“É por isso também que vocês pagam impostos, porque as autoridades são ministros de Deus, atendendo constantemente a este serviço” (Rm 13.6 – NAA).
Em uma nação como a nossa, onde a corrupção está no DNA da sociedade, falar sobre pagamento de impostos é algo extremamente delicado. A guerra declarada entre o Estado, que cobra os impostos, representado por suas administrações, seja da união, dos estados, ou dos municípios, e do outro lado o contribuinte, tanto pessoa física como jurídica, é uma guerra que até seria engraçada se não fosse cruel.
O Estado cobra os impostos mais diversos e caros do mundo! Em nosso país é um verdadeiro malabarismo sobreviver, economicamente falando, seja como empreendedor ou como trabalhador empregado. Esta cobrança exorbitante e injusta deveria ter pelo menos uma aplicação de retorno aos direitos da sociedade, pois onde há direitos de uma parte, deve ser lógico que haja dever da outra. Sendo assim, o Estado não cumpre de forma honesta com seu dever.
A consequência disso é que a sociedade reage da mesma forma. Se o Estado não devolve os benefícios à nação daquilo que ele cobra obrigatoriamente dela, então a primeira coisa que vem à mente das pessoas é burlar. O Estado amplia sua fiscalização de forma cada vez mais rigorosa para evitar a sonegação, mas ainda continua sem devolver à sociedade os benefícios de que ele se tornou obrigado quando a obrigou a pagar os impostos! É uma cadeia de esperteza sem fim. O Estado pesa sobre a nação e a sociedade tenta burlar o Estado.
Isto acontece das mais diversas formas, de modo que o peso maior fica com o consumidor final. Empresas que são oprimidas pelo Estado acabam cobrando mais caro pelo serviço ao consumidor. Este, ao se sentir lesado, pois a corda arrebenta brutalmente para o seu lado, resolve cometer o furto, pagando menos por um serviço ilegal executado por pessoas também revoltadas contra o sistema, mas que também são oportunistas, ganhando ilegalmente para oferecer um serviço pelo qual não paga imposto.
A desculpa sempre é a mesma. O Estado “rouba” quando cobra altíssimos impostos, as empresas “roubam” quando cobram caríssimo pelos serviços, então o que o indivíduo irá fazer? Ele irá obter o serviço de forma ilegal, pois lhe sai mais em conta do que ser honesto. Enfim, o indivíduo também usufrui de certos serviços sem pagar o quê e a quem é devido. Se é errado o Estado oprimir com seus impostos, e mesmo assim ele o faz, por que seria errado a gente sonegar? Logo pensamos que não somos obrigados a manter a caríssima máquina estatal com sua opulência a troco de uma nação em miséria.
Porém, o crente, apesar de dever falar contra isso, se opor à opressão funesta do Estado sobre a sociedade em que vive, não pode fazer o mesmo que o mundo faz. Deus cobrará daqueles que receberam dEle a autoridade e foram abusivos. Mas Deus também cobrará do crente que reagiu à opressão de modo furtivo e roubador. Paulo finaliza: “Paguem a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rm 13.7 – NAA). O resto é com Deus!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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