Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0282 - A PORTA, A PEDRA E O DIA

 


Abram as portas da justiça para mim, pois quero entrar para dar graças ao Senhor. Esta é a porta do Senhor, pela qual entram os justos. Dou-te graças, porque me respondeste e foste a minha salvação. A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular. Isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós. Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia (Sl 118.19-24).

 

O final deste Salmo 118 é extremamente cristológico. A figura de Cristo transparece claramente nestes versos finais, inclusive o próprio Jesus aplicou o v. 22 a Si mesmo em uma explicação de parábola que contou aos fariseus (Mt 21.42,44).

Quando lemos o salmista pedindo para que lhe abram as portas da justiça, logo nos lembramos de Jesus, que disse: “Eu Sou a Porta” (Jo 10.9). Mas não é qualquer porta. O salmista diz que são as portas da justiça, ou seja, como nos mostra o apóstolo Paulo, Jesus é a nossa justiça diante de Deus, uma vez que não podemos entrar por esta porta pela nossa própria justiça, entramos por Cristo, que é a justiça de Deus para todo aquele que crê (Rm 4.5; 10.4; 2Co 5.21).

O autor ainda nos diz que esta é a porta do Senhor. Parece que ele já tinha um vislumbre de que sua justiça jamais poderia torná-lo capaz de adentrar-se à presença do santo Deus! Mas todos aqueles a quem Deus justifica por intermédio de Cristo podem entrar por esta porta!

Depois, o poeta fala sobre uma pedra. Uma pedra rejeitada pelos construtores, mas que veio a ser a pedra angular. Cristo toma este salmo para Si, como já vimos, na parábola de Mateus 21. O apóstolo Paulo diz que se estes “construtores” realmente fossem sábios, jamais teriam crucificado o Senhor da Glória (1Co 2.8)! Assim como na parábola da vinha, os construtores não puderam devolver o fruto para o dono, Jesus diz que, se esta pedra rejeitada cair sobre eles, eles se tornarão pó!

Mas essa rejeição, diz o salmista, procede do Senhor (v. 23)! Isto tem que ser maravilhoso aos nossos olhos! A igreja primitiva orava e dizia exatamente isso: “Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer” (At 4.27,28). A rejeição da Pedra procedeu de Deus e isto tem que ser maravilhoso!

Então, o músico salmista termina dizendo que “este” é o dia que o Senhor agiu! O dia é especial, porque é uma Pessoa e não um dia da semana! O dia especial da semana, seja sábado para alguns, ou domingo para outros, não passa de uma pálida imagem do verdadeiro descanso, que é Jesus Cristo, o Dia que se chama Hoje (Hb 4.6,7). Visto que não entraram no descanso, então Deus propôs outro dia que se chama Hoje. Não é mais um dia da semana, mas uma Pessoa, Senhor de tudo e de todos, inclusive dos dias!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0281 - TESOURO EM VASOS DE BARRO

 


Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós (2Co 4.7).


No contexto deste versículo, Paulo fala que o evangelho da glória de Cristo foi revelado aos salvos, enquanto foi encoberto dos incrédulos. No v. 4, o “deus deste século” cega o entendimento dos incrédulos, enquanto no v. 6, o Deus que disse “haja luz”, Ele mesmo resplandeceu em nosso coração para iluminação do conhecimento de Sua glória na face de Cristo!

Porém, este tesouro, que é o evangelho, está em vasos de barro. Nossa estrutura é decadente e não nos torna dignos de receber o tesouro do evangelho em nada. Não somos diferentes daqueles que não o receberam. Eles também são vasos de barro, entretanto, não têm dentro de si a iluminação do conhecimento da glória de Deus, porque Deus não disse “haja luz” sobre eles!

Isso deve nos levar a uma postura de humildade diante da salvação que nos alcançou. Não fomos nós que alcançamos a salvação, foi o contrário. Não fomos nós que saímos da escuridão nem do poder do príncipe das trevas. Alguém mais poderoso veio e nos arrancou de lá, como diz Paulo aos colossenses: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13).

O reconhecimento da nossa essência frágil e pecadora deve nos levar ao propósito disso. E o propósito de Deus ter colocado o tesouro do Seu evangelho dentro de vasos de barro como nós é para que a excelência do poder seja dEle e não nossa! A palavra grega que Paulo usa para “excelência” é hyperbolē. Esta palavra, como já conhecemos em nossa língua, significa exagero, supereminência, abundância, o que é além da medida, o excesso!

É isto. Deus coloca Seu precioso tesouro, que é o evangelho, em vasos de barro como nós, que em nada são diferentes dos que estão cegos pelo diabo, para que o exagero, a extrapolação, o excesso, a demasia do poder seja de Deus e não de nós. Na nossa salvação não há um grama de glória para nós. Não há sequer uma ponta desse processo que reflita nossa imagem, sempre a imagem de Deus, que é Cristo!

Você tem o privilégio de Deus ter resplandecido em seu coração a iluminação da Sua glória, por causa do poder dEle, não porque você fosse melhor ou mais capaz que aquele que não tem o tesouro do evangelho. Essa postura precisa nos acompanhar até a eternidade para que a glória de Deus não seja tocada! A única face a ser fulgurosa por toda eternidade será a face de Cristo, na qual brilha a glória de Deus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0280 - CONDENADOS OU SALVOS PELA LÍNGUA!

 


Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! (Tg 3.3-5).


Geralmente pensamos que se dominarmos nossa língua, então poderemos dominar o restante do nosso corpo, como diz o v. 2: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo”.

Mas embora isto seja verdade, Tiago está falando aqui exatamente do oposto. Ele está dizendo que a língua é que nos domina. O freio posto na boca do cavalo que influencia o resto do corpo do animal e o pequeno leme que influencia a direção do enorme navio são aqui comparados com o pequeno membro chamado “língua”, que influencia o restante do nosso corpo.

Por isso ele conclui as comparações do cavalo e do navio com outra analogia: a de uma fagulha que é capaz de incendiar uma floresta. Ele está dizendo: um pequeno freio influencia um cavalo; um pequeno leme influencia um navio; uma pequena fagulha influencia uma floresta; assim também um pequeno membro influencia nosso corpo inteiro e este membro é a língua.

É óbvio que aqui se trata de uma metonímia, pois o membro em si não faz mal nenhum ao nosso corpo, antes é necessário para várias funções fisiológicas e orgânicas. Mas ele toma a causa no lugar do efeito. Em vez da “fala” ele usa aquilo que causa a fala em última instância, que é a “língua”, apesar de que sabemos que tudo isso procede do pensamento.

É impossível, portanto, para o homem, dominar sua língua. Tiago diz que só o “varão perfeito” pode fazer isso, e este foi Jesus (Ef 4.13). Os demais seres humanos estão rendidos aos limites pecaminosos de seus pensamentos que, vez por outra, são expressos por sua língua!

Ele não está dizendo: “domine sua língua como por um freio se domina o cavalo”. Ele está dizendo: “um pequeno freio domina um cavalo, assim como sua pequena língua domina você”. Ele não está dizendo: “domine sua língua como um pequeno leme domina um navio”. Ele está dizendo: “assim como um pequeno leme direciona um navio, sua língua direciona você”. Então ele deixa mais claro com o exemplo da fagulha. Ele diz: “assim como uma pequena fagulha incendeia uma grande floresta, assim sua pequena língua pode lhe incendiar no inferno”!

Jesus disse que no último dia Suas palavras julgarão os ouvintes (Jo 12.48). Se não cremos em Cristo, além de Suas palavras nos condenarem, as nossas também nos condenarão; mas se crermos no Filho de Deus, então Suas palavras serão aplicadas a nós e Deus nos declarará (como já declarou) justos diante dEle naquele dia. Seremos salvos pela língua de Cristo, isto é, por Suas palavras!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 28 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0279 - DAVI OU O MESSIAS, QUEM VEIO PRIMEIRO?

 


Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi. Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? (Mt 22.41-45).


A palavra Cristo é tradução da palavra hebraica Messias para o grego. Jesus estava perguntando aos fariseus sobre a identidade do Messias. O que eles pensavam a respeito deste assunto.

Como o título “Filho de Davi” era reconhecidamente um título messiânico, prontamente os fariseus responderam a Jesus que o Messias devia ser filho de Davi. Isto por causa da promessa que Deus fez a Davi de que seu trono continuaria para sempre.

Mas Jesus mostra que o entendimento que eles tinham acerca disso era muito limitado. Nosso Senhor cita o Salmo 110.1, dizendo que Davi chamou o Messias de Senhor, como então podia este ser filho de Davi?

Os fariseus e herodianos tentaram armar uma cilada para Jesus na questão do tributo ao imperador. A resposta do Mestre foi: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (v. 21). Os saduceus, por sua vez, tentaram inventar uma história de casamento, viuvez, lei do levirato e ressurreição para apanharem Jesus em contradição. Jesus os desmascara, mostrando que a incredulidade deles na ressurreição era tão tola quanto a pergunta que fizeram (vs. 23-33).

Depois, mais um fariseu, intérprete da lei, testa Jesus no conhecimento de qual era o maior dos mandamentos. Os fariseus não entravam em acordo sobre qual era o maior mandamento. E o engraçado é que quando Jesus cita os dois maiores mandamentos, Ele não cita nenhum dos 10. Amar a Deus de todo coração está em Dt 6.5, e amar ao próximo como a si mesmo está em Lv 19.18.

Mas diante da pergunta de Jesus, os fariseus mostraram o que eram na realidade. Eram tolos, cegos e ignorantes com respeito à maior expectativa dos judeus, a saber, a chegada do Messias. Davi chamou o Messias de Senhor, mas o fez pelo Espírito Santo, disse Jesus.

De fato, mais tarde, também pelo Espírito Santo, na visão apocalíptica de João, o ancião diz para ele: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Ap 5.5). Veja que ele não diz que Jesus é um galho de Davi, mas a raiz. Não foi Jesus que veio de Davi e sim o contrário, Davi veio de Jesus! Nosso Senhor também Se identifica assim: “Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã” (Ap 22.16).

Um dia também todos, no céu, na terra e debaixo da terra hão de confessar que Jesus, o Messias, é o Senhor para a glória de Deus Pai (Fp 2.10,11). Ele ficou à direita de Deus Pai e então, todos os Seus inimigos serão colocados debaixo de Seus pés! Jesus é o Senhor! Ele veio antes de Davi! Ele veio antes de todos!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0278 - A MEMÓRIA DE DEUS NOS SACRIFÍCIOS

 


Oferecer-te-ei holocaustos de vítimas cevadas, com aroma de carneiros; imolarei novilhos com cabritos (Sl 66.15).


Geralmente, quando lemos sobre as ofertas de holocaustos oferecidas a Deus pelos filhos de Israel, pensamos que Deus não aceitava esse tipo de sacrifício e, frequentemente, julgamos que todos os ofertantes eram fingidos, que faziam isso para tentar aplacar a ira de Deus, mas viviam sempre em seus pecados.

Mas não é esta a realidade. Deus mesmo instituiu esse tipo de oferenda para Ele, como podemos ler no Pentateuco, os 5 livros da lei de Moisés. Deus não rejeitaria aquilo que Ele mesmo ordenou.

Mas também porque e, essencialmente por isso, cada animal sacrificado apontava para Seu Filho, que seria imolado na cruz. Quando alguém oferecia um novilho, carneiro ou algum outro animal estipulado pela lei a Deus em sacrifício, aquela morte era substitutiva, isto é, o animal morria no lugar do ofertante. Assim, Deus sempre Se lembrava do dia em que daria Seu Filho em lugar dos eleitos.

A diferença era que ali, na antiga aliança, era o ofertante que preparava algo para Deus e Lhe ofertava. Na nova aliança, Deus é quem preparou a oferta, que é Seu Filho, para dá-la em nosso favor. As estipulações que eram feitas para os animais eram as mais exigentes possíveis, para tentar representar de forma mais próxima a perfeição do Cordeiro que havia de vir.

É obvio que esse tipo de oferta não era a oferta final. O salmista sabia disso. Mas também ele sabia que Deus não rejeitaria essa sua oferenda, porque ele a apresentava de coração sincero. Ele diz: Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração (vs. 18,19).

Porém, ele também sabia que nada disso Deus aceitava por causa do capricho do salmista, mas simplesmente por Sua graça soberana: Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça (v. 20).

Deus aspirou muitos sacrifícios na velha aliança, lembrando-Se sempre do dia em que enviaria Seu Filho para ser o sacrifício, não nosso, mas aquele perfeito, que o próprio Deus separou para nós. Assim como este salmista havia cevado animais para Deus, isto é, havia reservado para o tempo certo, assim Deus também “cevou” Seu Filho para que, no tempo certo, O enviasse para ser a propiciação pelos nossos pecados. Assim como o salmista fez subir o cheiro dos carneiros, “Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5.2). E assim como o salmista imolou novilhos, Deus imolou Seu próprio Filho em nosso lugar para que “por Suas feridas fôssemos sarados” (1Pe 2.24).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0277 - O ENCONTRO COM JESUS: POR FÉ OU POR OBRAS?

 


E, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isto, porque ama a nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga (Lc 7.4,5).


Nesse texto, a história é a seguinte: certo centurião tinha um servo de quem gostava muito, mas que estava muito doente, próximo à morte. Então ele pediu para que alguns anciãos judeus fossem até Jesus para rogar-Lhe que viesse curar seu empregado.

A história aqui escrita por Lucas é maravilhosa, porque nos mostra a diferença entre achegar-se a Jesus pela fé e achegar-se a Ele por obras. Os anciãos, ao se aproximarem de Jesus, fizeram o pedido do centurião acerca de seu servo, mas alegando obras. Eles disseram a Jesus que o centurião era digno de que Jesus lhe curasse o empregado! A razão era porque esse centurião amava os judeus e havia lhes construído uma sinagoga...

Assim são muitos que comparecem diante do Senhor para Lhe pedir alguma bênção, alegando coisas que tenham feito, obras que tenham realizado, ou até mesmo citando pecados que nunca cometeram. “Senhor, queria que me concedesses uma bênção, porque sou uma pessoa que nunca fiz mal a ninguém, acho que mereço alguma coisa do Senhor”. Nesses termos, muitas orações são feitas a Jesus ainda hoje.

Mas quando Jesus vai até à casa do centurião, antes mesmo de chegar, o centurião Lhe enviou alguns amigos dizendo que Jesus não precisava Se incomodar, porque o centurião não se achava digno de que Jesus entrasse sob o seu telhado (v. 6)! Enquanto os anciãos judeus viam o centurião como digno, alegando suas obras como aceitação diante de Jesus para requerer alguma bênção dEle, o próprio centurião, sendo um gentio, se viu indigno de qualquer coisa de Jesus, não se achou digno sequer de ir ter com Jesus (v. 7)!

Jesus chama isso de fé (v. 9), e fé tamanha, que nem mesmo entre o povo de Deus (na época, Israel), Ele havia encontrado!

É incrível como os anciãos que se encontraram com Jesus não puderam de fato se encontrar com Jesus! E quão maravilhoso é perceber que quem teve o verdadeiro encontro com Jesus foi o centurião, que nem mesmo se encontrou com Ele! Isso porque os que se achegam a Cristo apresentando seu currículo, certamente nunca O encontrarão! Mas aquele que mesmo nunca O tendo visto, sabe que não é digno de coisa alguma, este sim, tem o verdadeiro encontro com o Senhor!

Seu encontro com Jesus se deu por você achar que é bom, que não é tão mau, que faz coisas boas, ou que não faz coisas tão ruins? Se foi assim, saiba que você nunca se encontrou com Ele! Mas se você se aproximou dEle sabendo de sua indignidade total, que nem mesmo seria digno de recebê-lo em sua casa, então ali Ele entrou e fez morada! O verdadeiro encontro é pela fé e não por nossas obras!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0276 - LIÇÕES DO REINADO DE BAASA PARA OS PASTORES

 


Então, veio a palavra do SENHOR a Jeú, filho de Hanani, contra Baasa, dizendo: Porquanto te levantei do pó e te constituí príncipe sobre o meu povo de Israel, e tens andado no caminho de Jeroboão e tens feito pecar a meu povo de Israel, irritando-me com os seus pecados, eis que te exterminarei a ti, Baasa, e os teus descendentes e farei à tua casa como à casa de Jeroboão, filho de Nebate (1Re 16.1-3).


Baasa foi um rei de Israel depois que o reino se dividiu, o 3º na dinastia. Ele matou o filho de Jeroboão que reinava na época, Nadabe, e assumiu seu lugar por um golpe de estado conspiratório. A seguir, matou também os descendentes de Jeroboão para que ninguém vingasse a morte de Nadabe (15.28,29).

Mesmo que tenha sido assassinato, a morte dos descendentes de Jeroboão aconteceu por cumprimento profético, pois este rei e seu filho eram maus aos olhos do Senhor e desviaram Israel de seguir os preceitos de Deus (15.26,30). Agora Baasa tem a chance de ser um homem que torne o povo de Israel para os caminhos do Senhor. E o que ele fez? “Fez o que era mau perante o SENHOR e andou no caminho de Jeroboão e no seu pecado, o qual fizera Israel cometer” (15.34).

A palavra do profeta Jeú contra este rei é impressionante. Primeiro, ele diz que Baasa foi levantado do pó. Isto nos remete à condição de todo homem diante de Deus. Não passamos de pó, Deus conhece nossa estrutura.

Segundo, ele diz que Baasa foi constituído príncipe de Israel por Deus. Isso nos mostra duas coisas: que Baasa foi usado por Deus como vara de juízo contra a casa de Jeroboão, punindo-a por seus pecados contra Deus; e que todo mal que acontece não é por acaso, senão que Deus é quem determina o mal e o usa para os Seus santos propósitos, incluindo assassinatos e revoluções.

Terceiro, que o homem sempre é refém de seu próprio ego. Apesar de Baasa ter destruído a casa de Jeroboão, as inclinações pecaminosas de Jeroboão estavam no seu coração. Ele eliminou Jeroboão e sua casa, mas os pecados de Jeroboão permaneceram dentro de si.

Deus também levantou pastores do pó e os colocou como líderes da casa de Seu povo. Muitas vezes alguns assassinam seus antecedentes com palavras de desprezo e acusações (assassinato de reputação e outros males da língua). Mas, a realidade é que dentro destes ainda permanecem desejos e pecados escuros e sombrios, os quais não os tornam melhores que seus antecessores.

Se os pastores não se voltarem para o caminho, seu destino será o mesmo. Baasa teve o mesmo fim que executou à casa de Jeroboão. Hoje também muitos pastores fazem o povo errar e irritam a Deus com seus pecados. Qual será seu fim se, depois de constituídos por Deus sobre Sua casa, fizerem tais abominações?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0275 - VALORIZE O SANGUE DE CRISTO

 


Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção (Hb 9.12).


O sangue de Jesus Cristo tem um significado ímpar e por demais precioso na vida da igreja. Ele é o sangue da nova aliança (Mt 26.28). O pacto que Deus fez com Jesus é inquebrável porque foi firmado em uma vida perfeita e uma morte perfeita. Jesus viveu uma vida perfeita até a morte, por isso, quando morreu, o Pai aceitou Seu sacrifício, pois foi a morte perfeita de uma vida perfeita.

O sangue foi, digamos, a moeda utilizada para pagar aquilo que a justiça de Deus exigia do pecador. Desde cedo, na criação, Deus estabeleceu que pecado se paga com morte (Gn 2.16,17). E morte lembra derramamento de sangue. As pessoas perguntam: “Por que Deus tem que exigir algo tão cruel”? Bem, esta pergunta precisa ser respondida de algumas formas.

Primeiro, que nós, no pecado, sempre achamos o outro cruel e nunca nós mesmos. A pergunta é: com essa história de pecado, quem é que foi ofendido? Nós ou Deus? Obviamente que Deus é quem foi ofendido. Portanto, deixemos de pensar que somos o centro de alguma coisa e raciocinemos. Se Deus, que é Santo, é que foi agredido pelo nosso pecado, o que merecemos?

Segundo, que a santidade de Deus é infinita. Se é infinita a santidade a qual ultrajamos com nosso pecado, segue-se que a punição deve ser igualmente infinita. As pessoas protestam contra um inferno que dure pra sempre, mas em vão. Continuam pensando o homem no centro. Lembre-se que a ofensa foi feita a um Deus infinitamente santo, portanto, a sentença deve ser proporcional à intensidade e ao valor do ofendido.

