Segui o amor e
procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis (1Co 14.1).
Quanto ao dom de profecia, comparado ao dom de línguas, o apóstolo o considera superior. Essa escala feita por Paulo em termos de superioridade é por causa do bem comum, ou seja, sempre será preferível um dom que edifique a todos, ao invés de outro dom cuja edificação seja quase sempre para o indivíduo (v. 4).
Este versículo mostra o que realmente devemos buscar: o
amor, que é o fruto do Espírito, sobre o qual o apóstolo Paulo falou
inigualavelmente no cap. 13! O amor é que deve ser “perseguido”. Os dons devem
ser zelados, isto é, cuidados. Mas o objetivo é para que profetizem.
Paulo também diz que a profecia é um sinal para os crentes (v. 22). Quando há profetas na igreja, ao entrar ali indoutos ou incrédulos, seus segredos são revelados e eles testemunharão que Deus está, de fato, no meio da igreja (v. 25)!
Pelos vs. 29,30 vemos que este dom de profecia carismática não é o mesmo que a pregação da Palavra. Paulo diz que apenas dois ou três profetas devem falar e os demais julguem. Mas se vier revelação a outro, o que está profetizando deve calar-se. Obviamente a pregação não é revelação nem tampouco um pregador vai parar sua pregação porque outro julga ter recebido uma revelação na Palavra...
Fica claro, portanto, que Paulo está falando de uma revelação (não inspirativa ou canônica), totalmente carismática, vinda de um dom do Espírito para alguém a quem o Espírito quis conceder, e quando tal pessoa verbaliza essa revelação carismática, isso que é a profecia como dom.
Assim, não se trata de profecia inspirativa (pois esta se encerrou no cânon do apóstolo João), nem da pregação da Palavra, que é exposição da Escritura. O ensino dos apóstolos e a pregação da Palavra sempre serão maiores que os demais dons carismáticos. A profecia carismática refere-se a segredos do coração, respostas a situações particulares dos crentes de modo sobrenatural, dado por revelação do Espírito. Por isso jamais pode substituir a Palavra de Deus. No entanto, não deve ser desprezada; mas antes de ser recebida, deve ser avaliada com todo critério de discernimento.
Outra coisa que Paulo diz sobre esses dons é que eles são controláveis. Não há essa coisa de que o Espírito de Deus usou alguém de tal forma que ele não ficou sabendo o que acontecia! Esse êxtase não faz parte dos dons carismáticos. No v. 32 Paulo diz: “E os espíritos dos profetas aos profetas estão subordinados” (trad. lit.).
Sendo assim, a igreja pode desfrutar de muitos dons
espirituais ainda hoje, sem exageros, mas também sem desprezá-los, colocando
todos os dons carismáticos sob o critério da Palavra de Deus, que nos ensina
todas as coisas, inclusive como usar os dons que recebemos do Espírito de Deus!
Que o Senhor conduza os instrutores de Sua igreja com equilíbrio nesse assunto (e
em outros tão necessários em nossos dias)!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém 🙏🏼
ResponderExcluirIMVC Loide