“Como escaparemos
nós, se não levarmos a sério tão grande salvação? Esta, tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, depois nos foi confirmada pelos que a ouviram. Também
Deus testemunhou juntamente com eles, por meio de sinais, prodígios, vários
milagres e a distribuição do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hb
2.3,4 – NAA).
Há dois extremos no meio cristão com respeito à manifestação do Espírito Santo na igreja. Um deles é o cessacionismo, doutrina que rejeita a manifestação de dons revelacionais para os nossos dias; o outro extremo é o abuso pentecostalista acerca da manifestação e o excesso destes dons no meio da igreja.
Muitos cristãos confundem a manifestação do Espírito com sua própria personalidade. Os que são mais fechados e mais racionais afirmam que tais manifestações não existem mais; os que são mais emotivos e experiencialistas não somente defendem a manifestação, como vivem buscando tais coisas.
Que a experiência com o Espírito Santo é um fato, isso é inegável. Em todos os versículos que falam sobre Sua manifestação, lemos que Ele realiza conforme Sua vontade (1Co 12.11; Hb 2.4). É claro que o Espírito de Deus, em Sua graça, Se derramou por toda a igreja e opera nela em várias áreas, não somente na distribuição dos dons e das experiências místicas. Ainda mais, em casos nos quais a igreja limita isso, o próprio Espírito Se abstém de certas manifestações. Entendemos isso na advertência de Paulo aos tessalonicenses, quando diz: “Não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19).
Se nos é dito que não devemos apagar o Espírito (e o contexto mostra isso em uma relação com as profecias), então significa que os que desprezam este dom, automaticamente apagam não a Pessoa do Espírito, mas uma de Suas manifestações na igreja. Mas por que os cessacionistas fazem isso? Um dos motivos é o abuso do pentecostalismo, que são guiados pelos dons revelacionais e não pela Palavra de Deus.
Deixar ser guiado por revelações, profecias, visões, sonhos e outros dons miraculosos também é um extremo que deve ser rejeitado. A igreja não foi instituída para ser guiada por dons e sim única e exclusivamente pela Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Há crentes (e muitos crentes) que basicamente dormem durante uma pregação, mas vivem de antena ligada em uma revelação ou profecia ao redor.
As experiências com o Espírito Santo são maravilhosas,
poderosas e servem para confirmar ainda mais a vida do crente, mas viver
dirigido por tais experiências produz um crente fraco e raquítico na fé, visto
que a única coisa que fortalece o crente é a Palavra de Deus. A Bíblia é o
alimento principal e as experiências são sobremesa. Ambas estão numa refeição
completa, mas sem a Palavra ninguém pode sobreviver.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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