Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0486 - O MANDAMENTO DA ALEGRIA

 


Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp 4.4).

A sociedade ocidental é fortemente marcada pela ondulação de seus sentimentos, principalmente nas últimas décadas. Somos propensos e inclinados por nossas emoções e, aqueles que têm a natureza de demonstrá-las, acabam se tornando mais saudáveis do que os que as escondem (falando psicologicamente). Frequentemente ouvimos conselhos do tipo: “ponha todo seu sentimento para fora, seja raiva, alegria, se for tristeza, chore”, coisas assim.

Por sermos guiados por nossas emoções, raramente conseguimos entender quando a Bíblia prescreve mandamentos acerca delas. Como podemos controlar nossas emoções, se somos movidos o tempo todo por elas? Mas, de modo incrível, é isso que diz a Bíblia. Alegrar-se é um mandamento! E, estranhamente, no grego, ainda está na voz ativa, quando, em geral, esse tipo de imperativo para si mesmo, costuma estar na voz média, quando uma ação é feita de mim para mim mesmo.

As implicações disso são sérias para nós, como cristãos. Primeiro, porque, como estamos vendo, devemos empenhar um domínio da nossa obediência consciente sobre nossos sentimentos. Afinal, se, por um lado, se alegrar é uma emoção, por outro lado, sentir isso é uma ordem bíblica. Parece ser um ato da consciência sobre o sentimento, da razão sobre a emoção. Segundo, porque, se é um mandamento bíblico, desobedecê-lo constitui-se em pecado!

A mente humana (não só a ocidental, mas esta principalmente) achará isso uma completa loucura! Surgirão as confusões que nossos pensamentos limitados começam a produzir: “Então é pecado ficar triste?”, ou: “Eu não tenho domínio sobre meus sentimentos”. Mas a Palavra de Deus não deve ser desconsiderada por causa da nossa incapacidade. Somos acostumados a nos esquivar de certas responsabilidades por nos considerarmos incapazes. Deus não aceitará a desculpa da nossa impotência para justificar nossa desobediência. Ele não transige com Sua lei santa e justa.

O segredo do mandamento está no seguinte: no objeto da nossa alegria, a saber, o Senhor Jesus Cristo. Paulo diz: “Alegrai-vos no Senhor”! Eis aí está a razão pela qual Deus não aceitará a nossa desobediência a este mandamento. Pois Ele não está ordenando que sejamos alegres por estar sorrindo ao vento sem nenhuma razão. Ele não está dizendo que devemos sair por aí pulando pelos jardins de Dom Quixote, assoviando e catando flores. A razão da nossa alegria, de obedecer a este mandamento é o Senhor Jesus!

Este é o ponto onde quase todos os crentes falham! Sua alegria está nas circunstâncias que lhes envolve. Se tudo vai bem, ou conforme sua visão acha que é bom, então eles estão alegres. Basta uma adversidade para que rosto fique retorcido e o coração amargurado! Não! O mandamento é que, ainda que estejamos na pior das situações, se Cristo é meu maior amor, então serei alegre, pois minha alegria está em uma Pessoa Perfeita e não em momentos passageiros!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0485 - DEUS FEZ ALGO TORTO?

 


Atenta para a obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que ele fez torto?” (Ec 7.13).

A tendência natural de quem lê este versículo, ou algum outro questionamento feito no livro de Eclesiastes, é sair afirmando por aí que a Bíblia diz que “Deus escreve certo por linhas tortas”, ou afirmar que Deus fez algumas coisas realmente tortas. Mas não é isto que o autor está dizendo. Torto aqui é a coisa na perspectiva como nós a vemos e não como Deus a vê.

Ele vem falando o capítulo inteiro e vai continuar falando depois sobre algumas coisas que o ser humano considera em seu coração, quando, na realidade, deveria considerar outras. Ele diz que a casa de luto é melhor que a casa de festa (v. 2) e ali deveriam os homens aplicar seu coração; ele diz que a mágoa é melhor que o riso (v. 3), porque um rosto mais experiente torna o coração melhor; ele diz que é melhor ouvir a repreensão do sábio do que a canção do tolo (v. 5), enfim, o sábio Salomão mostra que a perspectiva deve ser diferente daquilo que costumamos.

