“Então disse a seus
discípulos: Na verdade, a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37 – A21).
Vendo o vertiginoso crescimento do número de evangélicos em nossa nação temos a impressão de que este versículo já está ultrapassado, que já existe número suficiente de obreiros para o trabalho no reino de Deus. Por um lado, realmente há muitos trabalhadores envolvidos na colheita do Senhor. Estima-se que no Brasil, abre-se 14 mil igrejas por ano! Por outro lado, 1.500 pastores abandonam o ministério pastoral todos os meses!
Que a colheita é grande, essa sempre será uma verdade, porque sempre haverá pessoas longe de Cristo e sem Deus no mundo; mas e quanto aos trabalhadores? Certamente não falamos apenas de líderes eclesiásticos, mas de todos os crentes, pois todos fomos chamados para pregar o evangelho. Porém, o fenômeno do crescimento numérico dos evangélicos não contribui para suprir essa carência.
Há várias razões para isso e, dentre elas, uma é que a nova geração de pessoas que se aderem ao círculo cristão está se aproximando com uma cultura relativizada do cristianismo. O que temos hoje são pessoas que vêm para Cristo com outra mentalidade, diferente daquilo que o próprio Senhor propôs a quem desejasse segui-lo. A proposta do Senhor era árdua e abnegadora, mas a oferta para o evangelho em nossos dias é fácil e subjetiva. Não se propõe a renúncia e o que deve reger a vida da pessoa é seu próprio coração.
De um evangelho fácil e no qual as regras são determinadas pelo próprio indivíduo, torna-se óbvio que o crescimento aparente será muito grande, de fato. Digamos que há muita planta que cresceu no meio das pedras, para lembrar a parábola de Jesus. Realmente, por não ter raiz, elas crescem muito rápido. E assim é a maioria deste número que aumenta em nossos dias. Crescimento rápido, raiz superficial.
Jesus olhava para a colheita de Sua época e via a carência de trabalhadores, então disse a Seus discípulos: “rogai ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita” (v. 38). Nós também olhamos para a seara dos nossos dias e ainda vemos carência. Vemos muitos obreiros, sem dúvida, mas não muitos aprovados.
Não devemos nos espantar então, caso o que esteja aumentando
em nosso meio seja o número de joio! Todavia, isso jamais deve servir de
desculpa para não pregarmos o evangelho. Se não queremos pregar o falso
evangelho para não corrermos o risco de estar semeando o joio no reino de Deus,
por outro lado também não devemos deixar de pregar o verdadeiro evangelho,
usando a justificativa de que ninguém o quer.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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