quis revelar Deus para as cidades citadas nos vs. anteriores (Tiro, Sidom e Sodoma)! A revelação do Pai e do Filho não vem pela instrução ou vontade humana, mas somente se o Filho quiser revelar.
Se alguém pergunta “por que seria desse jeito”? Jesus responde no v. 26: “Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado”. As coisas são desse jeito porque o Pai assim o quis. Não é, obviamente, uma resposta que satisfaz a curiosidade perniciosa do homem, mas Deus não está aqui para satisfazer nossas curiosidades, principalmente quando elas questionam Sua soberania. Ele está aí desde sempre para fazer apenas aquilo que Ele mesmo deseja (Sl 115.3).
Agora imagina quantas cidades poderiam ter-se arrependido, caso vissem a Cristo, ou dEle ouvissem falar... no entanto, foi do agrado do Pai que isso não acontecesse! Incrível! Assim como também foi da vontade do Pai que muitas cidades que viram Jesus ou escutaram a Seu respeito O rejeitassem, a fim de que sua condenação no Dia do Juízo fosse mais rigorosa! Não foi isso que Jesus jogou na cara de Cafarnaum? “Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo” (Mt 11.24).
Se você ou sua cidade ouviram falar de Jesus e nEle creram, então considere-se um bem-aventurado, pois foi do agrado do Pai esconder estas coisas dos entendidos e revelar a você. Agradeça a Cristo Jesus, pois você foi um dos que Ele quis revelar o Pai a fim de que você conhecesse e desfrutasse de Sua graça salvadora! Mas se você rejeita a Jesus e Suas palavras, então seu sofrimento no inferno será pior do que seria se você não O conhecesse!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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