“E você, meu filho
Salomão, reconheça o Deus de seu pai, e sirva-o de todo o coração e
espontaneamente, pois o Senhor sonda todos os corações e conhece a
motivação dos pensamentos” (1Cr 28.9 – NBV).
Quando o rei Davi estava prestes a passar o trono para seu filho Salomão, ele reuniu os príncipes do seu país, líderes de todas as áreas, explicou-lhes o motivo pelo qual ele mesmo não poderia construir um templo para Deus, pois havia sido um homem de guerra e muitas mortes e ali, na frente de todos, ele chamou seu filho Salomão para uma responsabilidade. Ele haveria de construir o templo para Deus, mas Davi precisava lhe dizer algumas coisas.
Dentre várias coisas que Davi instruiu seu filho na presença de todos os líderes de Israel, uma delas foi que Salomão deveria servir a Deus com o coração completo e de forma espontânea. Outras versões dizem “alma voluntária”. A voluntariedade de alma no serviço a Deus deveria ser uma marca registrada na vida de Salomão. E não é diferente conosco.
É certo que servir a Deus também é uma obrigação. Tanto que existe a forma correta de servi-lo. Davi diz aqui que é “de todo o coração”. Deus mesmo disse por Jeremias que quando Ele fosse buscado de todo o coração, Ele seria achado (Jr 29.13). Jesus disse à mulher samaritana que para adorar a Deus deve ser em espírito e em verdade (Jo 4.24). Paulo disse que devemos cultuar a Deus de modo lógico (Rm 12.1). Portanto, se há regras para a adoração verdadeira, segue-se que adorar é uma obrigação.
Porém, o que mais falta hoje, além de se entender e obedecer às regras da adoração, é a adoração espontânea. E com isso não estamos falando daquele louvor que fica repetindo por vezes extremamente cansativas os versos finais de uma canção, ou quando um ministro de louvor fica meia hora cantando coisas que ele não ensaiou. Não, não é isso que Davi chama de adoração espontânea.
A espontaneidade que ele exigia de Salomão e certamente Deus exige de Seus adoradores, é aquele coração realmente voluntário, que serve a Deus porque gosta. O fato de existir uma obrigação para adorar não retira do verdadeiro adorador o espírito voluntário. Não é porque ele é obrigado que ele não gosta. Ao contrário, ele adora a Deus por ambas as coisas, por obrigação e por devoção.
A adoração vai muito além do louvor, vai além de algumas
poucas horas em um templo. A espontaneidade vai além de alguns balbucios na
hora do cântico. A adoração espontânea flui de um coração que foi transformado
pelo evangelho lá no início de sua caminhada cristã. Se não foi lá, então que
seja agora. Mas, assim que houver essa transformação de alma, o coração que
antes só fazia as coisas obrigatoriamente, agora caminha por uma trilha de
comunhão e isso o torna voluntário.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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