“Devem ser
considerados merecedores de pagamento em dobro os presbíteros que presidem bem,
especialmente os que se esforçam na pregação da palavra e no ensino. Pois a
Escritura declara: Não amordace o boi quando ele pisa o trigo. E, ainda: O
trabalhador é digno do seu salário (1Tm 5.17,18).
Diante do cenário escandaloso financeiramente em que a igreja se encontra em nossos dias, a questão do salário pastoral soa como um grande problema para as pessoas, inclusive crentes. O mau uso da Escritura, a venda da fé, as promessas com barganha e muitos outros métodos usados por falsos pastores têm diluído a confiança neste próprio cargo que envolve a função pastoral.
Entretanto, não é porque uma doutrina bíblica é deturpada pelos falsos que ela tenha que deixar de existir. Os falsos são isso mesmo, falsos, e por causa deles não se pode extinguir o que a Bíblia diz sobre o que quer que seja, pois senão, teríamos que abolir tudo sobre o que ela diz, uma vez que não é só isso que eles corrompem.
Excetuando-se alguns casos em que o presbítero (ou pastor) já tenha seu trabalho e nele continue, mesmo pastoreando uma igreja, ou quando uma igreja está iniciando, não tendo assim recursos para assalariar seu pastor, o NT é muito claro sobre o pagamento merecido pelo trabalho pastoral. Nos versículos lidos, Paulo está ensinando que um presbítero deve ser considerado digno de dobrados honorários, especialmente se ele se esforça na pregação e no ensino.
Então, ele cita a Escritura para provar sua doutrina. Tanto a lei como o evangelho são chamados como testemunhas aqui por Paulo para embasar seu ensino sobre esse assunto. Ele cita Dt 25.4 e explica esse texto da lei em 1Co 9.9: “Porque na Lei de Moisés está escrito: Não amarre a boca do boi quando ele pisa o trigo. Por acaso Deus está preocupado com bois?”. E no v. 10 ele responde: “Será que não é certamente por nossa causa que ele está dizendo isso? É claro que é por nossa causa que isso está escrito”.
Chamando os Evangelhos como testemunhas de sua doutrina, Paulo cita Mt 10.10 e Lc 10.7, onde Jesus é quem diz que o trabalhador é digno do seu salário. Em geral, o argumento de quem é contra que pastor seja assalariado é que naquela época eles não recebiam em dinheiro e sim em alimentos. Esse argumento é tão patético, que nem merece uma resposta! Mas, para descer ao nível de tamanha tolice, respondemos o que qualquer criança sabe: o que era o denário naquela época, o que era o estáter, o que era o siclo, o que era o talento, senão moedas de pagamento, tributos, investimentos financeiros, etc.? Aliás, o que era o amor ao dinheiro, que Paulo condenava? Era o amor ao arroz e à lentilha?
Ao pastor, porém, cabe uma advertência. Seja aplicado à
Palavra, ao ensino e à direção de uma igreja. Caso contrário, você não é digno
de nada, a não ser que coloque humildemente alguém em seu lugar que faça o que
a Bíblia ordena e você não faz. Quanto aos membros, não amordace seu pastor.
Ele não é boi que debulha trigo, mas um fiel servo ao jugo de Cristo que
alimenta sua alma!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém 🙏
ResponderExcluirAmém.
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