“Mais me alegro com o
caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas ” (Sl 119.14).
A comunhão com Deus, o Criador, é a essência da vida humana. O ser humano veio de Deus, tanto em sua forma física, pois foi feito pelas mãos de Deus e não ordenado que viesse à existência, como também em sua forma espiritual, pois recebeu o sopro divino em seu aparelho respiratório e com isso lhe veio também a alma. Os animais, por exemplo, ao serem criados por Deus, foi dada uma ordem à terra para que os produzisse e, assim feito, eles surgiram respirando, vivos, mas sem uma semelhança com o Criador.
Com o homem foi diferente. Ele foi feito por Deus em corpo e alma. Pelas mãos de Deus (corpo) e pelo sopro de Deus (alma). Toda criação tem a patente da voz divina, mas o ser humano tem sua arte manual. A criação demonstra o poder da Palavra de Deus e o homem demonstra o poder da relação. Deus poderia dizer: “Produza a terra um ser humano que se reproduza conforme a sua espécie”, e assim seria. Mas então não carregaria em si a imagem do Criador.
É por isso que o homem é um ser emotivo, racional e volitivo. Ele tem sentimento, pensamento e vontade. Ele pode ser impulsivo, lógico e decidido. Enfim, tais características revelam que, ao contrário dos animais, que não podem sequer admirar a beleza de seu habitat, o ser humano não só se maravilha com a natureza, como também fala sobre ela, além de viver dela.
Todavia, por mais que isso seja espantoso sobre o homem, não é sua relação com a natureza que o completa. Deus não o criou para se completar em outras coisas criadas, mas no Criador. Nós sabemos que o pecado arruinou em grande medida essa capacidade da relação do homem com seu Criador, a ponto de muitos atribuírem a existência da criação ao acaso e negarem o próprio que criou tudo e todos. O pecado nos tornou ingratos e egoístas. Paulo diz que os homens “tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” (Rm 1.21).
Assim, o triste episódio da história humana é este, milhares de pessoas incompletas, procurando naquilo que lhes é inferior o complemento para sua felicidade perdida... Não tem como encontrar. O que nos foi tirado pelo pecado foi a semelhança com Deus e é nEle que temos que encontrar isso de volta e não nas coisas criadas. O que perdemos foi do que é superior a nós e não do que é inferior a nós. Por isso que essa busca pelas coisas de baixo não podem completar. Sempre sentiremos que nos falta alguma coisa.
A grande desilusão é porque perdemos a comunhão com nosso
Criador. Fomos embora da casa do Pai sem nos despedir e deixando para trás um
rastro de covardia e traição. Algo está faltando e todo mundo sabe disso. Tal
como o filho pródigo, a felicidade dura um pouco de tempo enquanto temos saúde
e dinheiro, mas com a chegada da escassez, doença e velhice, lembramos que
traímos o Pai e a solidão bate novamente. É por isso que o homem nunca encontra
a plena felicidade.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Louvado seja Deus.
ResponderExcluirAmém!
ResponderExcluir