“Mas, se a nossa
injustiça evidencia a justiça de Deus, que diremos? Seria Deus injusto por
aplicar a sua ira? Falo em termos humanos. É claro que não. Do contrário, como
Deus julgará o mundo?” (Rm 3.5,6).
Não há nenhum mandamento que proíba Deus de trabalhar com o bem ou com o mal. Sendo assim, Deus é livre para mexer com o mal tanto quanto é livre para mexer com o bem. Nós sim, somos proibidos por Deus de trabalhar com o mal, portanto, quando o fazemos, então pecamos e somos justamente punidos por isso. Já esse caso não se aplica a Deus. Ele trabalha com o que quer e da maneira que quer.
Uma vez Deus ordenou a Jonas que pregasse em Nínive sobre a destruição daquela cidade. Como sabemos, o profeta fugiu para o lado oposto, indo de navio para Társis, provavelmente localizada no que hoje é conhecido como o sul da Espanha. Como conhecemos a história do livro deste profeta, entendemos, ao final, que Deus queria salvar aqueles ninivitas. Deus disse que teve compaixão deles (Jn 4.11), portanto, eles foram salvos. O próprio Jesus testemunhou a salvação de tais ninivitas (Mt 12.41).
Jonas seria castigado por sua desobediência. Tal rebeldia quase lhe custou a vida. Só não foi assim porque Deus queria que ele mesmo, Jonas, proclamasse a mensagem a qual ele se recusava a proclamar. Foi lançado ao mar, foi engolido por um grande peixe (provavelmente uma baleia mesmo, visto que na época, a observação do autor era limitada por uma abordagem científica mais restringida). Vomitado na praia (não de Nínive, pois ali não havia praia), ele percorreu cerca de 800 km a pé para ter que cumprir sua missão.
No entanto, Deus, apesar de ter punido Jonas por seu pecado de rebeldia, usou de forma soberana e gloriosa a desobediência de Jonas para salvar marinheiros estrangeiros! Diante da tempestade incessante, aqueles homens perguntaram a Jonas sobre sua procedência. Ao dizer que era servo do Deus que criou todas as coisas, Jonas fez cair temor sobre as consciências daqueles marujos. Pediu então que eles o lançassem ao mar e a sua fúria cessaria.
Reticentes, assim o fizeram e, ao perceberem que de fato tudo se acalmou, aqueles homens temeram muito ao Senhor, ofereceram sacrifícios ao Senhor e fizeram votos! O autor aqui quer nos fazer convictos de que tais marinheiros foram salvos! Ele usa o nome sagrado de Deus para dizer “Senhor”! É o nome da aliança, mais pronunciado (ou evitado) como Yahweh!
Na desobediência de Jonas, Deus salvou alguns marinheiros.
Na obediência, Deus salvou centenas de milhares de ninivitas! Mas será que
podemos então usar o pecado como desculpa para que Deus manifeste Sua glória?
Paulo responde assim: “E, se a minha
mentira faz com que aumente a verdade de Deus para a sua glória, por que ainda
sou condenado como pecador? E por que não dizemos, como alguns caluniosamente
afirmam que o fazemos: ‘Pratiquemos o que é mau, para que nos venha o que é
bom’? A condenação destes é justa” (Rm 3.7,8). Não arrisque.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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