Um assassinato, por exemplo, pode durar apenas alguns poucos minutos. Se o juiz fosse condenar o assassino pelo tempo que ele levou para praticar o crime, 30 anos seria muita coisa, seria injusto. Entretanto, o juiz condena o assassino mediante o valor da vítima e não pelo tempo que ele gastou para assassinar. Assim também com Deus. As pessoas dizem que o inferno não pode ser eterno porque uma pessoa não peca mais que 80 ou 90 anos, logo a eternidade no inferno é desproporcional ao tempo de pecado cometido. Mas tais pessoas, por serem orgulhosas e humanistas, não pensam no valor do Ofendido.

Considerando isto, qual de nós poderia pagar pela nossa agressão à santidade de Deus e sair ileso do inferno algum dia? Por isso que o Filho dEle veio. Porque sangue nenhum de toda humanidade junta poderia simbolizar o mínimo pagamento daquilo que a justiça de Deus exigia de nós! Para a justiça de Deus, o sangue de Cristo foi pagamento. Para a santidade de Deus, o sangue foi apaziguamento. A justiça cobra o preço e a santidade cobra a punição. Ambos os atributos de Deus, Jesus satisfez!

Valorize o sangue do Filho de Deus, pois é através dele que você obtém perdão de Deus e acesso a Ele. Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1Pe 1.18,19).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0274 - CRER OU QUESTIONAR



Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? (Jó 38.1,2).


Conhecemos a história de Jó, todo seu sofrimento e, acima de tudo, o que ele passou. Mas devemos nos lembrar de que Deus não respondeu a nenhum de seus questionamentos! Todo suplício daquele homem ficou nos escombros dos mistérios para ele até o dia de sua morte...

Diante de todos os seus lamentos, suas perguntas, seus desafios e sua autodefesa, temos, no final desta terrível prova, uma aparição de Deus, que agora humilha Jó em outro aspecto. Jó estava humilhado perante sua família, seus amigos, inclusive perante jovens e crianças. Mas agora que Deus aparece para ele, não é para exaltá-lo e sim para humilhá-lo mais!

A pergunta de Deus é uma pergunta de desdém. “Quem é este?”, pergunta o Senhor. Que homem acha que pode realmente desafiar a Deus e ainda pensar que tem entendimento?

Em todos os tempos houve homens que desafiaram a Deus, que O questionaram, que negaram Sua existência ou importância. Mas em nossos dias, com a idolatria do ateísmo e neoateísmo, as coisas tomaram proporções descabidas. O mundo considera inteligente qualquer palestrante idiota que negue a existência de Deus, enquanto considera idiota qualquer inteligente que acredite.

Porém, mesmo considerando o campo religioso, ainda há muitas pessoas que desafiam a Deus, que O colocam “contra a parede”, que requerem dEle explicações para muitas situações desta vida injusta e cruel.

Mas a resposta de Deus é uma pergunta de desprezo. Quem você pensa que é? Suas palavras que para os homens são sábias, para Mim, diz o Senhor, não passam de tolice e uma vã tentativa de obscurecer os Meus desígnios!

Deus existe desde sempre e para sempre. Nós chegamos agora e logo vamos. De nada sabemos, a não ser que Ele nos abra a mente para captarmos alguma coisa. Murmúrios e questionamentos apenas mostram em que trevas estamos! Mas não Deus! Ele é luz e nEle não há trevas nenhumas (1Jo 1.5)!

O mal que enfrentamos e questionamos, diante dEle não passa de um breve instante de lição e revelação. E como Deus comanda tudo é só um pequeno flash do que Ele realmente é. Daquilo que contemplaremos eternamente se, ao invés de questionarmos, apenas crermos!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

domingo, 21 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0273 - BOAS OBRAS NO CRISTIANISMO

 


Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens (Tt 3.8).


Uma das coisas que acompanham a vida do cristão são as boas obras. Isso ninguém pode questionar. Não há nenhuma dúvida de que um dos deveres do cristianismo é a atenção para com os necessitados ao seu redor. Entretanto, há muitos desvios com relação a essa prática, tanto para um extremo como para o outro.

O conceito de que nossas boas obras podem nos salvar é o conceito mais antigo e mais anticristão. Esse conceito se parece com as religiões de todo mundo, mas não é o cristianismo legítimo. É falso e enganador. Quem crê dessa forma só pode receber condenação.

O oposto desse conceito é aquele que diz que se estou salvo, não preciso fazer nenhuma obra. Esse é tão prejudicial quanto o anterior, pois desconsidera que o cristianismo não é só palavras. Além disso, o sujeito que pensa assim pode estar falsamente seguro acerca de sua salvação. Pensa que é salvo, mas a falta de obras diz o contrário.

Há aqueles que tornam as boas obras como o cerne do evangelho. Exaltam a pessoa do pobre, mas não passa de discurso vazio. Priorizam a assistência social à pregação do evangelho e tornam irrelevantes as pregações sobre inferno ou arrependimento. Dizem que inferno já é o que os pobres e injustiçados vivem e que eles não precisam de mais um pregador para lhes falar do inferno, visto que já vivem em um.

No meio disso tudo, há ainda aqueles que transformam suas boas obras em marketing. Exibem suas boas ações perante as câmeras midiáticas, redes sociais, panfletos e anúncios, mas na realidade, todas as suas trombetas não passam de um autoelogio! Usam os outros para exaltarem a si mesmos.

Mas as boas obras, apesar de serem um exercício cristão, elas não são o cerne da nossa salvação. Esta foi garantida no sangue de Cristo Jesus, aplicado definitivamente naquele que crê. As boas obras, apesar de fazerem parte da expressão do amor cristão, de maneira nenhuma elas são o que consiste o amor. Paulo diz que quem ama cumpriu a lei, não o evangelho (Rm 13.10). O amor de que consiste o evangelho é aquele que João diz: Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (1Jo 4.10).

Nossas boas obras são um repasse para nosso próximo daquilo que recebemos de Deus. Por isso Paulo encerra este versículo dizendo que estas coisas são boas e proveitosas aos homens, não a Deus! Antes que nosso amor às pessoas nos mova a fazer algo por elas, o que deve nos mover é o nosso amor a Deus, que nada mais é do que resultado do amor dEle por nós (nós O amamos porque Ele nos amou primeiro – 1Jo 4.19).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

SÉRIE: A ESPERANÇA DO CRENTE PARA O PROBLEMA DA MORTE (PARTE 04 - FINAL)

 


Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras (1Ts 4.17,18).


Ao consolar os crentes que haviam perdido seus amados para a morte, Paulo os ensinou que eles ressuscitariam na vinda do nosso Senhor. Mas agora, o apóstolo fala também acerca dos crentes vivos. O que acontecerá com eles? No v. 15, ele havia dito que os crentes vivos não irão para o céu deixando seus mortos para trás. E agora ele explica que os mortos serão primeiro ressuscitados e os vivos serão com eles glorificados para juntos serem arrebatados.

