“Apolo começou a
falar ousadamente na sinagoga. Quando Priscila e Áquila o ouviram falar,
levaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus” (At 18.26 – NAA).
A breve história de Apolo, um judeu-egípcio da cidade de Alexandria, é bem conhecida dos cristãos de todos os tempos. Lutero, inclusive, achava por bem atribuir a autoria da carta aos Hebreus a este pregador. Não sabemos de que forma ele se converteu ao chamado de João Batista, mas andava pregando o batismo de arrependimento que era a marca de João. O versículo anterior diz que ele também pregava com exatidão a respeito de Jesus, mas só dentro da perspectiva de João.
Ele chegou a Éfeso assim que Paulo havia saído de lá, deixando ali Priscila e Áquila (v. 19). Nessa visita a Éfeso, Paulo não se demorou ali. Apolo chegou a Éfeso também, pregando de forma eloquente e poderosa as Escrituras. O texto grego dá a entender que a pregação dele era lógica e fervorosa. No entanto, o que ele falava com tanta precisão acerca de Jesus, já era ultrapassado. Ele dizia que Jesus, o Messias, estava por vir, quando na verdade já tinha vindo.
O casal discípulo de Paulo o chamou e expuseram para ele com mais exatidão ainda o caminho de Deus. O v. 25 diz que Apolo era instruído no caminho do Senhor, mas Áquila e Priscila mostraram algo mais para ele sobre o caminho de Deus. Jesus já tinha vindo. Ele já havia feito a expiação. As profecias a Seu respeito já haviam se cumprido. O batismo de João ficou obsoleto. Agora o caminho do Senhor não tinha que ser preparado, como anunciava João, ao contrário, o Caminho, que é o Senhor havia chegado e feito Seu trabalho redentor!
Esta é a humildade que falta em muitos pregadores. Eles podem ser eloquentes e fervorosos, mas se não estiverem falando sobre Jesus, precisam ser corrigidos, precisam ser ajustados com mais precisão. Há muitos “Áquilas e Priscilas” que, apesar de não serem tão vigorosos nas pregações, são verdadeiros mestres que podem afiar mais ainda o preparo dos pregadores entusiasmados.
Apolo foi para as regiões da Acaia e, em Corinto ajudou profundamente a igreja de lá, tanto auxiliando os que haviam crido, como combatendo os judeus, provando que Jesus era, de fato, o Messias (vs. 27,28). Mais tarde, houve um grupo de Corinto que se identificou tanto com Apolo, que dizia que pertencia a ele, mas foram repreendidos por Paulo (1Co 3.4-6).
Se tivermos pregadores humildes para aprender, nossas
igrejas serão abençoadas com a maior precisão acerca da pregação da Palavra. Os
jovens pregadores precisam assentar-se aos pés dos experientes mestres da
igreja, serem humildes o suficiente para curvarem suas frontes diante do
aprendizado e assim, se levantarem como expositores da Palavra fiel! Essa é a
vitamina dos pregadores. O veneno é achar que já sabem tudo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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