“Disse eu aos loucos:
Não enlouqueçais, e aos ímpios: Não levanteis a fronte; não levanteis a vossa
fronte altiva, nem faleis com cerviz dura” (Sl 75.4,5).
Quanto mais passa o tempo e este se aproxima do fim, tanto mais os homens vão se endurecendo contra Deus. Antigamente, mesmo que as pessoas não tivessem compromisso com Deus, todavia, elas resguardavam um temor acerca do Seu nome e O respeitavam. Hoje, pouco vemos esse respeito, na realidade, parece que se tornou até mesmo vantajoso se voltar contra Deus e os que fazem isso gozam até de prestígio diante de muitos.
Mas o salmista Asafe chama a atenção das pessoas que agem dessa forma. Em outra versão lemos: “Aos arrogantes digo: Parem de vangloriar-se! E aos ímpios: Não se rebelem! Não se rebelem contra os céus; não falem com insolência” (NVI). Falar contra Deus é não somente loucura, mas também arrogância sem limites.
Espanta-nos ainda o fato de que tais arrogâncias também são proferidas contra Deus dentro das igrejas. Tanto na boca de falsos profetas, que dizem que você deve determinar a Deus sobre sua vitória, que você deve se revoltar contra Deus pela situação que você está vivendo, que você deve tomar a caneta da mão de Deus para escrever sua história, ou uma borracha para apagar a história dEle e assim por diante! Como também nos espanta muitos crentes proferirem arrogâncias contra Deus em suas murmurações sem fim!
O v. 7 nos lembra de algo que não deveríamos ter a audácia de nos esquecer: “Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta”. Em geral, as pessoas perguntam: então por que Deus não age logo? Por que permite o mal grassar acelerado entre os homens? Mas o nosso tempo não é o de Deus. Ele diz no v. 2: “Tu dizes: Eu determino o tempo em que julgarei com justiça”. Na realidade nós nem sempre desejamos que Deus faça a verdadeira justiça, pois isto incluiria a nós também. Em geral, queremos que Ele tome vingança por nós. Justiça, só para os outros...
Essa questão do tempo adequado de Deus agir contra todo mal ser tão diferente do nosso tempo, é porque Deus tem um cálice, diz o v. 8: “Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho é tinto; está cheio de mistura; e dá a beber dele; mas as escórias dele todos os ímpios da terra as sorverão e beberão”. Por mais que venhamos espernear, querendo que Deus julgue uma causa nossa, todavia, Ele só irá tomar Seu trono de julgamento quando o cálice de Sua ira se encher. Então os ímpios sorverão até as escórias, até aquele pó que sobra da borra do vinho.
Concluímos que, quanto mais o tempo passa, mais ficam loucas
e atrevidas as pessoas contra Deus, consequentemente, o cálice de Sua santa ira
também está ficando cada vez mais cheio e mais terrível! É recomendado aos que
confiam no Senhor procederem como Asafe, enquanto o juízo de Deus não chega: “Quanto a mim, para sempre anunciarei essas
coisas; cantarei louvores ao Deus de Jacó” (v. 9).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson