“Com grande poder, os
apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles
havia abundante graça” (At 4.33).
Quando Lucas escreve o livro de Atos, de vez em quando ele para, a fim de fazer um resumo de como estava andando a igreja primitiva. Ele faz isso no cap. 2.42-47; aqui no cap. 4.32-35; em 5.12-16; 9.31 e assim por diante em todo o livro. Aqui, no cap. 4, quando Lucas faz sua segunda observação sobre como andava a igreja, ele ressalta a graça abundante do Senhor que era derramada sobre os crentes, conforme lemos.
O resultado dessa graça abundante era que a distribuição de renda entre os irmãos era feita de forma igualitária, porém voluntária. Não era como o socialismo, uma imposição do governo, antes, uma espontaneidade que fluía de corações graciosos que desejavam que todos tivessem de igual forma o resultado daquilo que possuíam.
Este cenário, todavia, traçou o pano de fundo que Lucas precisou para falar de outro assunto: orgulhosos entre os agraciados. Mesmo havendo graça abundante na igreja primitiva; mesmo seus corações sendo liberais e generosos; mesmo os apóstolos testemunhando com poder, havia também o silencioso pecado do orgulho, aquele que, entre os anjos, precedeu a história da humanidade.
José, um discípulo apelidado de Barnabé, que quer dizer “filho da consolação”, provavelmente por ser um irmão que, quando falava, sempre encorajava a igreja, vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro perante os apóstolos para que fosse também distribuído na igreja. Vendo isto, um casal por nome Ananias e sua esposa, Safira, resolveram receber os aplausos da igreja, fazendo o mesmo que Barnabé.
Porém, não levaram todo o dinheiro e sim, apenas uma parte. Mas alegaram a Pedro que aquele dinheiro era integral. Como já sabemos a história, ambos morreram no culto público, ao serem confrontados pelo apóstolo cheio do Espírito Santo (At 5.1-11). Esse triste episódio gerou temor na igreja e todos passaram a respeitar a igreja.
Não devemos nos iludir com nossos ajuntamentos de culto. Certo que ali é uma igreja, onde se reúnem pessoas diferentes, porém lavadas pelo sangue do Cordeiro, para adorar ao Senhor, ministrar os sacramentos, pregar a Palavra, orar, desfrutar da comunhão e edificar-se nos dons. Entretanto, em todas as igrejas sempre haverá pessoas com sentimento de orgulho e mentira! Sempre no meio da graça abundante, também haverá pecado!
Assim será até o dia da colheita. A chuva e o poder do
Espírito sempre serão derramados sobre a igreja do Senhor. A mesma chuva que
fará crescer o trigo é a mesma que também fará crescer o joio. E somente
naquele Dia é que o Senhor ordenará a separação! De que lado você está, da
graça de Deus, ou do orgulho satânico?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Nenhum comentário:
Postar um comentário