Assim, entendemos que arrebatamento e ressurreição são dois eventos que acontecerão simultaneamente perante a vinda de Jesus. Já vimos que essa vinda será visível e violentamente estrondosa! Mas aqui, como o objetivo é consolar os cristãos, Paulo não diz em que circunstância Cristo virá. Apenas diz que virá e na Sua vinda os mortos ressuscitarão. É na segunda carta que vamos encontrar o registro de como estará a situação na terra por ocasião da vinda de Cristo, ou seja, o anticristo governando no mundo (2Ts 2)!

O arrebatamento é o evento que efetivará a glorificação do corpo do crente. Em outro lugar, Paulo diz que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus (1Co 15.50). Então, logo ele revela que seremos transformados num abrir e fechar de olhos (v. 51,52). Muitos confundem que a vinda de Jesus será num abrir e fechar de olhos, mas Paulo diz que nossa transformação para o corpo de glória é que será assim.

Que grande esperança o crente em Cristo tem! Na verdade é a única esperança que existe. Reencarnações, purgações, necromancias, mediunidades, nirvanas, esoterismos, ateísmo, agnosticismo, suicídios, martírios e filosofias humanas jamais podem responder exatamente à questão da morte. Somente o cristão tem a resposta para ela, porque Seu Mestre e Senhor venceu a morte! Como disse Paulo no v. 14 “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou”, então os crentes em Cristo são as únicas pessoas do mundo que não temem a morte!

Por isso Paulo encerra por aqui dizendo: Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras (v. 18). Não há maior consolo em saber que a morte para quem viveu e morreu com Cristo não é o fim. É apenas o passaporte para a glória eterna dos que tiveram prazer em Cristo durante sua vida. Encontrar nossos entes queridos será maravilhoso, mas encontrar o Senhor nos ares e estar com Ele para sempre, não há palavras!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

SÉRIE: A ESPERANÇA DO CRENTE PARA O PROBLEMA DA MORTE (PARTE 03)

 


Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (1Ts 4.16).


Jesus Cristo está hoje nos céus, à direita do Pai, exaltado, intercedendo pelos Seus, não pelo mundo (Jo 17.9) e um dia voltará como Rei e Juiz de todas as coisas. E aqui, neste versículo, o apóstolo Paulo nos ensina que Ele aguarda a “palavra de ordem”. A versão Corrigida traduziu esta palavra como “alarido”.

A ideia aqui é que a ordem do Pai para que o Filho venha é um brado, um grito muito sonoro. Então ambas as traduções trazem parte do significado da palavra no original. Deus Pai dará Sua ordem para o Filho voltar e esta ordem é um brado, imagina, o brado divino!

O versículo, no texto grego, está carregado da preposição “em”. Literalmente é traduzido assim: Porque Ele mesmo, o Senhor, em grito de comando, em voz de arcanjo e em trombeta de Deus, descerá a partir do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. A ênfase de Paulo aqui é em que circunstância acontecerá a ressurreição dos crentes. E a circunstância é esta: muito barulho, cataclismo e estrepitoso estrondo, como diz Pedro.

Que este versículo nega uma vinda secreta, isso não há dúvida. Mas a revelação que Paulo recebe aqui é muito profunda. Haverá um momento adequado e preparado para a vinda dEle, por isso o grito de ordem. Segundo, a voz do arcanjo também é ressoada pelo universo! Isto nos mostra que o Senhor virá não só com as almas dos que já estão com Ele, como nos informou Paulo no v. 14, como também virá com todos os Seus anjos, por isso o grito do arcanjo.

Várias vezes Jesus falou do papel dos anjos em Sua vinda. Em Mt 13.39,41,49, Jesus diz que os anjos é que farão a separação dos justos dos ímpios. Em Mt 25.31, Jesus falou que quando Ele voltar, todos os Seus anjos virão com Ele. No livro de Apocalipse, eles são muito ativos em relação aos acontecimentos escatológicos.

Paulo também diz que Jesus virá na trombeta de Deus, obviamente referindo-se à última trombeta de 1Co 15.52, que é a mesma 7ª trombeta de Ap 11.15. Todos estes versículos sobre a trombeta falam do mesmo evento. Aqui em 1Ts diz que é aí que Jesus virá visivelmente e os mortos crentes ressuscitarão primeiro (1Co 15.52), além disso, diz que é aí que os corpos dos crentes vivos serão também glorificados, enquanto em Ap diz que é aí que o reino universal passa a ser do Senhor e do Seu Cristo, que reinará para sempre.

Finalmente, Paulo ainda ensina que Cristo virá “a partir” do céu. Este é o lugar de origem. É de lá que aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória (Fp 3.20,21).

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

SÉRIE: A ESPERANÇA DO CRENTE PARA O PROBLEMA DA MORTE (PARTE 02)

 


Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem (1Ts 4.15).


Embora saibamos que a doutrina da segunda vinda não esteja explanada de forma completa nesse texto, iremos meditar nas verdades que o apóstolo Paulo nos ensina aqui.

Primeiro, ele está declarando algo que recebeu do Senhor. O que ele diz aqui é algo que veio de revelação, um mistério que somente Jesus conhecia e agora está revelando a Seu servo.

Segundo, ele diz qual é esta revelação. Ela diz respeito aos crentes que ficarem vivos até à vinda do Senhor. Este é um ensino importante porque nos informa que na vinda do nosso Senhor haverá crentes vivos na terra. Muitos já terão morrido, mas haverá os que ficarão vivos até lá.

Os que pensam que se refere a um arrebatamento secreto não podem sustentar esse pensamento diante do v. 16. Haverá na vinda dEle “alarido, voz de arcanjo e trombeta de Deus” (ARC). Não tem nada de secreto nessa descrição que o apóstolo nos revela.

Esse v. 16 é muito parecido com Mt 24.30. Ali diz que todos os povos da terra, não somente se lamentarão, mas também verão o Filho do Homem vindo com poder e grande glória! O apóstolo João também, sobre o mesmo assunto, declara: Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele (Ap 1.7).

Mas como o propósito de Paulo é consolar os crentes acerca de seus queridos falecidos, então ele apenas diz no v. 15 que nós, os que estivermos vivos na época da segunda vinda, não iremos para o céu deixando nossos entes queridos para trás. Antes, pelo contrário, ele diz no final do v. 16 que a vinda de Cristo fará os mortos ressuscitarem, e no v. 17 diz que os crentes vivos serão arrebatados juntamente com eles para estarem com o Senhor.

Como ele está tratando do consolo cristão acerca desse assunto (v. 18), ele não se refere aos mortos ímpios, mas somente aos mortos crentes. Portanto, a essência do v. 15 é que não iremos para o céu deixando nossos queridos falecidos para trás. Não precisamos ficar entristecidos. A vinda do Senhor reunirá os Seus, vivos e mortos, ressuscitando a estes e glorificando a ambos, arrebatando-os a Si para sempre!

Isto respondia à pergunta dos tessalonicenses e responde à nossa: “se vamos para a glória, o que acontecerá com os que já morreram antes de nós”? Essa é a resposta. Haverá ressurreição! Não é reencarnação, não é desencarnação, não é nirvana, não é purgatório, não é nada que a mente humana inventa, mas aquilo que foi revelado ao santo apóstolo do Senhor! Nós nos reencontraremos, mas o maior encontro será com o Senhor Jesus!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

SÉRIE: A ESPERANÇA DO CRENTE PARA O PROBLEMA DA MORTE - PARTE 01

 


Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem (1Ts 4.13).


A morte sempre foi o pior pesadelo da humanidade. Desde que a raça humana caiu em Adão, o salário do pecado sempre foi uma ameaça sombria e assustadora para todos os seres, essencialmente o homem que tem consciência inata da vida e sua eternidade.

A escuridão do pecado também deixou o homem sem resposta sobre o que acontece após a morte. Com isto, várias suposições têm se apresentado nas variações imaginativas do homem, desde as teorias da reencarnação, purgatório, vidas em outras dimensões, deuses que esperam do outro lado, nirvanas, até as teorias céticas dos epicuristas e ateus, que dizem que morreu, acabou! Todas elas não passam de um ledo engano e tentativas da mente solitária do homem sem Deus.

Paulo diz que não quer que os tessalonicenses sejam ignorantes, isto é, sem conhecimento acerca deste assunto, acerca dos que “dormem” (um eufemismo para a morte). Pode-se perguntar por que Paulo acha que sabe alguma coisa sobre esse assunto, visto que a teologia diz que acerca disso o homem está realmente no engano e não se baseia senão em suposições infindas.

A realidade é que Paulo vai falar de algo que lhe foi revelado pelo Senhor. Não se trata aqui de uma especulação, mas de uma revelação! E quem lhe revelou não foi ninguém senão o próprio Jesus! Todos os raciocínios humanos sobre este assunto não somente são falazes, como também trazem apenas tristeza e não dão esperança (exceto, talvez, uma falsa esperança). Já o que o apóstolo tem para ensinar, trará não só esperança para o futuro, como também alegria no presente.

A primeira coisa que Paulo fala é sobre a certeza de que quem já morreu em Cristo, ou seja, quem morreu crente, esse já está com o Senhor. Ele diz no v. 14: Deus, mediante Jesus, trará em Sua companhia os que dormem. Com isto, Paulo está dizendo que o verdadeiro crente, quando morre, já está com o Senhor. E quando Deus o trouxer na companhia de Jesus, isto é, na segunda vinda, significa que a alma do crente virá com Jesus ao encontro do seu corpo que será ressurreto e glorificado.

Não há maior esperança do que esta. Ao morrermos, nossas almas estarão com Cristo no céu até que Ele volte. E quando Ele voltar, nossas almas voltarão com Ele e virão para nossos corpos, que serão ressurretos e glorificados. Esta é a primeira parte do conhecimento que nos tira da tristeza e do desespero. Os demais, isto é, os incrédulos, não têm esperança! Mas os crentes têm! Veja que Paulo diz: Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou (v. 14). Portanto, somente os crentes podem ter a verdadeira esperança quanto à solução da morte. Se nosso Senhor venceu a morte, não precisamos ter medo de sua sombra!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0272 - SENDO CONSOLADOS PARA CONSOLAR

 


Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus (2Co 1.3,4).


A palavra que Paulo usa para “misericórdias” aqui neste versículo é mais especificamente a compaixão, o sentimento de se lamentar pela necessidade alheia. O apóstolo diz que Deus é Pai desse tipo de sentimento. Toda lástima alheia que machuca também o nosso coração é apenas um reflexo do mesmo sentimento de Deus, que é Pai desse tipo de compaixão.

Ele também é o Deus de toda consolação, diz o apóstolo Paulo! Esta palavra, no original do NT, significa, literalmente, “chamar para estar ao lado”. No sentido jurídico é o advogado, aquele que chama para estar ao seu lado, lhe defendendo. Mas no sentido da amizade é aquele que lhe traz a força do sol, do latim con solis, isto é, “com o sol”, que deu origem à palavra “consolo”!

É neste sentido que Paulo diz que Deus nos consola em nossa tribulação, isto é, não somente Ele está conosco, sentindo nossa miséria, como também nos traz a “força do sol” para que possamos suportar nossas aflições. A ideia aqui é de que quem sofre está passando por dias escuros, sem ver o sol da alegria, como diziam os pais monásticos: “a noite escura da alma”!

Mas este consolo não para por aqui. Ao recebermos isto de Deus recebemos também o dever de levarmos este sentimento e conforto para os demais que estiverem passando por qualquer angústia (v. 4). E não devemos fazer isso com as nossas próprias consolações, mas com as mesmas que recebemos de Deus!

Todo cristão deveria se colocar à disposição do outro para lhe entregar seu sentimento, suas palavras e ações a fim de aliviar os sofrimentos e tribulações pelos quais passamos por quase todos os dias da nossa vida. Só assim podemos saber que recebemos o consolo e a compaixão de Deus sobre nossas vidas. Quando não estendemos isso ao outro, então não compreendemos a compaixão do Senhor por nós.

Que o Senhor nos dê um coração compassivo e consolador para que com ele possamos evidenciar o consolo que recebemos de Deus ao nosso irmão. Quem sabe nosso irmão poderá testemunhar que Deus o consolou através da nossa compaixão?

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0271 - RIQUEZAS QUE SEPARAM E RIQUEZAS QUE UNEM

 


Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro (Gn 13.11).


É muito triste perceber o que as riquezas fizeram com esta família. Abraão e seu sobrinho Ló eram ricos (vs. 2,5) e, infelizmente, não puderam habitar juntos (v. 6). Obviamente, este não é o único relato na história da humanidade em que as riquezas foram capazes de separar boas famílias.

Claro que também não são as riquezas que devem levar a culpa sobre isso, mas sim os corações dos homens que, através das riquezas, muitas vezes são revelados em sua essência. Isto não era um problema em Abraão, mas em seu sobrinho sim. Quando Abraão pede que seu sobrinho faça a escolha primeiro, o dever deste era devolver a primazia para seu tio, mas seu coração dominado pela ganância não o permitiu.

A prova disso é que Ló escolheu baseado naquilo que seus olhos contemplaram (v. 10). Ele estava sendo guiado pela síndrome de Eva, que viu que a árvore era agradável aos olhos (Gn 3.6)! o apóstolo João chama isso de “concupiscência dos olhos” (1Jo 2.16). O v. 12 diz que Ló foi armando suas tendas desde a planície até chegar a Sodoma!

Já Abraão habitou em Canaã (v. 12). Mas ali, Deus diz a ele que levante seus olhos, olhe para os quatro cantos e lhe promete dar toda aquela terra a ele e a seus descendentes (vs. 14,15)! Abraão também foi pelos seus olhos, mas pela ordem de Deus e não pela ganância do seu coração! Consequência: mudou suas tendas e foi habitar próximo aos carvalhos em Hebrom – ali edificou um altar ao Senhor (v. 18)! Enquanto Ló adorava o que seus olhos contemplaram, Abraão adorava o Deus que abriu seus olhos!

Embora as riquezas separaram esta e muitas outras famílias na história da humanidade, há uma riqueza que faz exatamente o contrário. Ela aproxima os filhos de Deus a Si por intermédio de Jesus Cristo! Esta é a suprema riqueza da graça de Deus que foi mostrada em bondade para conosco por meio de Cristo Jesus (Ef 2.7)! Paulo diz que são “as insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3.8)!

As riquezas humanas não podem nos aproximar de Deus e ainda nos separam dos melhores amigos e família. Porém as riquezas da bondade de Deus nos conduzem ao arrependimento (Rm 2.4) e nos tornam em vasos de misericórdia, para que estas riquezas de Sua glória sejam conhecidas por todos (Rm 9.23)! Aos colossenses, Paulo diz o que são essas riquezas da glória, a saber, “Cristo em nós, a Esperança da Glória” (Cl 1.27)!

Se você tem riquezas deste mundo, Paulo lhe diz: Não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus... pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida (1Tm 6.17,18)!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0270 - A VITÓRIA DE JESUS FOI NA CRUZ, NÃO NO INFERNO!

 


E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz (Cl 2.15).


Uma teologia fraca, de interpretação muito ruim, assolou a mente de muitos cristãos e pregadores, fazendo-os pensar que Jesus foi ao inferno fazer algum tipo de pregação aos mortos e, como diz o conceito popular, tomar as chaves da mão do diabo.

Os contos cristãos sobre isso são cômicos, para não dizer tristes! Chegam a dizer que na morte de Jesus, o diabo fez uma festa no inferno, porque pensou que havia derrotado o Filho de Deus! Então, de repente, surge uma luz no meio daquela festa, o diabo manda seus demônios verem o que está acontecendo e Jesus surge no meio do inferno, pisa na cabeça do diabo e toma a chave da casa dele!

São tantos erros teológicos e bíblicos sobre isto, que não daria para ser relatado agora. Para começar, não existe nenhum demônio no inferno. No inferno, que o NT traduz como “lugar dos mortos” (Hades), só tem almas de pessoas que morreram sem Cristo. Nada tem a ver com demônios. Outro erro é pensar que o diabo fez festa quando Cristo morreu. Muito pelo contrário.

Desde o nascimento de Jesus, a intenção do diabo era tirá-lo da cruz. Herodes tentou matá-lo quando Jesus ainda era uma criança; o próprio diabo tentou oferecer um atalho para Jesus no deserto da tentação; judeus tentaram matar Jesus a pedradas; Pedro disse a Jesus que Sua morte jamais iria acontecer, obviamente falando com a mente maligna; no jardim da agonia, Jesus teve um confronto direto com Sua angústia, ao saber que ia encarar a ira de Deus, pedindo que Lhe afastasse aquele cálice; na própria cruz, o ladrão e outros blasfemos O desafiaram a descer de lá... enfim, muitas foram as tentativas de Satanás fazer com que Cristo não fosse para a cruz.

Nesse texto que lemos, o apóstolo Paulo mostra a realidade espiritual, invisível, que não podia ser contemplada pelos olhos humanos. Enquanto humanamente Jesus estava sendo envergonhado, na esfera espiritual era exatamente o oposto. Satanás e seus comparsas é que estavam sendo humilhados e despojados, expostos ao desprezo e ao vexame público diante de toda a plateia celeste! Jesus não venceu Satanás no inferno, pois nem lá Ele foi. Ele disse na hora de morrer: Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito (Lc 23.46). Jesus venceu Satanás na cruz, como disse o apóstolo Paulo!

Cumpriu-se o que Jesus havia dito antes de Sua morte: Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos (Lc 11.21,22).

Jesus, além de humilhar Satanás e todos os poderes das trevas NA CRUZ, ainda arrancou as almas que Lhe pertenciam, que estavam sob seu cativeiro! Soli Deo gloria!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0269 - AMOR SEM VERDADE É HIPOCRISIA

 


E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor (2Jo 6).

 

No cristianismo pós-moderno há uma tendência, própria dessa era, de abafar todas as diferenças em nome do amor cristão. Obviamente, as diferenças não são para ser abafadas e sim consideradas, pois é um resultado da multiforme graça divina. Mas quando se trata de diferenças doutrinárias, teologias que comprometem as verdades essenciais da fé cristã, então, nem mesmo em nome do amor, devemos abafar isso.

É próprio dessa era, porque no pós-modernismo toda ideia é válida, não existe uma verdade absoluta, toda opinião deve ser respeitada e considerada. No fim, o que mais importa é a boa relação e não as diferenças. Mas não é assim quando se trata da verdade.

O apóstolo João, em suas duas cartas finais, enfatiza muito a questão da verdade! Nos 4 primeiros versículos de ambas as cartas, ele repete a palavra “verdade” 4 vezes! E, ao contrário do que prega nossa geração cristã, o apóstolo João diz que o amor e a verdade não se contradizem. O nosso versículo de hoje diz que o amor é este: que andemos segundo os Seus mandamentos!

Se desprezamos os mandamentos de Deus, isto é, a doutrina dos apóstolos, então não há amor algum nisso, pelo menos não o amor cristão! O amor pós-moderno que existe neste aspecto é apenas uma política de boa vizinhança, para que as pessoas não briguem por aquilo que este mundo considera trivial. Mas a doutrina, para os apóstolos, não era algo banal. Era essencial e jamais deveria ser negociada.

Paulo disse que devemos seguir a verdade em amor (Ef 4.15), Jesus disse que aquele que O ama guarda a Sua Palavra (Jo 14.23) e João diz em sua primeira carta: Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos (1Jo 5.3). E seu alerta quanto aos que não guardam a verdade é bem contrário ao pensamento pós-moderno. Ele diz: Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2Jo 10,11).

Como igreja do Senhor, devemos nos lembrar sempre de que esta era em que vivemos está sob o regime de Satanás, o príncipe deste mundo. E um de seus melhores discursos da atualidade é que a suposta paz é mais valiosa que a verdade (que para ele não existe de forma absoluta). Mas não foi assim no conceito do nosso Senhor. Ele sempre considerou a verdade acima de qualquer coisa, pois, como Ele mesmo disse a Pilatos: Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz (Jo 18.37).

Você ouve a voz de Cristo? Se sim, então não negocie a verdade dEle, nem mesmo por uma boa proposta de “paz”!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0268 - OS PENSAMENTOS DO HOMEM E A MENTE DE CRISTO

 


O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são pensamentos vãos” (Sl 94.11).


Quando lemos o Salmo 94 todo, parece que estamos diante da mesma situação do salmista. Os ímpios se alegrando (v. 3), os soberbos perseguindo os fiéis (v. 5), destruindo os carentes (v. 6) e ainda zombando de Deus (v. 7). Não é exatamente o mesmo que presenciamos em nossos dias, a toda hora?

O salmista faz perguntas de retórica que levam o ouvinte à obviedade. “O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga?” (v. 9). Diante do escárnio do ímpio, que diz que Deus não vê nem ouve, esta pergunta deixa-o sem resposta... veja a pergunta do v. 10: “Porventura, quem repreende as nações não há de punir? Aquele que aos homens dá conhecimento não tem sabedoria?”

É claro que Deus, a fonte de toda a sabedoria e conhecimento é sabedor de todas as coisas! Ele é autoinformado, não precisa de que alguém Lhe avise de alguma coisa. E se tem uma coisa que Deus conhece de olhos fechados são os pensamentos do homem! E o diagnóstico de Deus é: são pensamentos vãos!

Que inútil é para o homem vangloriar-se do que quer que seja! Seus pensamentos podem ser curiosos e investigadores, mas para Deus são vazios e fúteis! Os pensamentos do homem não passam de um vento para Deus. São como bolhas de sabão. Dentro delas não existe nada!

O apóstolo Paulo usa este salmo na sua carta aos coríntios. Ao falar sobre a sabedoria dos homens, ele diz que esta é loucura diante de Deus. Aquela igreja tinha um costume de idolatrar seus líderes. Uns diziam “eu sou de Apolo”, outros “de Paulo”, etc., obviamente confiando na sabedoria desses homens. Então o apóstolo cita este salmo, depois diz: “Portanto, ninguém se glorie nos homens” (1Co 3.21). Paulo quer dizer que a pessoa mais inteligente deste mundo, diante de Deus, não passa de um “cabeça-de-vento”!

Todavia, quando estamos em Cristo, nós recebemos uma maneira de pensar que é diferente deste mundo. Nosso raciocínio se abre para as coisas verdadeiras e não há mais falácias em nós. O campo espiritual da mente se abre e ficamos elevados em nossa maneira de pensar, pois pensamos a partir daquele “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3). Como é bom ter a mente de Cristo!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0267 - A VEREDA DOS JUSTOS

 


Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).


A Palavra nos ensina que o pecado escureceu o entendimento do homem e, juntamente com isso, o diabo, o “deus deste século” também se encarrega de cegar o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo (Ef 4.18; 2Co 4.4).

Isso não quer dizer que o homem não reconheça Deus. Em Rm 1.19 diz que “o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou”. Paulo diz que os homens são indesculpáveis porque os atributos de Deus, isto é, Seu poder eterno e Sua divindade, podem ser reconhecidos por meio das coisas criadas (Rm 1.20).

Mas a questão é que os homens “tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” (Rm 1.21). Pelo contrário, seus raciocínios se anularam e seu coração tolo ficou obscurecido! As trevas do pecado aumentam sobre os homens porque eles se opõem à glória de Deus. Eles reconhecem Deus, mas não O glorificam. Por isso que os ímpios nem sabem em que tropeçam, de tantos pecados que existe em seu caminho, que o tornam em plena escuridão (Pv 4.19).

Mas não o justo, diz o sábio. Sua jornada é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito! Como isso pode acontecer com ele, visto que é tão pecador quanto o ímpio? Isso acontece porque em primeiro lugar, Deus diz no coração dele: “Das trevas resplandeça a luz” (2Co 4.6)! E Deus diz isso mediante a pregação do evangelho! Então se cumpre nele o Salmo 119.105: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra; e luz para o meu caminho”!

Algo mais que a luz do sol brilhou em seu coração. Ele agora pode olhar para a natureza criada e dar a glória devida a Deus! Agora ele recebe a “iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.6). Ele é justificado, ou seja, a iluminação fez com que ele cresse no Filho de Deus, então Deus o considera justo! E a vereda do justo é como a luz do raiar da manhã até o meio dia!

Os que receberam a iluminação da luz do evangelho, diz a Bíblia, a cada dia são transformados de glória em glória, até que cheguem à imagem do Senhor, o Dia Perfeito (2Co 3.18)! Não desanime! Se você está no caminho iluminado pela Palavra, ele será iluminado mais e mais até ser dia perfeito! Você participará mais e mais da glória do Deus eterno na face de Cristo, até que esse Dia Perfeito seja completado em todo seu ser! 

Paulo diz que “agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face” (1Co 13.12). Os ímpios não veem nada! Estão cegos! Nós vemos obscuramente (ainda)! Mas haverá o Dia Perfeito! Então O veremos como Ele é (1Jo 3.2)!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0266 - A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DA HUMANIDADE

 


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).


Se o problema (no singular) do homem é apenas um, e este problema é o pecado, como a Bíblia afirma, então a solução para este problema é também apenas uma e definitiva. Os problemas (no plural) não são o verdadeiro problema que temos. Diante de Deus, todos os problemas que temos vêm de uma raiz apenas, o problema do pecado.

Entretanto, quando cremos em Cristo Jesus, através da pregação do evangelho, então Deus resolve nosso problema (no singular), isto é, pela raiz. Ele transforma a raiz do nosso coração e dali por diante ele produzirá o fruto correspondente a essa transformação.

Não é que Deus passa por cima do real problema do homem. Ele não faz isso porque é justo e Sua justiça exige punição pelo pecado e pagamento adequado. A questão é que nenhum de nós podia pagar isso diante dEle e permanecer vivo! O pagamento do pecado é somente a morte e, como Deus é eterno e pecamos contra o Deus eterno, então essa morte tem que ser eterna também.

E porque nenhum de nós podia pagar por isto diante de Deus, então, Ele mesmo veio em carne fazer isto por nós. Durante Sua vida terrena, viveu uma vida justa e reta, sem pecado algum, nem em palavras nem em prática nem sequer em pensamento! E quando caminhou para a morte em nosso lugar, Deus Se agradou, porque o sangue a ser derramado ali foi um sangue puro, de alguém que jamais pecou!

É por isso que Jesus não ficou preso na morte, porque foi justo e perfeito em vida. A morte é o salário do pecado (Rm 6.23). Ele sofreu a morte quando pagou os pecados dos que creem, mas não pôde ser detido pela morte, porque Ele mesmo foi justo (At 2.24). A morte não tem poder de deter quem nunca pecou... não é seu salário!

Então, quando alguém crê em Jesus Cristo, sem obra alguma, sem mérito algum, ele agrada a Deus (Hb 11.6). Por quê? Porque ele está dizendo a Deus que confia que o único meio para a vida providenciado por Deus, de fato, é a única alternativa que temos e, como nada diferente disso podemos fazer para alcançá-la, então recebemos Seu presente, crendo que é o único jeito de resolver o problema!

Quem não crê no Filho de Deus é condenado justamente pelo raciocínio inverso: ele duvida que este seja o único meio para alcançar a vida. Então desagrada a Deus porque acha que pode alcançar a vida eterna por outros meios, como boas obras, autojustiça, etc. Na realidade é uma afronta a Deus. É dizer a Deus em outras palavras que Ele vacilou ao enviar Seu Filho para morrer, visto que eu posso alcançar a salvação por meu próprio esforço!

Saiba que só há um problema entre você e Deus – o pecado! E saiba também que há somente uma solução para este problema – a fé em Jesus Cristo! Recebendo-O pela fé, sua eternidade está resolvida, mas tentando resolver esse problema sem Cristo, sua condenação está garantida!

Día tes písteos.

Pr. Cleilson