“E, ensinando-os,
dizia-lhes: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas,
e das saudações nas praças, e das primeiras cadeiras nas sinagogas, e dos
primeiros assentos nas ceias; que devoram as casas das viúvas e isso, com
pretexto de largas orações. Estes receberão mais grave condenação” (Mc
12.38-40).
Os aproveitadores sempre encontraram um jeito de extorquir as pessoas de boa fé. Seja no setor comercial, seja no negócio particular ou até mesmo na religião, nunca faltaram oportunistas para tirar vantagem daqueles com quem se relacionam. Alguns usam da mentira, como dizer que tal produto é maravilhoso, quando, na verdade, não presta; outros supervalorizam seu bem e encontram mil defeitos no bem do outro e assim por diante.
Essa manha da trapaça é antiga e tem por pai o próprio diabo. É bom que crentes não se vejam envolvidos nela. A trapaça é irmã gêmea da corrupção, da qual tanto reclamamos que existe em nossos políticos. Mas, quando olhamos bem de perto, a vemos em cada um de nós. Sempre queremos tirar vantagem nos negócios que fazemos. E, depois de termos feito, ainda contamos aos outros como vantagem, esperteza e com deboche.
Nada diferente dos dias de Jesus, hoje também encontramos oportunistas no meio cristão, que aparentam santidade no modo de se vestir, que impressionam as pessoas com sua separação dos demais mortais, que gostam de títulos, de serem reconhecidos como apóstolos, mestres, pais e mães (agora tem essa moda), patriarcas e por aí se vão os títulos infindáveis. Que gostam de ter reconhecimento público e se aproveitam das pessoas com suas orações “fortes” e diferenciadas.
Eles só têm um desejo: devorar! Assim como os aproveitadores e trapaceiros que fazem troca de carros, casas, terras, que fazem negócios para tirar vantagem, que escondem o defeito até que tenham fechado o acordo. Estes, entretanto, pelo menos enganam com coisas terrenas, mas os barganhadores cristãos haverão de responder com maior rigor no dia do juízo. Eles usaram coisas sagradas para extorquir. Os escribas usavam longas orações. Os espertalhões de hoje, além das orações, usam também revelações, profecias, visões e outros dons de Deus para este fim ganancioso.
Por enquanto, eles não imaginam que a mais grave condenação
cairá sobre eles. Pelo fato de estarem se dando bem com essas extorsões, eles
pensam que o dia da prestação de contas nunca vai chegar. Mas chegará sim!
Naquele dia, mesmo que queiram devolver tudo o que devoraram das pessoas, de
nada adiantará. Podem rir agora dos que eles estão devorando, mas naquele dia serão
devorados sem ser consumidos, eternamente, e chorarão com grande choro e ranger
de dentes!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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