No v. 14, ele diz que a pessoa pode aproveitar a prosperidade, mas deve considerar os dias de adversidade, pois Deus é quem faz ambos os tempos para que o ser humano não confie demais no tempo bom. Em outras palavras, o sábio quer nos dizer que quando estamos em prosperidade, gostaríamos que assim fossem todos os nossos dias. E quando nos advêm as desventuras, logo julgamos que Deus fez alguma coisa torta.

Esta, portanto, é a lição do v. 13. Ninguém pode ajustar aquilo que vê como torto, pois o que está torto, na verdade, é o nosso modo de enxergar e não aquilo que Deus fez. Aliás, o sábio encerra este capítulo, dizendo que “Deus fez o ser humano reto, mas ele se meteu em muitos problemas” (v. 29 – NAA). Então, o problema não está em Deus e sim no homem, suas astúcias e suas consequências. Como se diz: o homem gosta de errar, só não gosta que dê errado.

Mas a verdade é que Deus pouco Se importa também com o feedback do homem a Seu respeito. Se o homem acha que isto ou aquilo está torto, ou questiona por que Deus deixa que fique assim, essas coisas, isso para Deus não Lhe atinge. Ao contrário, o homem é quem deveria estar preocupado com o que Deus acha dele. Afinal, o feedback do Criador é perfeito, assim como Ele. Quando Ele olhava para as coisas que havia criado, Ele via que era bom!

Seria bom para a humanidade olhar para sua conduta e verificar que ela está realmente torta e cada vez mais distante daquele a quem ela há de prestar contas. Ela deveria recorrer ao único que é capaz de endireitar aquilo que o homem fez torto e continua fazendo. Jesus, Ele é o único que viveu retamente e assumiu nossa tortuosidade na cruz do Calvário para que nós fôssemos ajustados diante da santidade do Pai.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 1 de dezembro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0484 - INVESTIMENTOS FUTUROS

 


Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz” (Pv 27.1).


O ser humano é, dentre outras coisas, um ser presumido. Ele acha que pode realmente ter domínio absoluto sobre sua vida e, por vezes, inclusive, sobre a vida alheia. O planejamento do homem abarca dias futuros, meses futuros, anos futuros e até mesmo gerações futuras. Frequentemente ouvimos cientistas e pesquisadores dizerem como estará o mundo daqui a 50 ou 100 anos.

Por um lado, isso pode trazer à lembrança que o homem foi criado realmente para não morrer. Deus é um Deus de vida, a morte é uma intrusa em Sua criação (claro, não estamos aqui considerando os decretos e a onisciência de Deus). A morte, como salário do pecado, veio revelando a terrível mancha que o pecado trouxe à pintura da arte divina. Então, quando o homem faz planos para o futuro, isso pode indicar que ele esteja fazendo aquilo que lhe seria natural, caso não tivesse pecado.

Entretanto, por outro lado, não podemos nos esquecer desse terrível evento chamado Queda! Ela trouxe, além da mancha na arte divina, a morte como um limite inexorável para cada coisa criada no mundo material. Trata-se do limite da morte, a qual é democrática, vem sobre todos sem questionário e sem currículo. Isto é o que temos que considerar quando nossos planos estão a todo vapor em nossa mente projetora.

A presunção do homem chega ao ponto de ele se gabar do amanhã. Ele desconsidera que Deus estabeleceu um livro para cada um de nós com páginas contadas, mesmo antes de nós nascermos (Sl 139.16). Por mais que quiséssemos, jamais conseguiríamos acrescentar a esse livro uma página sequer (Mt 6.27). Por isso, Jesus diz que não devíamos nos inquietar pelo dia de amanhã. Cada dia já basta que ele carregue seu próprio mal (v. 34).

Tiago nos ensina o seguinte acerca desse assunto: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna” (Tg 4.13-16).

Claro que não há proibição em investir, em cuidar, em prevenir, em angariar para um futuro. Prudente é aquele que assim o faz. Mas o perigo é que sempre confiamos nisso e disso presumimos. Qualquer noite dessas pode ser que venhamos ouvir aquela voz: “Esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.20). E aí?

Só existe uma coisa que nós sabemos sobre o amanhã. Que “importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Co 5.10). Isso é inescapável tanto para vivos, como para mortos! Enquanto estivermos aqui, neste corpo perecível, nossos planos para o amanhã, nosso trabalho, nossos diplomas, nossa família, nossos investimentos, tudo isso não passa de uma vela acesa ao vento.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson